A implementação de uma tarifa única de água e saneamento para o Oeste vai depender da criação de uma sociedade entre as Águas de Portugal e as autarquias que hoje exigiram estudos mais aprofundados para sustentar a adesão.
A proposta de sociedade foi hoje apresentada pelo presidente da Águas de Portugal, Pedro Serra, durante uma reunião com a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), mas os municípios só decidirão se aderem ou não depois de “uma negociação que irá ter lugar em torno das condições financeiras desse contrato”, disse à Lusa.
O modelo de sociedade está ainda a ser estudado mas Pedro Serra assegura que “se o projecto vier a ser concretizado haverá um conjunto de investimentos para aumentar a qualidade e fiabilidade do serviço e para estender rede, sobretudo de saneamento, onde há necessidade de melhoramentos”.
“O efeito de escala que permitirá descer as tarifas de água e saneamento ao consumidor” é uma das principais vantagens apontadas pelo presidente da OesteCim, Carlos Lourenço, ao projecto.
Mas apesar de ser uma ambição, a tarifa única “poderá não ser imediata e ter um prazo de implantação “de um a cinco anos”, acrescentou Carlos Lourenço.
O preço da tarifa irá depender do número de municípios a aderir à futura sociedade, que tinha entre os principais críticos o presidente de Torres Vedras, Carlos Miguel.
Apesar de “a tarifa expectável a aplicar pela empresa poder ser interessante para o município”, Carlos Miguel disse à Lusa que a adesão de Torres Vedras irá depender “da compensação dos investimentos que estamos a fazer”, já que a autarquia têm adjudicadas três empreitadas de saneamento que só estarão concluídas em 2012.
O presidente da Águas de Portugal admite que venha a haver “uma diferenciação” em termos da participação dos municípios nos investimentos, mas para já, diz Carlos Lourenço, “estará tudo em aberto até que sejam apresentados estudos concretos”.
A Águas de Portugal verá nos próximos dois meses apresentar valores de tarifas para a constituição da sociedade a nove ou 12 municípios, dependendo da adesão ou não de Óbidos, Alcobaça e Torres Vedras.
Alenquer, com um sistema de abastecimento concessionado, ficará de fora da sociedade, mas, Rio Maior poderá ser integrado no sistema e permitir que a sociedade integre doze municípios.
2 comentários:
Naturalmente que Óbidos deverá ficar de fora, ou melhor continuar a praticar o preço que mais lhe convém. Mesmo que adira e como o prazo de implementação é de 1 a 5 anos, poderá ser aplicado depois de Telmo Faria sair.
Enquanto o Telmo for presidente tudo fará para o acordo não entrar em vigor em Óbidos.
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