segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Vale a pena ler

Em Óbidos cortam estrada para ouvir ópera. (Aqui para ler)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Como se identifica uma botija de gás?

O nosso Presidente afirmou ao “Publico”: “A Câmara Municipal de Óbidos está a desenvolver um projecto de videovigilância para o centro histórico e parques de estacionamento da vila com o objectivo de reforçar a segurança dos moradores, turistas e património”.

Claro que essa decisão estará sempre sujeita à aprovação da Comissão Nacional de Protecção de Dados. A videovigilância só por si não resolve em nada a criminalidade, apenas produz um falso sentimento de segurança. Será que alguém pensa que quem queira assaltar uma loja, ou vandalizar o património edificado, ou outro qualquer tipo de crime, não o faz por causa das câmaras de filmar?

Não seria melhor promover o “repovoamento”, promover a vida do centro histórico? Parece que não existe historial de grande criminalidade e que as estatísticas até demonstram que o centro histórico de Óbidos, no que concerne à criminalidade, quase que poderá ser considerado uma “maravilha”, mas, como forma de acautelar, defende que se liguem as câmaras de filmar. Pergunto, não seria melhor dar mais meios humanos e materiais à GNR a começar pelos veículos automóveis ao seu serviço? Esses sim, capazes de actuar rapidamente e de efectivamente dissuadirem a criminalidade.

Parece existir um género de fetiche pelo espaço público do centro histórico, por um lado “obriga-se” os seus habitantes maioritariamente idosos a refugiarem-se em casa das invasões, a ouvir vezes sem conta músicas “natalícias” ou “medievais” ou “chocolatadas”. Agora terão que ter cuidado com as suas janelas, com quem recebem em casa, como estacionam... É que esta é, quer queiram quer não, a outra face da moeda e talvez a única. A nossa liberdade passa a ser mais limitada, e a verdade é que quase todas as ditaduras começaram por assentar numa promessa de maior segurança, sempre em troca da perda de alguma liberdade.

Relativamente aos parques de estacionamento, poderão ter um papel importante na altura dos eventos, pois todos sabemos da quantidade de assaltos que ocorrem nessas datas, apesar do todo o empenho das forças de autoridade.

Vamos todos de ter cuidado com as montras que olhamos (restaurantes e produtos regionais (?)), como os desvios “acidentais” para não encontrar quem não queremos ou não nos apetece falar e teremos, por ventura, de moderar os nossos cumprimentos a correligionários ou adversários políticos para obviar a suspeitas conspirativas.

Confesso que vou fazer o meu melhor para não ficar mal na fotografia, apesar de saber que não sou fotogénico e que não corro o risco de vir a ser recrutado por nenhuma empresa de casting. Mas, caramba, também não quero ficar muito mal na apreciação do senhor agente que na régie segue atentamente os meus passos e faz as gravações.

Os giros da GNR serão substituídos pelo “olho” do big brother, com a sua deslocalização para o novo quartel a construir. O Sr. Presidente pensa em tudo e encarrega-se de resolver os problemas. Se não resolver nada ele virá explicar que há um problema de lentes, da câmara ou dos óculos do agente que não permitiu salvar o centro histórico do crime, do vandalismo e da destruição.

Vamos, portanto, ser presenteados com o “espreita”, custe o que custar, a sua instalação e a sua manutenção, depois vem sempre o choradinho que não há dinheiro para políticas de urbanismo e revitalização do centro histórico.

Se tudo correr bem, iremos ter uma prenda lá pelo Natal. Não sejamos mal agradecidos.

Câmaras na rua para filmar os cidadãos - mas como o sistema não será implantado nos Paços do Concelho - trancas na porta para esconder os autarcas.

Não se esqueça de olhar para a câmara e de desviar os olhos da Câmara…

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Volta Mário Lino…

Desta vez não abandonarei e até dou murros na mesa… (aqui para saber)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O preço da água

A proposta de aumento do preço da água enche os noticiários dos jornais e das televisões.

Para o escalão mais baixo o aumento será de 19,5%!...

Mais um escândalo a adicionar à aberração já existente, que é, na factura da água, o valor do consumo ser acrescido de 56.6% de taxas!...

Vejamos uma factura com um total de 20,17 euros. Destes, 8,76 euros referem-se a consumo de água de 14m3, sendo 5m3 no 1º escalão 2,10 euros e 9m3 no 2º escalão 6,66 euros e 11.41 euros a taxas e impostos.

Com efeito, sobre o total do consumo (8,76 euros), foram adicionados:

a) 4,62 euros, ou seja, 22,9%, tarifa de saneamento

b) 3,08 euros, ou seja, 15.3%, tarifa de resíduos sólidos

c) 3,00 euros, ou seja, 14.9% quota de serviço

d) 0,71 euros, ou seja, 3,5% de IVA.

Pagamos a água e tornamos a pagar, agora com taxas, o serviço que já pagámos com outros impostos.

Enfim, com o aumento do preço da água, mais um aumento de impostos. Basta!...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Homenagem aos Bombeiros

Nesta época em que os bombeiros voluntários lutam abnegadamente contra as chamas, galgando serras e montes, noites sem dormir, expostos dias e dias ao braseiro combinado do sol e do fogo, em constante perigo de vida, muito lhes devemos, prontos que estão para acudir a algumas das mais críticas fases da vida de todos nós: no nascimento, na doença, no acidente, qualquer que seja, mesmo na morte. Os bombeiros estão lá sempre. Muitas vezes mal apoiados, tantas vezes deficientemente equipados, sempre sacrificados, mas permanentemente homens e mulheres de boa vontade. Não aparecem nas televisões, não dão entrevistas nos jornais, não têm voz pública. Limitam-se a trabalhar em prol de todos nós.

Que contraste com as figurinhas e figurões de incontáveis organismos públicos muito competentes, bem ataviados nos seus uniformes bem vincados e bonés a condizer, que inundam as televisões, debitando generalidades sobre os teatros de fogo, sobre as estratégias no terreno, sobre a superior coordenação das operações, sobre a eficácia da luta empreendida. Atiram estatísticas, enumeram os "canadairs", contam os helicópteros, ligeiros e pesados, comparam com o semestre, o mês ou o dia homólogo do ano anterior. Sob a sua prestimosa acção, não há fogo que não esteja em vias de ser controlado, dominado ou mesmo extinto. Mesmo que as labaredas continuem mesmo ali à nossa frente. Cobrem-se de ridículo.