Nunca como hoje tivemos tanta informação e conhecimento em geral à disposição de todos. Se muitos preferem desprezar o que lhe é posto ao alcance da vista, ouvido e mente, e não se preocupa muito em aumentar a sua cultura geral, é um problema parcialmente seu, pois a aculturação extensiva torna o País menos competitivo.
Para o cidadão comum a posição mais agradável, é aquela que lhe permita atribuir a culpa aos outros. Cada um de nós tanto se pode considerar angelicamente inocente como ser mesmo uma “vítima do sistema”. Curiosamente quando se diz que a culpa morre sempre solteira não se lhe pretende atribuir uma espécie de virgindade, antes pelo contrário, pois que em demasiadas ocasiões são tantas as pessoas, ou entidades que aparentemente são impessoais mas cujos desígnios são fruto de decisões pessoais, que se pode dizer que “deitaram-se” tantos com aquela culpa, actuantes naquela situação, que a figura mais adequada é a de ser uma prostituta, das mais degradadas.
Avanço para um pensamento mais positivo, aquele que nos possa tranquilizar, nem que seja na aparência, e não nos afecte a digestão do bolo estomacal. Se existe pouco interesse em aproveitar o que de educativo existe na televisão todos aqueles que podem, e devem, influenciar os jovens em formação, tem a sua parcela de responsabilidade. Opinar que na escola não conseguem despertar a vontade de saber, pode ter o seu grau de verdade. Mas se os pais tampouco dão o exemplo em casa, se preferem concursos idiotas, telenovelas sem préstimo, desportos de sofá e outros programas onde é difícil adquirir novos conhecimentos, já não podem culpar o corpo docente, nem o ministério ou os programas. Se, todos em geral, por comodidade e considerar que nada há a fazer, aceitamos que as novas tecnologias sejam vistas, e usadas, pela maioria dos jovens, para se entreter com jogos, que se nas primeiras idades (vimos como as crianças, antes de saber ler ou escrever já conseguem manipular jogos de computador, identificando as palavras chave que lhes permitem avançar) são bastante educativos, já não acontece o mesmo com os que se prepararam para adolescentes e mais crescidos. Como podemos esperar que eles, por si só, repentinamente recebam a chama do saber?
Deixemos isso e vamos ao cabeçalho: NECRÓFAGOS
Se estiverem distraídos ou a memória falhar o mais fácil é consultar um dicionário. Eu vou fazer isso por si: necrófago é aquele que se alimenta de animais mortos ou de cadáveres
Mas sucede que aquilo a que me referi anteriormente, ou seja, a disponibilidade de conhecimentos mais vastos e, com frequência, bem explicados, torna inevitável que o nosso julgamento sobre animais predadores e necrófagos tenha mudado. Percebemos que ao matarem ou comerem animais doentes contribuem, muito positivamente, a travar a proliferação de doenças transmissíveis, não só entre animais como de aquelas que nos podem afectar directamente.
Sendo assim quando nos falam da protecção ao lobo, a recuperação do lince ibérico, ou de reduzirem a caça à raposa, não é uma obsessão de maduros. A natureza, sábia como cada dia mais nos mostra ser, e, em “compensação” mais avança a humanidade no sentido da imbecilidade, deu origem a uma pirâmide zoológica onde cada peça tem a sua função, por mais que o homem ao escalar até o topo, decida destruir esta formidável estrutura.
Quem teve a coragem suficiente para ler até aqui, vai comer a cereja que está por cima do bolo.
Ontem escrevi acerca da situação que eu sinto quanto à pretensa oposição em Óbidos. E sempre fica mais algum detalhe para acrescentar. É fatal. Desta feita recordei, já publicado o texto, que alguém me dissera que a actual equipa cairia de por si, que cairia de podre, e então entrariam eles!
Nem sequer é necessário consultar um moreno que se intitula de professor vidente. Que existirá uma mudança de posições é algo tão óbvio que nem merece comentários. É como a sequência do dia-noite. Que aconteça por “podridão” ou outra razão qualquer não podemos saber com antecedência. E aguardar sentados na soleira da porta enquanto passa a caravana é um preceito muito antigo, recomendado entre os muçulmanos. E muito cómodo, ali sentadinhos, sem lutar, aguardando que lhes caia nas mãos o prémio grande, sem sequer apostar! Não é tão bom? Tal e qual as hienas e os urubus, alimárias que, em geral, desprezamos.
É pois evidente que se dará a mudança. O futuro é inexorável. Mas receber uma fruta totalmente podre valerá a pena? Ou será melhor nem sequer pretender agarrar no lixo?
E agora pergunto eu: Será que julgam que tal atitude é valorizada positivamente pelos munícipes? Ou, pelo contrário, os leva ao desprezo, tanto ou mais intenso do que aquele a que os votam os detentores actuais do poder autárquico?
São muitas as perguntas e as sentenças possíveis.
Admitir que basta um cavaleiro andante para alcançar a meta só acontece nas lendas e narrativas.
Virella
2 comentários:
Má estratégia politica. Serem alternativa quando os outros caírem de podres… foi desse modo que o PSD atingiu o poder na CMO e também será dessa maneira que o irá perder.
Nem sequer desempenham o papel de necrófagos esses limpam a natureza de cadáveres, estes são mais omnívoros…
O PSD está desorientado em Óbidos., Não tem dinheiro para pagar as dívidas.
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