Cinco mil sacos de areia vão a partir de sexta-feira começar a ser colocados na praia da Foz do Arelho para proteger o emissário submarino (tubo que transporta esgotos tratados para alto mar), revelou o Instituto da Água.
“Houve um avanço do mar para a margem norte [praia da Foz do Arelho] e por uma questão de salvaguarda, as Águas do Oeste vão colocar sacos de areia para evitar que a água se aproxime mais do emissário submarino” disse hoje à agência Lusa o presidente do Instituto da Água (INAG), Orlando Borges.
O problema tem vindo a ser monitorizado pelo INAG que autorizou a “intervenção de precaução” que passará pela colocação de “cinco mil sacos de areia” por parte da empresa Águas do Oeste, que gere o sistema de água e saneamento da região onde se inclui o exutor submarino.
O número de sacos de areia dependerá “da evolução” da situação que está a ser acompanhada pelo INAG e pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
Além desta intervenção de contenção, o INAG vai iniciar em Abril as dragagens para fixação da aberta (canal que mantém a ligação entre a Lagoa de Óbidos e o mar).
“O LNEC está a ultimar uma nota técnica que nos permite avançar com a fixação de uma aberta controlada na parte central da Lagoa” explicou Orlando Borges.
A intervenção decorrerá entre Abril e Maio e compreenderá a dragagem de
Orlando Borges assegurou ainda que “as dragagens de fundo vão ser iniciadas no final de
As grandes dragagens que estavam previstas para o final de 2011 serão assim antecipadas um ano, depois de a Ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, ter assumido esse compromisso com os autarcas, em Janeiro durante o Governo Presente realizado no distrito de Leiria.
“Não vamos esperar pelo resultado da sustentação da necessidade de construção do muro guia, que encomendámos ao LNEC, para iniciar as dragagens” disse Orlando Borges.
A necessidade de construção de um muro guia na Lagoa de Óbidos foi posta em causa pela Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) do projecto das Dragagens e Defesa da Margem Sul da Lagoa de Óbidos.
O INAG solicitou ao LNEC um estudo que fundamente a necessidade da construção, o que levou os autarcas das Caldas da Rainha e Óbidos a admitirem temer que tal atrasasse o início das dragagens.
“Mas estamos a cumprir tudo aquilo que acordámos fazer no âmbito da Comissão de Acompanhamento da Lagoa e a basear a nossa intervenção em relatórios de natureza técnica”, assegurou Orlando Borges.
1 comentário:
À falta de medidas de fundo que solucionem o problema..."ensaca-se" o mesmo...!!!
Esta semana estive na Foz do Arelho, num dia magnífico de sol e com a maré ainda não completamente vazia...com uma vista magnífica sobre a Lagoa...!!
Ia ser assinada pelas duas Autarquias de Caldas e Óbidos...a candidatura da Lagoa a uma das 7 Maravilhas da Natureza...!!!
Olhando par o lado do mar, recordei o agora inexistente "cordão dunar", há anos extenso na sua largura e coberto de vegetação própria, onde as aves faziam os seus ninhos e os vereneantes que se dirigiam à praia do mar, chegavam cansados de atravessar tanto areal...
Hoje...o estreito cordão de areia, não regala os olhos, não fortalece os corpos...nem dá segurança às aves nem aos equipamentos...!!!
E a solução que segundo as pessoas especializadas é tão complexa, parece ser para os leigos afinal, muito mais facil...:
Já "cansa" falar da necessidade de aumentar a capacidade de retenção de água pela Lagoa, para depois por "seu próprio pé" abrir e alargar o seu caminho para o mar, mas essa solução que passava apenas pela colocação de uma draga a recuperar para a Lagoa os terrenos junto à Foz dos Rios Real e Arnoia, afundando a extensa zona "do baio" e das entrada para o Braço da Barrosa e Bom Sucesso...
e depois o rebaixamento de todas as zonas "de coroas" de maneira a deixar mesmo na maré vazia, um mínimo de meio metro coberto de água...
Toda ou a grande parte da areia retirada, poderia ser colocada de forma a refazer o antigo cordão dunar...e por fim, como a cereja no topo do bolo...: uma draga em permanencia a "refazer em tempo real"...os estragos provocados pelas marés, correntes e ventos, que como situação normal e natural é dificil de prever no papel...!!!
Esta seria possivelmente uma boa solução para a Lagoa, apenas com um senão para alguns...: não fazia sentido continuar a meter milhares nos bolsos dos "fazedores" de Estudos...porque para a manutenção da Lagoa, apenas seria necessário a existencia de um gabinete apoiado pelas duas Autarquias e pelo Poder Central, a acompanhar em permanencia a Lagoa...!!!
Mas isso...: era facil...era barato...e não dava milhões a alguns...!!!
Maximino
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