Feliciano Barreiras Duarte ocupa, desde anteontem, o lugar de chefe de gabinete do novo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, o que marca o regresso do social-democrata ao 'núcleo duro' do partido. Natural do Bombarral, no distrito de Leiria, Feliciano Barreiras Duarte não esconde ao nosso jornal a surpresa do convite, não por não apoiar o novo líder do PSD, de quem é "amigo há muito anos", embora "por algumas ocasiões" tenham estado em "lados opostos no que toca a apoios" de candidatos à liderança do partido, adianta. "Fui convidado a semana passada e fiquei surpreendido. Pensei sobre o assunto e aceitei depois de algumas conversas e de preparar a minha vida para essas funções, uma vez que é um cargo de grande responsabilidade", sublinha, confessando que a sua família teve uma 'palavra' a dizer. "É uma decisão que tenho que partilhar com a minha família" e "não posso abdicar do que construí nos últimos anos. São decisões que não podem ser tomadas de ânimo leve". Habituado à vida política partidária activa desde há muitos anos, Feliciano Barreiras Duarte 'abraça' o novo compromisso "como forma de cumprir mais uma missão". "Vejo este regresso com muita serenidade", frisa, manifestando o desejo de que possa contribuir para que o PSD "possa ser governo nos próximos anos", mas, a exemplo do líder do partido, afirma: "Não temos pressa". "É um regresso de uma pessoa que, verdadeiramente, nunca deixou de acompanhar as coisas" e "estou convicto de que temos condições para que os portugueses votem a confiar em nós, mas temos de trabalhar muito", adianta o social-democrata. Sobre a escolha para ser uma das pessoas mais próximas do novo líder do PSD, Feliciano Barreira Duarte considera que "a nova liderança do PSD quis dar uma forte componente técnica e política a este exercício de funções", mas realça que o 'cargo' [chefe de gabinete] "sempre existiu". As novas funções provocaram já algumas alterações na vida do social-democrata. "O primeiro impacto que teve foi cancelar uma ida aos Estados Unidos durante dois meses, para ultimar o meu doutoramento", confessa, adiantando, no entanto, que esse objectivo será para cumprir até final do ano, na Universidade de Buckley, na Califórnia, pela qual prepara uma tese de doutoramento em Políticas Públicas e Direito de Imigração. Também a docência nas disciplinas de Ciência Política e Direito na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa, onde lecciona há 13 anos, é para manter. "Não quero ficar dependente destas questões da política", diz. O social-democrata, que faz 44 anos na próxima segunda-feira, foi, até Outubro último, deputado na Assembleia da República, espaço político que há longa data se habituou a 'pisar'. No seu vasto currículo político-partidário, desempenhou o cargo de secretário de Estado nos XV e XVI Governos Constitucionais, a convite do primeiro-ministro de então Durão Barroso, onde teve a tutela da Imigração e da Comunicação Social. Casado e pai de três filhos, o social-democrata é licenciado em Direito, na variante de Ciências Jurídicas e Políticas, e autor de vários livros naquela vertente e sobre outros temas da actualidade.
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5 comentários:
Isto começa a cheirar a poder…
Fernando Costa – Vice-presidente da Mesa do Congresso.
Telmo Faria – Conselho Nacional.
É um acto de justiça terem arranjado um emprego ao Barreiras Duarte que estava desempregado porque a Fereira Leite não o escolheu para deputado.
Políticos de carreira são assim. Parecem ervas daninhas… quantos mais os cortam mais eles alastram.
Feliciano Barreiras Duarte ocupa, desde anteontem, o lugar de chefe de gabinete do novo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, o que marca o regresso do social-democrata ao 'núcleo duro' do partido. Natural do Bombarral, no distrito de Leiria, Feliciano Barreiras Duarte não esconde ao nosso jornal a surpresa do convite, não por não apoiar o novo líder do PSD, de quem é "amigo há muito anos", embora "por algumas ocasiões" tenham estado em "lados opostos no que toca a apoios" de candidatos à liderança do partido, adianta.
"Fui convidado a semana passada e fiquei surpreendido. Pensei sobre o assunto e aceitei depois de algumas conversas e de preparar a minha vida para essas funções, uma vez que é um cargo de grande responsabilidade", sublinha, confessando que a sua família teve uma 'palavra' a dizer. "É uma decisão que tenho que partilhar com a minha família" e "não posso abdicar do que construí nos últimos anos. São decisões que não podem ser tomadas de ânimo leve".
Habituado à vida política partidária activa desde há muitos anos, Feliciano Barreiras Duarte 'abraça' o novo compromisso "como forma de cumprir mais uma missão".
"Vejo este regresso com muita serenidade", frisa, manifestando o desejo de que possa contribuir para que o PSD "possa ser governo nos próximos anos", mas, a exemplo do líder do partido, afirma: "Não temos pressa".
"É um regresso de uma pessoa que, verdadeiramente, nunca deixou de acompanhar as coisas" e "estou convicto de que temos condições para que os portugueses votem a confiar em nós, mas temos de trabalhar muito", adianta o social-democrata.
Sobre a escolha para ser uma das pessoas mais próximas do novo líder do PSD, Feliciano Barreira Duarte considera que "a nova liderança do PSD quis dar uma forte componente técnica e política a este exercício de funções", mas realça que o 'cargo' [chefe de gabinete] "sempre existiu".
As novas funções provocaram já algumas alterações na vida do social-democrata. "O primeiro impacto que teve foi cancelar uma ida aos Estados Unidos durante dois meses, para ultimar o meu doutoramento", confessa, adiantando, no entanto, que esse objectivo será para cumprir até final do ano, na Universidade de Buckley, na Califórnia, pela qual prepara uma tese de doutoramento em Políticas Públicas e Direito de Imigração.
Também a docência nas disciplinas de Ciência Política e Direito na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa, onde lecciona há 13 anos, é para manter. "Não quero ficar dependente destas questões da política", diz.
O social-democrata, que faz 44 anos na próxima segunda-feira, foi, até Outubro último, deputado na Assembleia da República, espaço político que há longa data se habituou a 'pisar'.
No seu vasto currículo político-partidário, desempenhou o cargo de secretário de Estado nos XV e XVI Governos Constitucionais, a convite do primeiro-ministro de então Durão Barroso, onde teve a tutela da Imigração e da Comunicação Social.
Casado e pai de três filhos, o social-democrata é licenciado em Direito, na variante de Ciências Jurídicas e Políticas, e autor de vários livros naquela vertente e sobre outros temas da actualidade.
Será que irá ter disponibilidade para continuar a ser Presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Óbidos?
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