Segundo os especialistas, “Óbidos é, neste momento, um exemplo para o País”, pelas medidas que tem tomado na área do ambiente e sustentabilidade. “Estamos muito impressionados com o trabalho que tem sido desenvolvido no concelho. Nunca vimos nada disto em outras cidades europeias que tenhamos trabalhado”, dizem, acrescentando que “Óbidos já está no caminho certo. O que nós estamos aqui a fazer é dar uma ajuda para tornar Óbidos numa vila mais sustentável”.
No capítulo do turismo, os especialistas garantem que Óbidos pode continuar a apostar neste sector. No entanto, há impactos que têm de ser minimizados. A questão dos transportes é uma das ideias chave que saiu deste curso. Os investigadores afirmam que tem de haver um diálogo muito grande com a população para que se defina o tipo de transporte a utilizar, com o mínimo de impactos possíveis.
Uma das ideias passa por ter um minibus eléctrico para trazer as pessoas dos hotéis e dos resorts, junto às praias, para o centro histórico, local onde se encontra a maior parte das estruturas patrimoniais e de cultura. “Óbidos pode ter toda a sua rede de transportes eléctrica. É mais limpo e mais silencioso”.
A energia renovável foi vista como um factor chave para o desenvolvimento. A principal vantagem de Portugal é a energia solar (e eólica), mas a combinação de energias renováveis pode vir a ser uma solução para um futuro sustentável. Defendem, acrescentando, no entanto, “que esta será uma medida que demorará algum tempo”. “Há que mostrar às pessoas e aos empresários que esta é um boa solução não só ecológica, como económica".
Ainda no capítulo dos transportes, os especialistas propõem que haja carros eléctricos disponíveis na vila e que possam ser partilhados pela população e pelos turistas nas suas deslocações.
No que diz respeito à água, os especialistas propõem uma gestão urbana das águas pluviais, feita em conjunto com os agricultores, por forma a evitar, ao máximo, que substâncias nocivas, usadas na agricultura, vão para os cursos de água.
Também nos resíduos sólidos urbanos há propostas. Garantem os especialistas que “as pessoas têm de pagar pela quantidade de lixo que produzem, ou seja, a taxa a pagar tem de cobrir os custos reais com a recolha e tratamento dos resíduos”. Quanto mais lixo produzir, mais paga, numa tentativa de fazer com que a população recicle mais.
Na área da arquitectura sustentável, os peritos asseguram que Óbidos pode dar algum contributo, em termos de ideias, para outras regiões do País com as mesmas características. “Temos de ensinar as pessoas a utilizarem de novo as suas casas, com recurso a novas tecnologias”, sublinham.
Hoje, a Antena 3 emitiu uma entrevista com o Sr. Presidente Telmo Faria a propósito das “hortas ecológicas”. Nessa entrevista, o Presidente referiu que os munícipes passarão a ter “couves” fotovoltaicas nas suas hortas, contribuindo, assim, para a criação de energia ecológica e de mais baixo custo, estando em negociação com a EDP para a concretização deste projecto inovador.
Hortas fotovoltaicas podem garantir energia à vila histórica. (Aqui para ler)
19 comentários:
Essa dos transportes eléctricos, deve ser uma indirecta ao DUMPER, o veículo mais 'simpatico' que se passeia, pelas ruas da vila!!!
Em relação à energia Éolica, pelo que li, está previsto um parque éolico, na zona das Cezaredas, mas enquanto os concelhos vizinhos já tem os seus parques a funcionar, Peniche, Lourinhã, e Bombarral, em Óbidos, não existe nenhum a funcionar, apesar de existir uma empresa municipal, com responsabilidades nesta área...
Um dos países, com maior numero de painéis solares é a Alemanhã!!! as razões que levam, um país com muito menos Sol, do que nós, a apostar na energia Solar, são simples, o Estado Alemão garantiu um preço fixo, da energia Solar, para os proximos 20 anos, sendo que o preço, que o consumidor paga pelo consumo de energia, é bastante inferior, aquele que as Companhias Eléctricas pagam pela energia Solar, garantindo assim lucro a quem investe na energia Solar, facilitando por exemplo os emprestimos bancários para a instalação de painéis Solares, já que os lucros estão seguros, como é evidente isto tem custos, que são pagos por todos os cidadões nas facturas de electricidade...
A teoria de que quem produz mais lixo, deverá pagar mais, é dominante, mas isto cria um problema, é que as empresas de reciclagem recebem dinheiro dos 'fornecedores'(nós), e assim não tem necessidade de reciclarem, para fazerem dinheiro!!! deverá ser a única actividade do Mundo onde o fornecedor é que paga, ao 'cliente'!!! em todas as actividades transformadoras, o 'industrial' tem que pagar pela matéria-prima, menos nas empresas de recolha, e reciclagem de resíduos!!!
Na minha opinião, se as pessoas tivessem um 'incentivo', por mais pequeno que seja, iriam Separar, e Entregar muito mais lixo, do que as empresas de recolha, conseguem recolher.
Em Óbidos os comerciantes, pagam uma taxa fixa de residuos sólidos, portanto produzindo pouco, ou muito lixo, a factura é sempre a mesma, e ainda estão sujeitos a multas se não cumprirem(e alguns já tiveram que pagar), até porque em relação aos vidros são obrigados a depositar os residuos, já que não existe recolha destes.
Se por exemplo as empresas de reciclagem pagassem, ao Kilo, pelos residuos que recebessem, haveria pessoas individuais que se deslocariam aos sitos de recolha livremente, e até poderiam aparecer empresas privadas de recolha, com bastante hipoteses de se tornarem viáveis...
É verdade que este sistema, poderia incentivar a criação de maiores quantidades de residuos, mas se estes fossem reciclados não haveria problema, porque com este método a efeciência do sistema de recolha seria muito maior, e obrigaria as empresas de reciclagem, a reciclar, evitando situações parecidas como a Resioste, onde só cerca do 5% dos residuos recebidos são reciclados, sendo que somente 30% do lixo produzido chega às empresas de reciclagem...
Curioso não existir referências ao impacto do Plaza Oeste, será que os especialistas aconselharam a não construção do Centro Comercial?!!!
Concordo em grande parte como o comentário anterior.
"O que nós estamos aqui a fazer é dar uma ajuda para tornar Óbidos numa vila mais sustentável”.
Sem dúvida só mesmo para ajudar… os grandes eventos (Natal e chocolate) e seus impactos!!! Com os minibus eléctricos e o problema está resolvido?
registo que continuamos fieis á evolução na continuidade, fala-se de soluções para transportes antes de fazer os caminhos.
torne-se o arnoia navagável da Lagoa até Óbidos.
Não houve em tempos o cais da rainha ao fundo da encosta do castelo?
Quem não quiser vir de barco ou vem de carroça ou a pé.
Existem registos, não muito antigos, por volta de 1840, onde se discutia a construção de um Porto de Mar, no Arelho!!!
(não é na Foz do Arelho, é mesmo no Arelho)
O mais extraordinário é que nas conclusões não se conhecem os pontos menos positivos… Provavelmente a CMO terá que repensar o Parque da Vila e adapta-lo em horta fotovoltaica…
Hortas foto-voltaicas?! O que é isso?
Liga-se o frigorifico à alface e o aspirador ao rabanete?
Por acaso sei, que os especialistas estavam inclinados, para dizer não ao Plaza Oeste, e fazer com que as pessoas recebessem dinheiro pelos residuos, em vez de pagarem, aparentemente ouve CENSURA...
As hortas-fotovoltaicas funcionam na Alemanhã, porque o preço do KW Solar é superior, ao preço que os consumidores pagam pelo KW, e isto não é uma decisão da CMO, tem que ser uma estratégia Nacional, e como é evidente tem que ser subsidiada...
Portanto esta conversa mais uma vez, cheira a propaganda barata...
Em relação a uma correcta gestão de resíduos... não deixa de ser um negócio atípico, ou seja, não segue as vulgares leis de mercado.
Quando reciclar significa perda de dinheiro, essa perda é cobrada ao produtor do resíduo seja sobre a forma de ecotaxas seja sobre na forma de impostos directos ou indirectos sobre o produto a reciclar. Até aqui tudo bem.
Quando reciclar significa equilíbrio nada é cobrado ao produtor do resíduo. Até aqui tudo bem. Mas se neste equilíbrio ainda se cobra ao produtor do resíduo já estamos em presença de exploração•
Quando reciclar significa lucros e não há mais valias atribuídas ao produtor do resíduo então a exploração é óbvia e cria injustiças. Ora o que eu vejo cada vez mais é disputa aguerrida pelas cotas de mercado e mais empresas a dedicarem-se à actividade. O aliciante só pode ser mesmo a margem de lucro a crescer.
Assim o que eu não estou de acordo com é... a questão ecológica apenas esta a ser encarada como uma questão meramente comercial e depois vêm com estas tretas todas…
Como uma vez o Fernando Costa disse num programa televisivo “ quando nós precisamos de um parecer favorável encomendamos a técnicos…”
Estes ilustres que chegaram a estas brilhantes conclusões durante 3 dias quem é que pagou toda estas despesas das suas estadias?
pareceres são!agora fazeres serão?
E como fica a aproposta para os vareadores deixarem de andar de automóvel dentro da vila de Óbidos?
Quando acaba a bagunça dos estaciomaentos no largo da Cãmnara, em que o presidente é o primeiro a dar o mau exemplo de estacionar onde calha?
Mas não apenas o presidente e seus vereadores,também assessores ,funcionários com estatuto mais qualificado,presidentes de junta,etc,etc. É LAMENTAVEL O QUE SE PASSA COM O TRANSITO DENTRO DA VILA. Qualquer indigena entra de carro como que não houvesse regras estabelecidas,mas o mais grave é que os maus exemplos vem do poder de desisão.
Por norma e infelizmente os bons exemplos, nunca são dados pelos dirigentes nem pela classe politica...
Na Câmara de òbidos isto é pior que nas outras Câmaras aqui à volta. Em Óbidos há menos vergonha que nas Caldas.
Eu não sei se a vergonha é menos nas Caldas ou em Óbidos, creio não haver ainda um vergonhómetro para aferir como é...
Agora o que parece ser verdade é o velho ditado: a galinha da minha vizinha é melhor do que a minha...
É que quem escuta pessoas das Caldas (políticas partidárias à margem...)...na sua maioria, desejavam ter como presidente, aquele que alguns por aqui e noutros lados dizem...ser "pior do que o deus me livre"...!!!
É pena que uma grande parte das pessoas não seja capaz de fazer uma crítica sem colocar na mesma, as respectivas ideias partidárias...
Para muitos, não conta se quem governa... governa bem (mesmo com algumas falhas...), o que é necessário é mudar para que seja "da nossa cor" quem está á frente dos destinos do Concelho...mesmo que faça ou tenha feito...obra inferior em qualidade e quantidade...
"Não é nosso"...??
Então tem que forçosamente ter todos os defeitos...e mais alguns...!!!
Um bom fim de semana para todos e boa saude...
Maximino
O Sr. Maximino concorda com a bagança do estacionamento no largo da Câmara?
Acha que o presidente e os vereadores deviam ou não dar um bom exemplo, nesta matéria?
Concorda ou não que o bom exemplo do presidente e dos vereadores era estarcionarem bem os seus carros e, de preferência, sempre que possível, estacioná-los num parque exterior da vila e irem a pé para a Cãmara, sempre que não chovesse ou não estivessem coxos?
Fico a aguadar a sua resposta.
Estou curioso pela resposta do Maximino.
Então ela aqui vai anónimo das 22,14...:
Como deve saber, fui Tesoureiro da Fazenda Pública em Óbidos...
Um dia, no então ainda existente jornal o Obidense... no tempo em que o transito começou a ser condicionado em Óbidos.
Escrevi uma notazita, dizendo que os exemplos deveriam vir de cima e que os vereadores deveriam deixar as suas viaturas extra-muros.
Pois a resposta, tive-a dois ou três dias após a saída do jornal...
Um dos vereadores da Autarquia (ao tempo PS...) dirigiu-se à tesouraria com um envelope, dentro do qual estava um dístico... para o Tesoureiro poder entrar com a respectiva viatura...
Agradeci...e coloquei o dístico na Casa Forte de onde o retirei para mandar para o lixo, quando me aposentei...
Nunca o usei, mas nas poucas vezes que tive necessidade de entrar com a minha viatura não deixei de o fazer, só que fazia o que tinha de ser feito (carregar ou descarregar qualquer coisa...) e voltava a sair com a viatura...
Quase se podem contar pelos dedos das duas mãos, as vezes que entrei com o carro dentro de Óbidos.
Aliás, já tenho comentado várias vezes e de há muitos anos... que nunca vi tantas viaturas dentro da Vila, como desde que é restringida a entrada.
Agora em resposta à pergunta (desafio) que me faz o anónimo, devo dizer que não concordo que os vereadores e os funcionários das respectivas Repartições e Câmara, entrem com as suas viaturas em Óbidos, sem que para tal tenham necessidade.
Faço uma ressalva para o Presidente da Câmara, que aceito que entre de viatura, não por ser diferente dos outros, mas porque pela especificidade do cargo, às vezes não será muito conveniente vir a pé.
E vou tentar explicar melhor: Certamente que vindo a pé o Presidente poderá ser abordado pelos munícipes, sem que isso seja problema.
Acontece porém, que a Agenda terá concerteza tempos marcados e assim, ver-se-ia obrigado "a ligar" a umas pessoas "e a despachar" outras, conforme estivese ou não com mais ou menos tempo, atitude que poderia em muitos casos, ser mal entendida...
Pronto aqui tem a minha opinião meu amigo...
Não sei se concorda ou não com ela...mas é a minha...
Mas já agora, acrescento também...que mesmo em relação aos moradores há muitos abusos...
A mim parece-me que certos moradores algumas vezes entram e saiem de carro...apenas para "marcar posição".
Acho que deveriam também eles, ter um pouco mais de respeito...pela sorte que têm de poder residir dentro de Óbidos...
Maximino
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