Portugal tem 14 feriados nacionais: sete religiosos e cinco históricos, mais o Ano Novo e o Carnaval, além dos municipais.
No gozo deste primeiro fim-de-semana prolongado, 2010 irá ser generoso com os Obidenses. O feriado municipal (11 de Janeiro) permite-nos desfrutar de mais um fim-de-semana prolongado – logo dois num espaço de 15 dias.
Feriados que coincidem com o fim-de-semana: o 25 de Abril (Dia da Liberdade), o 1.º de Maio (Dia do Trabalhador) e a Assunção de Maria (15 de Agosto) e o Natal. Junta-se a estes a Páscoa que, como sempre, é a um domingo.
Para compensar, Carnaval (16 de Fevereiro), Corpo de Deus (3 de Junho), Implantação da República (5 de Outubro) e Dia de Portugal (10 de Junho) calham a uma terça ou a uma quinta-feira, permitindo fazer ponte.
E há ainda os fins-de-semana prolongados. Este do Ano Novo, também Todos os Santos (1 de Novembro) e Sexta-feira Santa (2 de Abril) permitirão fins-de-semana de três dias.
Quem tem por hábito estudar metodicamente o calendário para aproveitar ao máximo os feriados - "encaixando" estrategicamente dias de férias ou contando com pontes - vai ter menos motivos para sorrir em 2010.
5 comentários:
Os portugueses precisavam de trabalhar, em Setembro do ano passado, um ano e 31 dias para liquidar a totalidade da dívida do País ao estrangeiro. Mais dois meses do que em igual mês do ano anterior.
O problema não está nos trabalhadores... todos nós sabemos a causa desse endividamento.
E logo no primeiro fim-de-semana prolongado tivemos que levar com o “velho” Cavaco, repetindo “o lhes disse há precisamente um ano: não tenham medo”. Parece que sofre do sindroma Titanic: enquanto o barco se afunda, o maestro continua exuberante a liderar uma orquestra indiferente ao desastre.
Espremido e condensado o discurso de Ano-Novo de Cavaco veio dizer isto: o governo tem é que governar, abrandar o déficit, apoiar as 95 por cento das empresas pequenas e médias que empregam os portugueses, deixar-se de esbanjar em obras públicas e já agora que respeite as tradições da família em vez de andar a promover o casório Gay.
Não foi um discurso de ano novo, foi um texto de análise política básico, dito em tom de récita liceal dos anos setenta, com um cenário pavoroso onde se evidenciava uma janela com um vidro e uma irritante maçaneta. Não era a marquise da década, era o remanso do Palácio de Belém.
Claro que quem aterrasse na Pátria e não tivesse tido a felicidade de ter por aqui andado a fazer pela vida nos últimos anos acharia este discurso empolgante, patriótico e digno de fazer história. Mas nós que andamos há vinte anos, aliás 24 anos a ouvir os discursos cavaquistas estamos fartos de tanta lição de economia para os Tonecas desta vida. O governo é aquilo que a gente sabe, e Sócrates o artista que topamos, mas termos de levar com discursos paternalistas de quem está sempre pronto a puxar as orelhas mas a nada fazer de concreto...incomoda imenso. Chateia mesmo.
O cavaquismo é uma espécie de reserva moral para direitistas falhados, aqueles que tiveram o país na mão no tempo da abundância e que esbanjaram em alcatrão, novo-riquismo, desprezaram o ensino e a cultura e promoveram os yuppies vestidos de fatos à la Maconde, esses que fizeram das empresas casinos e dos trabalhadores máquinas descartáveis. Se há coisa que devemos ao cavaquismo é essa geração de trogloditas de gel no cabelo que hoje estão ricos e foragidos ou à espera que a Justiça enferrujada um dia os ilibe por prescrição.
Cavaco está isolado e já ninguém o escuta.
Olhe que o Cavaco tem razão quando diz que a situação do País é má. Ele, o Prof. Cavaco, também foi Primeiro Ministro durante 10 anos. Há vícios que vêm do tempo dele e outros novos ou agravados do tempo posterior.
Quanto tempo falta para vir o maior plano de austeridade de nos que nos lembramos? Esse é o grande problema a que Sócrates e a opsição tentam fugir, mas parece inevitável ...
Cavaco Silva, parecendo já refeito das desastradas trapalhadas em que se deixou envolver, aproveitou a oportunidade para se afirmar como candidato indiscutível a novo mandato presidencial, enunciando alguns dos problemas nacionais e apelando a consensos partidários de regime, forjando e iniciando deste modo a sua nova estratégia como candidato.
Não será com este orçamento ou com outro orçamento, com este governo ou com outro governo, com este presidente ou com outro presidente, que o País e os portugueses sairão do atoleiro, da desgraça, em que as elites partidárias deste “sistema político”, sobretudo desde há duas décadas, os colocaram. O que está em causa, não é já este ou aquele governo saído do actual espectro partidário, mas o vigente sistema político em si mesmo.
O ano político começou da pior forma, com o “Preocupado” a transformar a mensagem de Ano Novo na primeira peça política de uma campanha presidencial ainda sem adversários e fora do tempo.
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