A Assembleia Municipal é o órgão deliberativo do município e tem como principais competências acompanhar, fiscalizar, apreciar, aprovar e deliberar sobre a actividade da Câmara Municipal, dos serviços municipalizados, das fundações e das empresas municipais. Em teoria, este deveria ser um nobre exercício de cidadania em prol do concelho. Na prática, a AM não passa de uma “Feira de Vaidades” onde cada um procura o seu momento de protagonismo, comprazendo-se no deleite de se ouvir mais do que no de ser ouvido. Coerentemente (dizem), o presidente da CMO e demais deputados do PSD floreiam o discurso da mudança positiva, da obra feita e a fazer. Há até quem se empolgue de tal forma que recue no tempo e se julgue em plena campanha eleitoral, fazendo apelo ao voto (e não se pense que foi subliminar, pois um membro da Assembleia apelou ao voto insistentemente numa intervenção que primou por ser uma repetição – coerentemente – dos seus discursos de campanha). Do lado da oposição, o membro do PCP (que vá se lá saber porquê fala sempre no plural) lê (soletra) um conjunto de considerações de contestação que ele próprio tem dificuldade em compreender: também aqui o discurso é uma repetição de qualquer intervenção feita em qualquer palanque da Festa do Avante. Na bancada do PS – coerente ou incoerentemente – há quem se prepare atempadamente e espere pelo seu momento de glória, indiferente ao rumo das intervenções (um exemplo de retórica preparado ao milímetro não pode ser desperdiçado, mesmo que o Presidente da CMO se tenha antecipado e explorado todas as farpas!); não havendo essência política para atacar, atacam-se os pormenores, cada um evidenciando-se na sua área de actuação, chamando a atenção para “questoeszitas” que façam brilhar. Quando assim não é, reiteram velhas ambições esquecendo que os resultados eleitorais impuseram outro rumo. No direito de resposta, arrogantemente – com coerência – o Vice Presidente ou outro deputado do PSD, insistem no seu floreado inicial e, em momento apoteótico, abusam do efeito das metáforas e lançam umas quantas “biscas” que outros (por estarem ainda a saborear o seu momento) interpretam como ofensa...
De bisca em bisca, de banhada em banhada, de calças novas e cuecas sujas … assim se vai fazendo política no nosso concelho. Na verdade, o que de facto importa é que tudo foi aprovado (com a abstenção do PS, o voto contra do PCP e a aprovação do PSD e seus “independentes”).
Notou-se (e bem) a ausência do Presidente da AM para impor o seu “decoro” e fazer fluir as intervenções, pois de bisca em bisca, de banhada em banhada, de calças novas e cuecas sujas a sessão prolongou-se quase até às três da madrugada. Para quê? Apenas para ser palco da “feira de vaidades”.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
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3 comentários:
Até podia achar piada, não fossem as biscas e as banhadas o espelho do equivoco de Óbidos.
Riam e brinquem com as cuecas do Custódio, não mexam, no entanto, com o seu conteúdo, pois um dia, ainda será com ele que se contará para se saber quem em Óbidos é que os tem para desandar com este bando de garotelhos
O Telmo disse que só não ouviu os partidos da oposição sobre o orçamento para 2010 porque não sabe com quem havia de falar.
Riram-se do CUSTODIO ,mas ainda é dos unicos ,que os tem no sitio ,o resto é uma cambada de cobardes ,que só falam por trás ,e quando têm oportunidade de dizer da sua justiça na assembleia ficam caladinhos ,e até quase se escondem para não serem vistos .
"MAIS VALE UM BURRO TREINADO ,QUE OUTRO COM OS LIVROS NA MÃO "
SENHOR CUSTÓDIO ESPERO QUE CONTINUE SEMPRE COM ESSA SUA FORÇA
INTERIOR ,FAÇA VÊR A MUITA GENTE QUE PARA SE OBTER UMA META É COM MUITO SACRIFICIO E DEDICAÇÃO ,POIS FOI ASSIM QUE CONQUISTAMOS A LIBERDADE ,O 25 DE ABRIL .
http://www.youtube.com/watch?v=9IkTwRu7vpU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=86LSuXi5TLU&feature=related
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