sexta-feira, 30 de maio de 2008

A Semana do Zé Povinho

Na passada segunda-feira os autarcas do Oeste, juntamente com alguns pára-quedistas da Lezíria que também aproveitaram a boleia do programa de recompensas pelo abandono do aeroporto da Ota, foram reunir uma vez mais com o ministro das Obras Públicas e trouxeram mais uma branca.
Por falta de estratégia e de sentido prático, os autarcas oestinos, e os seus consultores, em vez de criarem um conjunto de contrapartidas de carácter estrutural que pudessem mudar a situação do Oeste no sentido que se exige para os próximos anos, fizeram uma lista imensa de projectos, na sua maioria concelhios, à espera do bodo aos pobres.
O governo, conhecedor desta visão paroquial destes autarcas, recebeu a densa e extensa lista de projectos variados, sem uma priorização consistente e distribuiu os mesmos pelos inúmeros ministérios abrangidos.
Na passada segunda feira o sr. ministro Mário Lino dizia que o Plano era um documento com "muita complexidade" por envolver "vários ministérios e também a administração local", abrangendo várias áreas, nomeadamente Educação, Saúde, Cultura e Infra-estruturas, em vez de ser um documento simples e conciso.
Assim, talvez "antes do Verão" se não for mais tarde e se não coincidir com mais uns protestos de outras regiões que também querem ir ao mesmo bodo, talvez haja luz.
O senhor ministro disse às televisões que "as coisas estão a correr bem, embora o prazo seja muito curto", mas Zé Povinho quase tem a certeza que dentro de três meses a questão do aeroporto já estará fria e com a crise que se aprofunda, ficará tudo na mesma, quer tivesse ou não havido as promessas de recompensas pela perda da Ota. Ou seja, ficará tudo com a quota habitual dos fundos do QREN, para lamento de todos e especialmente da AMO (Associação de Municípios do Oeste) que vai ficar a chuchar no dedo.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

5 distritos sortudos – o nosso e mais 4

Ao preço a que está o combustível, esta imagem poderá ser real dentro em breve…

Nos distritos de Lisboa, Leiria, Viseu, Porto e Beja, há carros da BT que neste momento só circulam por persuasão. "Os radares, que podem ser transportados nos carros ou colocados em tripés à beira da estrada, só já servem para enganar os automobilistas. Para lhes meter medo", disse ao PÚBLICO fonte da BT. (Ler aqui toda a noticia)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Passou despercebida… não acredito!

A notícia foi divulgada pelo gabinete de imprensa da Câmara de Óbidos, tendo passado um pouco despercebida aos menos atentos. (Para que a mensagem chegue a todos… ler AQUI)

… continuação da novela

Parece que o final está para breve. Até lá, tente descobrir quem nos continua a representar...
Para ver o folhetim – elenco Ministro e Autarcas (Presidentes de Câmara e Vereador) - clique AQUI

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Desporto radical...

Três ou quatro homens – as autoridades têm dúvidas quanto ao número exacto –, que, na tarde de sexta-feira, assaltaram uma carrinha de distribuição de tabaco, sequestrando o condutor sob ameaça de armas de fogo, encontram-se a monte, motivando uma autêntica caça ao homem por entre matas na zona da Lagoa de Óbidos. (Aqui para ler a notícia)

domingo, 25 de maio de 2008

E você, vai aderir?

Aproveitando a excelente Tshirt d´Adesenhar, seguindo o recado do Jumento e a proposta da Barbearia do Senhor Luis, passo a transcrever a proposta blogoesférica de boicote ás grandes empresas petrolíferas:
"Mais uma vez, e depois de tudo o que se tem dito, a GALP decidiu aumentar mais uma vez os preços dos combustíveis num jogo incrível de arrogância para com os consumidores e de pressão sobre o Estado (todos nós) para abdicar de parte dos seus rendimentos a favor dos interesses da GALP.
Como o Jumento diz há que centrar, por tempo indefinido, o boicote a cada um dos grandes pois só assim se conseguirá dar resposta à prepotência.
Um boicote total à GALP poderá fazer a GALP perceber que estamos fartos da armadilha que nos está a montar. Se o Governo não consegue fazer frente a esta gente é a vez dos consumidores agirem em defesa dos seus interesses.
O desafio fica feito e há que multiplicar a ideia ...!
Enquanto a GALP não baixar os preços responderemos radicalmente e, já a partir de hoje, passemos a bomba da GALP. Certamente haverá perto outro fornecedor que, mesmo que esteja a praticar política semelhante, fica igualmente avisado que a seguir lhe será aplicada medida igual."
Postos com combustível mais barato. (Aqui para saber mais)
E você, vai aderir?

sábado, 24 de maio de 2008

Para quando?

A Bandeira Azul é um símbolo de qualidade que distingue o esforço de diversas entidades no sentido da melhoria do ambiente, da segurança e da informação dos cidadãos. Este galardão é atribuído anualmente às zonas balneares e portos de recreio que se candidatem e que cumpram os 27 critérios ambientais, de segurança, de informação e de sensibilização ambiental do público estabelecidos.
A Campanha Bandeira Azul teve início em 1987 e é coordenada internacionalmente pela Fundação para a Educação Ambiental (FEE). Em Portugal o Operador Nacional é a Associação Bandeira Azul da Europa – secção portuguesa da FEE, com o apoio técnico-logístico do Instituto do Ambiente e do Instituto da Água, assessorada por um júri nacional constituído por entidades da Administração Central e Regional e Associações que se relacionem com os objectivos da Campanha.
O concelho de Óbidos não tem nenhuma praia com bandeira azul, apesar de toda esta extensa costa (aqui par ver). Apesar dos critérios terem evoluído de ano para ano, tornando-se cada vez mais exigentes, o número de praias e marinas distinguidas não tem parado de aumentar.
Consultando Zonas Balneares Galardoadas em 2008, facilmente nos apercebemos do vazio entre o concelho de Caldas da Rainha que tem uma praia - a Praia do Mar (F. do Arelho) - e Peniche que tem seis, sendo a mais próxima Baleal Norte.
Será que os responsáveis não estão interessados neste galardão, estando Óbidos a apostar no turismo?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

"BIBÃO" os Senhores Presidentes de Câmara...

Estudo revela que maioria está satisfeita com actuação dos presidentes de câmara
"O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) revelou hoje os resultados de um estudo de opinião, que atesta que quase 70 por cento dos inquiridos estão satisfeitos com a actuação dos presidentes de câmara.
Segundo um estudo de opinião sobre a actuação do Poder Local e dos seus diversos agentes, efectuado pela Eurosondagem, entre 11 a 15 de Fevereiro, 20,5 por cento dos inquiridos dizem que estão muito satisfeitos e 47 por cento estão satisfeitos com a actuação dos seus presidentes de Câmara. Os poucos ou nada satisfeitos são cerca de 27 por cento.
"Quer isto dizer que quase 70 por cento dos inquiridos estão satisfeitos com actuação dos presidentes de câmara", sublinhou o presidente da ANMP, Fernando Ruas.
Os resultados do estudo de opinião foram hoje apresentados em Viseu, assinalando o "Dia do Poder Local" e a data de aniversário da fundação da ANMP.
Neste estudo de opinião, em que foram validadas 1.510 entrevistas telefónicas, "o cidadão reconhece também que é preciso dotar as autarquias de mais dinheiro".Assim, 42,1 por cento dos inquiridos acham que se devia atribuir mais verbas às autarquias, enquanto 8,3 por cento entende que deviam ser atribuídas mais verbas ao Governo.A qualidade dos serviços prestados pelas câmaras municipais "é considerada boa pela maioria e só cerca de 12 por cento é que não está satisfeita".
Fernando Ruas revelou ainda que, segundo este estudo, "os cidadãos pretendem que o poder local se envolva mais em áreas que não são da sua responsabilidade".
"Isto significa que confiam mais em nós do que em quem os presta actualmente, que é o poder central", acrescentou.
Quanto às carências identificadas pelos portugueses, "são competências da própria administração central, nomeadamente a segurança, acção social e educação".
O estudo, encomendado pela ANMP à Eurosondagem, abrangeu todas as regiões do país, incluindo os Açores e a Madeira, tendo sido auscultados 741 homens e 769 mulheres.
Segundo dados revelados, foram ouvidos 248 pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos, 300 (26/35 anos), 292 (36/45), 321 (45/59) e 349 pessoas com 60 anos ou mais.
A Eurosondagem aponta um erro máximo da amostra de 2,52 por cento para um grau de probabilidade de 95 por cento." - in LUSA 20 de Maio.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Serão os mesmos 6€ ?

(para aumentar clique na imagem)
Os Serviços Municipalizados da CMO estão nitidamente avançados no tempo: com a entrada da lei que proíbe a cobrança de aluguer dos contadores de água (entrando em vigor a 26 de Maio) - e com base numa outra qualquer, introduziram nas facturas / recibos de água uma “QUOTA DE SERVIÇO”. Posso estar a cometer uma grande incongruência, mas como o montante parece que é o mesmo (6€)… deixaram o contador e implicaram com o ramal…
Algumas autarquias pretendem criara uma nova taxa para os serviços de água, luz e gás, como forma de contornar a lei 12/2008 ( Republicação da Lei n.º 23/96, de 26 de Julho, que criano ordenamento jurídico alguns mecanismosdestinados a proteger o utente de serviços públicos essenciais) que foi aprovada pela Assembleia da República relativamente à cobrança do aluguer dos contadores. Esta Lei permite que os consumidores vão deixar de pagar os alugueres de contadores de água, luz ou gás a partir de 26 de Maio próximo. Nesta data entra também em vigor a proibição de cobrança bimestral ou trimestral destes serviços.
A partir desta data a factura de todos aqueles serviços públicos vai ser obrigatoriamente enviada mensalmente, evitando o acumular de dois ou três meses de facturação. A nova legislação passa a considerar o telefone fixo também como um serviço essencial e inclui igualmente nesta figura as comunicações móveis e via Internet, além do gás natural, serviços postais, gestão do lixo doméstico e recolha e tratamento dos esgotos.
O diploma põe fim à cobrança pelo aluguer dos contadores feita pelas empresas que fazem o abastecimento de água, gás e electricidade. Também o prazo para a suspensão do fornecimento destes serviços, por falta de pagamento, passa a ser de dez dias após esse incumprimento , mais dois dias do que estava previsto no actual regime.
Outra mudança importante é o facto de o diploma abranger igualmente os prestadores privados daqueles serviços, classificando-os como serviço público, independentemente da natureza jurídica da entidade que o presta. Este diploma proíbe também a cobrança aos utentes de qualquer valor pela amortização ou inspecção periódica dos contadores, ou de "qualquer outra taxa de efeito equivalente.
Fernando Serrasqueiro disse que o Governo aconselha «todos os consumidores a reclamarem pelas diferentes vias, quer através do Livro de Reclamações, quer utilizando os centros de arbitragem ou eventualmente um instrumento que já deu êxito em Portugal, a acção colectiva». A disponibilidade do serviço está incluída no próprio serviço, já que quando se faz um contrato da água, luz ou gás, a empresa não se obriga a servir o cliente apenas num determinado horário mas sim 24 horas por dia. Por isso, não faz sentido cobrar para o serviço estar disponível. É uma obrigação acessória
Anote-se que:
Lei 27/96 de 1 de Agosto Regime jurídico da tutela administrativa
Artigo 7.° Sanções
A prática, por acção ou omissão, de ilegalidades no Âmbito da gestão das autarquias locais ou no da gestão de entidades equiparadas pode determinar, nos termos previstos na presente lei, a perda do respectivo mandato, se tiverem sido praticadas individualmente por membros de órgãos, ou a dissolução do órgão, se forem o resultado da acção ou omissão deste.
Artigo 9.° (Dissolução de órgãos) Qualquer órgão autárquico ou de entidade equiparada pode ser dissolvido quando: i) Incorra, por acção ou omissão dolosas, em ilegalidade grave traduzida na consecução de fins alheios ao interesse público.

domingo, 18 de maio de 2008

Cidadãos devem ser mais integrados pelas câmaras

A experiência de elaboração e concretização de orçamentos participativos (OP) autárquicos é, ainda, limitada no País. Limitada, pelo número de municípios e de freguesias que envolve os seus cidadãos na elaboração do diploma crucial a repartir os meios disponíveis pelas prioridades por todos estabelecidas; limitada, pelo grau de envolvimento das populações nesta forma eminentemente democrática de estruturar a acção política ao nível local. Mas o resultado pode já considerar-se positivo.
À medida que se repete esta prática, anos a fio, o grau de informação e de responsabilização dos cidadãos vai crescendo. As prioridades estabelecem-se com mais conhecimento de causa, o que facilita o consenso social na hora da acção política concreta.
É o contrário dos fóruns mediáticos em rádios e televisões, nos quais os cidadãos dizem o que lhes vem à cabeça, geralmente para dizer mal de (quase) tudo, colocando-se por princípio fora do âmbito da resolução dos problemas. Num país, no qual meio século de ditadura reduziu a cidadania à condição aviltante de súbditos de um poder inquestionável e omnisciente, os OP têm ainda muito caminho pela frente. Até se generalizarem como instrumento da gestão autárquica próxima dos cidadãos, capaz de assumir mais competências face ao um poder central que permanece distante e, tantas vezes, alheado da realidade.

Coisas de “cotas” num domingo

De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes. Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags - viajar à frente era um bónus para quem se portasse bem.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos PlayStation, X-Box. Nada de 70 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVDs nem chats na Internet.
Tínhamos amigos e se os quiséssemos encontrar íamos à rua. Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía! Caíamos das arvores, cortávamo-nos, e às vezes partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não, íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas.
Se infringíssemos a Lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da Lei.
Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho... E talvez ponha um sorriso nos vossos lábios: A maioria dos estudantes que estão a sair das universidades hoje, nasceram em 1986... chamam-se jovens.
Para eles, a SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco. O John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia deus da dança.
Acreditam que Missão Impossível, Shaft e Os Anjos de Charlie são filmes do século XXI.
Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco.
SIM, ESTAMOS A FICAR VELHOS!
… mas tivemos uma infância do caraças... Já valeu a pena!
Recebido por e-mail

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Caricato...

Caricato...(cont.)

Mesmo pagando a tarifa de àgua, nada nos garante que isto não aconteça...

Esclarecimento recebido por e-mail

Verifiquei que no texto sobre ginja publicado no vosso blog, refere que a "...grande parte da "ginjinha" de Óbidos ou de Alcobaça é feita com frutos importados...".
Pelas ginjas de Óbidos não poderei falar, mas como Sócio-gerente da firma David Pinto & Companhia, Lda., fabricante do Licor de Ginja M.S.R. de Alcobaça, afirmo categoricamente que não utilizamos qualquer fruto importado. Apenas utilizamos fruto da nossa região oeste (Alcobaça, Óbidos, Etc.), este é um dos motivos da escassez do nosso produto no mercado, e que nos levou a enveredar por um projecto de produção própria do fruto.
Convido a visitarem e divulgarem http://www.ginja.pt/ e ficarem a conhecer um pouco mais sobre o nosso tradicional produto.
Cumprimentos

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Um bom compadre

JC – Falemos do seu amigo Telmo Faria. É sabido e percebido que são grandes amigos. Você até é o padrinho do filho mais velho dele. Mas pondo isso para trás das costas, acha ou não que ele é o líder natural do Oeste?
FBD – Ele é acima de tudo um dos melhores presidentes de Câmara de Portugal. Tem obra para apresentar com excelentes resultados. Começou o seu projecto praticamente do nada e o trabalho está à vista. Não tenho problemas em vaticinar que ele não vai ficar por Óbidos. Agora se é o líder natural do Oeste é mais fácil eu responder que é de certeza uma das melhores cabeças do Oeste, esteja na política ou fora dela e em cargos formais ou não. A qualidade cada vez mais não pode ser menosprezada, escondida e pouco aproveitada. E ele é o exemplo vivo de que no que mexe, as coisas acontecem, fazem-se e com muitos resultados positivos. Penso que ele encarna bem na cultura da decisão de que tanto precisamos. E precisamos para o futuro de mais gente como ele. (Aqui, se quiser ler toda a entrevista F B D, autarca e deputado)
Mas se o quiser mesmo pôr para trás das costa, e respondendo de uma maneira ainda mais fácil, não tenho problemas em vaticinar que ele não vai ficar por Óbidos e com a qualidade que cada vez mais não pode ser menosprezada, escondida e pouco aproveitada naturalmente que o líder do Oeste… é o padrinho do seu filho e só depois o pai do meu afilhado…

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Da especulação aos impostos + 3 cts/litro

Segundo os dados que a Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia divulga há vários anos.
PREÇOS DE COMBUSTIVEIS SEM IMPOSTOS E COM IMPOSTOS EM PORTUGAL SUPERIORES AOS PREÇOS PRATICADOS NA MAIORIA DOS PAÍSES DA UNIÃO EUROPEIA
Os preços dos combustíveis não dependem apenas dos preços do petróleo. Na sua transformação nas refinarias portuguesas existem muitos outros custos. Por exemplo, custos com salários. E os salários portugueses são, em média, cerca de metade dos salários médios da União Europeia. Apesar disso, os preços dos combustíveis em Portugal são superiores aos da maioria dos países da União Europeia, nomeadamente aqueles com custos salariais muito mais elevados, como mostram os dados da Direcção Geral de Energia constantes do quadro seguinte.
O problema dos preços elevados dos combustíveis em Portugal não resulta apenas de impostos altos, mas também e fundamentalmente dos preços elevados cobrados pelas petrolíferas, o que tem contribuído para inflacionar os seus lucros. O quadro seguinte, mostra o peso em euros do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e a taxa de IVA que incidem sobre os combustíveis em Portugal e a média da UE15, o peso total das Taxas em percentagem do PVP.

Em relação a todos os combustíveis, o ISP em Portugal é superior ao da média da UE15 em 1,3%, e o IVA em 5,3%. A partir de Jun2008, o IVA será superior em 0,3%. Em % do PVP, o peso das taxas em Portugal representa, em relação a todos os combustíveis, 54% do PVP, que é igual à média da UE15.

Em relação ao gasóleo: Portugal 48%, UE15: 49%; e à gasolina: Portugal: 60%, UE15: 59%. Em Março de 2008, de acordo com dados da Direcção Geral de Energia, sem impostos , o preço do gasóleo em Portugal era superior ao preço médio praticado na União Europeia em 0,7% e o da gasolina 95 em 3,5%. Mas existiam países, muito mais desenvolvidos e com custos muito mais elevados do que Portugal, onde a diferença era muito maior. Em Março de 2008, o preço da gasolina sem impostos em Portugal era superior ao da Inglaterra em 12,3%, e o do gasóleo também sem impostos era superior ao da Suécia em 17,8%. Em Dezembro de 2007, com impostos , o preço do gasóleo em Portugal era superior em 0,9% ao preços médio da U.E-15paises, e o de gasolina em 6,2% . Também aqui se verificam grandes anomalias. Por exemplo, o preço em Portugal com impostos da gasolina é superior em 24,7% ao preço de Espanha , e o de gasóleo é superior em 17,8% ao preço praticado no Luxemburgo

O AUMENTO DO CUSTO DO PETRÓLEO PARA AS PETROLÍFERAS PORTUGUESAS É MUITO INFERIOR AO QUE PRETENDEM FAZER CRER

Os órgãos de informação divulgam normalmente a variação do preço do petróleo em dólares, mas para as petrolíferas portuguesas que vendem os combustíveis em euros, o que interessa é o preço na moeda europeia pois possuem euros que depois trocam em dólares. E com a desvalorização contínua do dólar este vale cada vez menos e, consequentemente, o custo do petróleo para as empresas a funcionar em Portugal é muito mais baixo , como mostram os dados do quadro.

Entre 2006 e 2007, o preço médio do barril de petróleo aumentou 11,4% em dólares e apenas 1,5% em euros, ou seja, o aumento em euros foi inferior em 7,6 vezes à subida em dólares.

Se considerarmos um período mais recente – Dezembro de 2007 a Março de 2008 – o aumento em dólares atingiu 13,9% e em euros apenas 7%, portanto a subida em euros foi praticamente metade do aumento registado em dólares. Se a análise for feita, não em percentagem, mas em unidades monetárias, conclui-se que, entre Dezembro de 2007 e Março de 2008, o preço do barril aumentou 12,69 dólares o que correspondeu a uma subida de 4,39 euros, portanto o aumento em euros correspondeu quase um terço da subida em dólares. [1]

Para além disso, e isso é sistematicamente esquecido nas noticias que aparecem nos órgãos de comunicação, o combustível vendido num dia não foi produzido com o petróleo adquirido nesse mesmo dia. Ele foi produzido de petróleo adquirido pelas petrolíferas três ou seis meses antes, quando o preço do petróleo era muito mais baixo. No entanto, o aumento dos preços dos combustíveis parecem não ter como base as variações dos preços do petróleo na data em que foi adquirido, mas sim o preço do petróleo no mercado internacional na altura em que os combustíveis, produzidos com petróleo adquirido em períodos anteriores, é vendido aos consumidores portugueses, o que evidentemente permite inflacionar os lucros das petrolíferas. Tudo isto é possível devido à passividade, para não dizer mesmo à conivência, do governo e da Autoridade da Concorrência que praticamente não existe neste campo.

OS PREÇOS DOS COMBUSTIVEIS EM PORTUGAL VARIARAM 18 VEZES NOS ÚLTIMOS 4 MESES

Os preços dos combustíveis em Portugal variaram nos últimos 4 meses 18 vezes como revelam os dados oficiais da Direcção Geral de Energia constantes do quadro seguinte.

Entre Dezembro de 2006 e Dezembro de 2007, o preço da gasolina 95 aumentou em Portugal 11% e do gasóleo 17,2%, enquanto o preço médio do petróleo em euros subiu, entre 2006 e 2007, 1,5%. Entre Dezembro de 2007 e Abril de 2008, portanto em apenas 4 meses, o preço da gasolina 95 subiu em Portugal 6,8% e o preço do gasóleo 12,7%. De acordo com a Direcção Geral de Energia, e são os últimos dados que se encontram disponíveis no seu "site", entre Dezembro de 2007 e Março de 2008, o preço do barril de petróleo aumentou em euros 7%. E tenha-se presente a chamada de atenção que fizemos anteriormente, que é a seguinte: o combustível vendido num determinado dia não foi produzido com o petróleo ao preço desse dia , mas sim com petróleo adquirido entre três a seis meses antes, portanto a preço muito mais baixo.

[1] Deve-se destacar que as petrolíferas estão interessadas em perenizar os super-lucros que obtêm com a venda de combustíveis líquidos. A alternativa do gás natural nos transportes, mais económica e ambientalmente favorável, já é corrente em muitos países do mundo. Mas em Portugal o cartel das empresas de petróleo restringe a liberdade de opção dos consumidores com o não fornecimento deste combustível nos seus postos.

Obrigado pelo contributo de um leitor.

terça-feira, 13 de maio de 2008

EURO 2008... Volvidos 4 anos

O grupo de eleitos, com excepção aos jogadores de Manchester United e Chelsea (jogam a final da Liga dos Campeões a 21), tem concentração marcada para dia 18, em Viseu.
O estágio de preparação decorrerá até ao dia 31, data em que Portugal cumpre o derradeiro jogo particular, diante da Geórgia, no Estádio do Fontelo. No dia seguinte, a partida para a Suíça, mais precisamente para Neuchatel, «quartel-general» da Selecção ao longo do Euro-2008. A estreia na competição acontece a 7 de Junho, diante da Turquia, em Genéve.
Eis os 23 eleitos:
Guarda-redes: Ricardo (Betis, Esp)Quim (Benfica)Rui Patrício (Sporting)
Defesas: Bosingwa (FC Porto)Paulo Ferreira (Chelsea, Ing)Miguel (Valência, Esp)Ricardo Carvalho (Chelsea, Ing)Pepe (Real Madrid, Esp)Bruno Alves (FC Porto)Fernando Meira (Estugarda, Ale)Jorge Ribeiro (Boavista)
Médios: Miguel Veloso (Sporting)Petit (Benfica)Raul Meireles (FC Porto)Deco (Barcelona)João Moutinho (Sporting)Cristiano Ronaldo (Manchester United, Ing)Nani (Manchester United, Ing)Quaresma (FC Porto)Simão (Atlético Madrid, Esp)
Avançados: Nuno Gomes (Benfica)Hélder Postiga (Panathinaikos, Gre)Hugo Almeida (Werder Bremen, Ale)
Selecção Euro 2004 Luiz Filipe Scolari convocou para esta missão os seguintes jogadores. No lote dos 23 “magníficos” estão os guarda-redes Ricardo (Sporting), Moreira (Benfica) e Quim (Sporting de Braga).
Na defesa estão Nuno Valente (FC Porto), Paulo Ferreira (FC Porto), Ricardo Carvalho (FC Porto), Beto (Sporting), Rui Jorge (Sporting), Miguel (Benfica), Fernando Couto (Lázio de Roma) e Jorge Andrade (Deportivo da Corunha).
Quanto aos médios eles são: Petit (Benfica), Tiago (Benfica), Rui Costa (AC Milan), Costinha (FC Porto), Deco (FC Porto), Maniche (FC Porto) e Luís Figo (Real Madrid).
Na zona de finalização vão estar os avançados: Nuno Gomes (Benfica), Simão Sabrosa (Benfica), Hélder Postiga (Tottenham), Cristiano Ronaldo (Manchester United) e Pauleta (Paris St. Germain).
O responsável afirmou ainda que “a Câmara Municipal de Óbidos está extremamente empenhada” neste pré-estágio, assim como da estada da selecção Suíça no concelho, frisando que, apesar de Óbidos não necessitar de muita publicidade, “vai beneficiar muito com a selecção portuguesa aqui”.
A escolha do Hotel Marriott e do concelho de Óbidos para o pré-estágio da Selecção Lusa “não tem a ver com questões financeiras, mas antes questões meramente técnicas e desportivas”. “Esta é já a terceira visita que é feita a Óbidos”, estando todas as entidades envolvidas “em contacto permanente”, concluiu.
Telmo Faria, presidente da Câmara Municipal de Óbidos, garantiu que a autarquia “está muito satisfeita” com a vinda da Selecção Portuguesa para o concelho, afirmando tratar-se “de um acto patriótico”.
Quanto ao facto de Óbidos ganhar com a vinda das selecções Portuguesa e Suíça para o concelho, Telmo Faria afirmou que “qualquer terra sai sempre a ganhar quando está ligada a um grande projecto, como o Euro 2004, e, nomeadamente, à Selecção Nacional”. O facto de Óbidos “dar um contributo para a Selecção Portuguesa, criando condições de excelência, é, para nós, um motivo de grande orgulho”, frisou. (Fonte)
Euro 2004 - Selecção portuguesa fez pré-estágio em Óbidos (para ler aqui e aqui)
Até foi constituída uma task force municipal com vista a preparar da melhor forma toda a logística relacionada com a vinda das Selecções Portuguesa e Suíça para Óbidos, por ocasião do euro 2004. Esta equipa é constituída pelo presidente da autarquia, Telmo Faria, pelo vereador do Desporto, Pedro Félix, por técnicos da Câmara Municipal nas mais diversas áreas, desde o desporto, à protecção civil, passando pela comunicação. Para além destes elementos, a equipa é ainda reforçada por elementos da GNR e Bombeiros Voluntários, Centro de Saúde, entre outras entidades. (para ler aqui)
Selecção Nacional em Óbidos - 2004 (para recordar aqui)
Equipa Suíça encantada com concelho de Óbidos - 2004 (aqui para ler)
Selecção Nacional de Futebol “AA” regressa a Óbidos para preparação de um jogo de qualificação para o Mundial (para ler aqui)

sábado, 10 de maio de 2008

A crise alimentar

A crise alimentar mundial merece uma reflexão mais séria do que aquela a que assistimos à escala nacional ou mundial. Não basta atribuir as culpas aos biocombustíveis, imaginar que Portugal pode ser auto-suficiente, defender o proteccionismo europeu ou aproveitar a situação para obter ganhos eleitorais.
O aumento da produção de biocombustíveis é uma das causas do aumento dos preços mas não é a única, o aumento da procura por parte das economias emergentes tem igualmente peso neste aumento de preços. O crescimento económico de algumas economias (China, Rússia, Índia, Brasil), a desvalorização do dólar, a revalorização de algumas moedas (China), a quebra de produção (Austrália) e a redução dos excedentes comunitários são alguns dos factores que mais contribuíram para a escalada dos preços, que se tornou imparável numa situação em que os stocks são escassos.
Não basta culpar as reformas da PAC que resultaram na redução da produção europeia, os excedentes comunitários e as suas políticas proteccionistas do passado resultaram na perda de competitividade das agriculturas mais pobres.
De nada serve apelar à auto-suficiência nacional em cereais, Salazar também sonhou com isso, promoveu a campanha do trigo e os resultados são desastrosos. Portugal não dispõe de recursos em terras aráveis para produzir cereais aptos para o consumo humano em quantidade suficiente. Além disso, esse aumento de produção seria conseguido à custa de outras culturas mais rentáveis e adequadas a um bom uso dos solos.
Para a crise internacional não há solução à vista em termos imediatos, o aumento da produção de cereais não se consegue de um dia para o outro. A solução do problema nacional deve ser encontrada no quadro da Política Agrícola Comum, de nada valem os discursos nacionalistas ou do tipo “um passo em frente”. A PAC deve assegurar aos Estados-membros da EU a sua segurança alimentar assegurando preços razoáveis aos consumidores. As recentes reformas da PAC não foram neste sentido e os resultados estão à vista, os aumentos dos preços deixam os ministros da agricultura e os agricultores felizes mas poderão ter graves consequências sociais. Ao nível internacional a situação é bem mais grave, a actual produção é insuficiente para assegurar a alimentação da população mundial, este desequilíbrio só não é mais evidente porque uma boa parte da população vive numa situação de subnutrição. Com o aumento da população mundial e a melhoria das condições de vida nas economias emergentes a procura de alimentos crescerá a um ritmo superior à oferta. Dado que o aumento das terras aráveis é lento (1% ao ano) bem como o aumento da produtividade (1% ao ano), as instituições internacionais terão que investir em soluções que evitem uma crise alimentar muito grave a médio prazo.
Mas parece que quer os responsáveis nacionais, quer os líderes mundiais andam distraídos. (via jumento)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Obrigado, Senhor Presidente.

O objectivo do executivo é ter a capacidade de angariação de receitas de uma cidade de 300 mil habitantes e distribui-la pelos 12 mil que vivem no concelho. Segundo o autarca, “nós estamos quase lá” e “a breve prazo vamos igualar a nossa capital de distrito” (Leiria). (Aqui para ler toda a notícia).
- Será que alguém pode informar para que departamento da CMO deveremos enviar o nosso número de conta?

Encontro de obidenses a 25 de Maio

É já no próximo dia 25 de Maio que a Sociedade Musical Recreativa Obidense dinamiza o 5º Encontro do Dia do Obidense.
De acordo com a organização, o que se pretende é “proporcionar um dia de convívio entre aqueles que de alguma forma estejam ou estiveram ligados a Óbidos”. Assim, a partir das 9h00, hora da recepção na Porta da Vila, está pensado um dia em cheio, pelo preço de 20 euros por pessoa, com visitas a novas estruturas do concelho e momentos de cultura.
Esta é uma iniciativa que, por razões de ordem económica, só poderá realizar-se com um número considerável de inscrições, abertas até à próxima segunda-feira, dia 12, no Tubas Bar ou através dos tel. 966014701, 934951338, 965885779 ou 262950664. A confirmação da realização do encontro será feita pela organização até dia 17.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

domingo, 4 de maio de 2008

Democracia portuguesa é das piores da Europa

Democracia portuguesa é das piores da Europa (ler aqui no DN)
A notícia segundo a qual a “democracia portuguesa” é das piores da Europa deixa-nos embasbacados. Também não era de esperar que fosse das melhores, mas ficar atrás da Estónia, da República Checa, da Hungria, da Eslováquia, da Letónia e longe da Espanha, o que dá cabo da auto-estima de um cidadão que se preze! Ao fim de 34 anos, era de esperar que fossemos mais “democratas”, mas não, infelizmente. A nossa participação cívica é paupérrima e tudo aponta para que não melhore. Quem se empenha em actividades cívicas e associativas já deve ter-se apercebido da ingratidão de muitas pessoas, o que é o menos, se compararmos à má língua, a tiques preconceituosos e a uma maldade intrínseca a que não é alheia a falta de cultura e de formação. Nalguns meios, sobretudo nos mais pequenos, sente-se um atrofiamento na liberdade de expressão, com medo de eventuais retaliações(!), passando a ser usual as facadas, as pulhices e sacanices feitas à calada e nas costas dos visados. À verdadeira democracia contrapõem a ditadura da mesquinhez. A falta de formação e de empenho nas instituições democráticas e associativas pode explicar a nossa má democracia.
Se alguém estiver interessado em fazer uma colectânea de insultos políticos, estou certo de que não vai queixar-se, nem de material, nem de originalidade boçal. Entre os próprios políticos, acabamos, algumas vezes, por observar tiques de parvoíce consciente e ridícula que ou são consequência dos seus apaniguados ou é para os alimentar.Mesmo assim, o melhor é continuar a ter intervenção cívica, porque senão ainda corremos o risco de não continuarmos a ser uma das piores democracias mas passarmos para uma “democracia espezinhada”.
(in 4R)

ACORDO ORTOGRÁFICO

Em defesa da nossa língua
Quem estiver interessado poderá assinar o manifesto:

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Passeio de "Santa Ingrácia"

As obras terão arrancado no inicio de Março.
Para quando a sua conclusão?

Cartoon

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Cidadania activa: crianças aprendem o que é a democracia.

Hoje, 30 de Abril, os alunos do Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos desempenharam a função de deputados numa Assembleia Municipal.
A convite da CMO, os jovens experimentaram os princípios democráticos questionando o poder executivo sobre problemáticas relativas à escola e às suas comunidades. Organizados por bancadas – 1º ciclo, 2º ciclo, 3ºciclo e Ensino Secundário – os alunos, sob a orientação dos professores, elegeram um porta-voz de cada ano de escolaridade e exigiram do Senhor Presidente da CMO resposta às suas angústias e necessidades. Foi com satisfação que os adultos ouviram os jovens “deputados” exercerem a sua cidadania, levantando questões pertinentes que passam por assuntos tão triviais como a falta de um bebedouro junto ao campo de futebol de uma EB1, a falta de sabonete e de toalhetes nas casas de banho, por assuntos mais sérios como a falta de equipamento dos laboratórios, a pintura da escola sede, a instalação de passagens cobertas entre os blocos para proteger da chuva, ou levantando a discussão sobre o Decreto-Lei nº 63/2008 que estabelece a transferência da gestão de espaços e equipamentos escolares para as câmaras municipais. Mas as intervenções abordaram, também, problemas que vão além da escola: os sucessivos assaltos que têm ocorrido no concelho, o número excessivo de emigrantes (muitos ilegais), o futuro das instalações escolares nas localidades onde o 1º ciclo passará para o complexo escolar.
Mostrando vontade de participação cívica, os “deputados” apresentaram várias sugestões para a qualidade de vida dos munícipes e para uma escola para o futuro.
Tudo o Sr. Presidente registou. A tudo o Sr. Presidente tentou dar resposta.
No final, a satisfação era visível em todos. Uma das reivindicações mais antigas dos alunos Escola E. B. 2-3/S Josefa de Óbidos, a pintura exterior do edifício, mereceu solução: a câmara dará os materiais e, se necessário, alguma mão-de-obra e os alunos, encarregados de educação, corpo docente e não docente executarão os trabalhos (que já ficaram agendados para a semana seguinte à festa de encerramento do ano lectivo). Este foi o momento de maior ovação da sessão. Iniciativas como esta são de apoiar e de incentivar. Todos temos responsabilidade na formação integral dos jovens, na promoção de acções de cidadania que proporcionem hábitos de participação cívica. Mais do que pedir à câmara que resolva, é importantíssimo que os jovens se dirijam ao executivo camarário apontando os problemas mas, também, apontando soluções. Esta foi, sem dúvida, uma lição que os cerca de 200 jovens aprenderam, hoje.
Agradeço o contributo do leitor.