domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ajuda-me

“Manifestação de apoio à Lagoa de Óbidos, hoje dia 28 de Fevereiro às 16h, na marginal da Lagoa”

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Em defesa “do rapaz novo”…Conversas Cruzadas na diagonal.

É um programa já habitual nas manhãs de sábado onde se debate Óbidos. A estrutura do programa é composto por quatro entrevistados (representantes de partidos) e um entrevistador - daí as Conversas Cruzadas. Sem dúvida que o espírito do programa é uma mais valia para divulgar na opinião pública as mais diversas questões, desafios e problemas, na perspectiva das diferentes sensibilidades políticas. Mas, como infelizmente começa a ser hábito, normalmente um dos quatro falha. Ultimamente apenas dois entrevistados comparecem - daí esta Conversa na Diagonal. Na última conversa onde é evidente que o entrevistador está mais bem preparado que os entrevistados (convém recordar que o representante do CDS/PP estava ausente por motivos de doença - parece que não existe mais ninguém para o substituir - o representante do PSD também não estava presente), algo de inédito acontece quando se falava ou conversava acerca da Lagoa de Óbidos: surge um “reforço” de peso ao telefone, nada mais nada menos que Fernando Costa para “reforçar” a posição do “seu” PSD relativamente à questão da Lagoa, dizendo “Presumo que não esteja aí ninguém do PSD..(…) pois, só ouço dizer mal do Presidente da Câmara das Caldas e de Óbidos e não haver ninguém aí a ripostar, achei bem repor a verdade ...

Estão convidados a irem amanhã á manifestação… aliás a reunião tem o consenso da Câmara e Assembleia de Óbidos, que foram convidados e vão estar presentes, convidámos a Senhora Ministra, convidámos o INAG e Águas do Oeste. A iniciativa é da Assembleia Municipal (Caldas da Rainha) porque foi lá que foi posta a questão pela iniciativa do Partido Comunista e teve logo todo o meu apoio… sobre a questão que temos agora aqui em causa, as câmaras de Caldas e de Óbidos têm estado sempre de acordo sobre os grandes problemas da Lagoa, todos sem excepção. O único facto em que as câmaras das Caldas e de Óbidos não estiveram logo de acordo tem a ver com a colocação dos dragados, mas quero fazer aqui uma nota, Óbidos reagiu à colocação de todos os dragados no concelho de Óbidos e percebo (se calhar eu faria o mesmo), porque a Lagoa é dos dois concelhos e portanto Óbidos teve essa atitude. Mas a Câmara das Caldas disse logo que aceitava parte dos dragados, com todo o gosto, se do ponto de vista ambiental não trouxessem inconvenientes graves. A Câmara das Caldas disse e a posição é a seguinte: coloquem os dragados aonde for correcto do ponto de vista ambiental (…) o critério da conveniência ambiental e dos interesses ambientais devem se sobrepor. Por isso esta pequena divergência sobre a Lagoa também não deve aí ser aproveitada para estarem aí a dar tanta tareia no Presidente de Óbidos que é um rapaz novo, simpático, dinâmico, com boas ideias… porque essas tareias num Presidente de Câmara já idoso, com muitas rugas, calejado… já não causam mossas – não é por causa dessas mossas que estou a ripostar… estou para esclarecer (…) A Câmara Municipal de Óbidos tem estado sempre solidária com a Câmara Municipal de Caldas da Rainha e, portanto, aqui fica esta pequena correcção.”

E, amanhã, lá estarão unidos pela Lagoa.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Agência Regional de Energia do Oeste

O presidente da Câmara de Óbidos (PSD) vai presidir à Agência Regional de Energia do Oeste, constituída a 25 de Fevereiro e que vai pôr em prática um plano de eficiência energética na região.

“É a primeira vez que um território que tem 350 mil habitantes resolve ter uma estratégia conjunta para conhecer as suas emissões de dióxido de carbono e os seus consumos de energia e impor a si mesmo metas de redução e estratégias”, afirmou à Agência Lusa o presidente da agência, Telmo Faria. O autarca adiantou que o objectivo passa por desenvolver um plano de sustentabilidade para a região assente em seis eixos estratégicos: “energia, mobilidade, resíduos, construção sustentável, criação do Laboratório Criativo de Sustentabilidade e a criação de um fundo regional de carbono”. Neste sentido, a Agência Regional de Energia dispõe de 10 milhões de euros de financiamento comunitário para os próximos três anos, aos quais os municípios vão poder candidatar-se para projectos nas áreas da energia e gestão de resíduos. “Pretendemos levar o Oeste para um patamar de inovação, para um novo ciclo”, sublinhou o autarca, acrescentando que as acções que vão ser desenvolvidas vão “atrair empresas ligadas às tecnologias” e têm como finalidade um melhor aproveitamento das fontes energéticas renováveis. As medidas a implementar envolvem não só os municípios, mas também todos os sectores da sociedade civil da região, desde empresas de transportes, indústria e agricultura. Telmo Faria adiantou que os primeiros passos da agência vão passar pela inventariação da matriz energética e a elaboração do diagnóstico dos gases com efeito de estufa de todos os concelhos da região. Após a constituição da agência, foram eleitos os respectivos órgãos sociais, cujo conselho de administração é composto pelos municípios de Óbidos, Nazaré e Torres Vedras e pela EDP. A Agência Regional de Energia e Ambiente do Oeste foi aprovada em junho pela Agência Executiva para a Competitividade e Inovação (EACI - Executive Agency for Competitiveness and Inovation). Com um financiamento comunitário de 250.000 euros, a Agência terá como missão promover acções integradas que contribuam para uma maior eficiência energética e uma utilização racional da energia na região do Oeste. A Agência Regional de Energia é constituída pelos 12 municípios da OesteCim (Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha; Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras), e Rio Maior, além entidades regionais como a as empresas multimunicipais de abastecimentos de água e tratamento de resíduos, agências de desenvolvimento, institutos superiores, associações industriais, associações ligadas à floresta e à energia eólica e empresas privadas, num total de 30 associados.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Programa Carbono Social premiado

O programa “Óbidos Carbono Social”, promovido pelo Município de Óbidos, foi premiado, com o Galardão de Ouro, na categoria de Autoridade Municipal, no âmbito de uma iniciativa promovida pela Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente (APEA).

O Município de Óbidos foi o vencedor da categoria, com a atribuição do Galardão de Ouro, numa cerimónia pública que decorreu em Viana do Castelo. Estiveram a concurso, em cinco categorias, 165 projectos a nível nacional.

Os Galardões Rede Climática pretendem distinguir os melhores projectos nacionais na área das energias e alterações climáticas, nomeadamente os que têm dado, ou perspectivam dar, um contributo significativo na redução da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e na implementação prática da política comunitária em matéria de energia e alterações climáticas.

O programa “Óbidos Carbono Social” foi lançado em Novembro de 2007 com o objectivo, até 2020, reduzir em 40 por cento as emissões de gases com efeito de estufa.

A estratégia passa pela elaboração de uma linha base de emissões de CO2 do Concelho de Óbidos e pela implementação de medidas como a recolha selectiva de resíduos substituição da iluminação pública por tecnologias mais eficientes energeticamente, a construção de parques florestais e o lançamento do projecto “Óbidos Solar”, entre outras iniciativas.

“As medidas que dependem exclusivamente da autarquia tem uma execução nalguns casos de 100 por cento e noutros bastante elevada” assegura Humberto Marques.

A colocação de relógios astronómicos (que adequam o tempo de funcionamento da iluminação pública à existência de luz natural) “já nos permitiu poupar 100 mil euros em iluminação” salienta o vereador.

“Os projectos com menor taxa de execução são aqueles que dependem do governo ou de outras entidades” sublinha o vereador, exemplificando com o parque eólico das Cesaredas e o parque florestal do Bom Sucesso.

Os projectos premiados irão servir de referência de boas práticas para outras entidades e serão convidados a participar no evento CLIMA 2010 – II Congresso Nacional sobre Alterações Climáticas / International Congress on Climate Change que decorrerá de 27 a 29 de Maio de 2010 na Exponor em Matosinhos, integrado na AMBINERGIA – Feira do Ambiente, Energia e Sustentabilidade.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sinais preocupantes…

A Câmara da Marinha Grande está com problemas de tesouraria e poderá ter dificuldades para pagar os salários do mês de Fevereiro. (Aqui para ler).

A Câmara de Faro não pagou atempadamente os vencimentos aos seus funcionários e colaboradores. (Aqui para ler).

E a “crise” começa também a afectar os municípios…

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

T-Shirt

Mário Crespo depois de distribuir fotocópias no Parlamento, com a sua crónica censurada pelo JN, exibiu uma T-Shirt a dizer "Eu ainda não fui processado pelo Sócrates!". Para remate o jornalista disse que já tinha dormido várias vezes com ela…

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Dá-lhes “asas”…

Depois do aperto de mão na candidatura para as “7 Maravilhas Naturais de Portugal” e como ficou excluída, embebidos no espírito fraterno Caldas e Óbidos preparam-se para novos voos…

Trata-se de um desfecho verdadeiramente surpreendente. Quando tudo parecia apontar para a mudança da Red Bull Air Race do Porto para Lisboa, eis que, num comunicado a que (ainda não) tivemos acesso, a Red Bull acabou de anunciar que, afinal, “a etapa portuguesa do circuito mundial passará a realizar-se na Lagoa de Óbidos.

Não tivemos ainda oportunidade de questionar os promotores do evento sobre a causa desta opção, no mínimo inesperada, para a Lagoa de Óbidos, mas acreditamos que seja o resultado da aposta dos dois executivos que, segundo fonte próxima da recente criada Empresa Intermunicipal “DÁ-LHES ASAS e LOGO VEREMOS PARA ONDE IRÃO” criada para o efeito, “pretende gastar o que for preciso para trazerem para Óbidos e Caldas eventos que projectem a nossa irrelevância, perdão, a nossa importância a nível nacional e mundial”.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

FINGIR A ALEGRIA

... o esforço de tentar não ver, ou o embaraço de ver, as múltiplas imagens dos chamados desfiles tradicionais (tradi... quê? eles sabem mesmo o que quer dizer a palavra tradição?) carnavalescos de inspiração brasileira e tropical e que inundam o Portugal da província de norte a sul para gáudio e orgulho dos “foliões” (só ouvir a palavra já faz mal, quanto mais vê-los) locais. Esses desfiles são verdadeiros atenta-dos à natureza das coisas... mas que é isso perante a força da estupidez humana? A minha esperança acaba por ser, tantas vezes, vã e esmagada por essa força e lá tenho eu que arranjar maneira de não ver nem ouvir falar de desfiles de carnaval. Basta uma nesga de sol para saírem à rua: artificiais, feios e frios, sob o olhar de meia dúzia de “foliões” acompanhados por criancinhas pálidas e vestidas de poliéster que, agitando-se informemente, fingem alegria.» Hole Horror

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Boas Causas - Limpar Óbidos/Óbidos vai limpar

Esta é a matriz (vassourinha) criada pelos alunos da área de multimédia do Agrupamento da Josefa D’Óbidos.

Parece que uma(s) pessoa(s) entendeu que poderia ter conotação política e vai daí … “Óbidos vai limpar”.

Sendo esta uma boa causa - Limpar Portugal – que move pessoas voluntárias, altruístas e com sentido cívico, fazer uma leitura política ultrapassa o admissível - até em Óbidos.

Quando à questão inicial “Limpar Óbidos”, obviamente e naturalmente “Óbidos vai Limpar”.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

IMI, Derrama e outras

(para ampliar clique na imagem)

Óbidos mantém IMI e continua a não cobrar a taxa de derrama. No entanto as outras… (aqui para consultar a acta nº25 – Reunião 02 Dezembro 2009 e verificar o Regulamento de Taxas Municipais).

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Nova agência de energia surge na região Oeste

Está a ser constituída a Oeste Sustentável, Agência de Energia do Oeste, a escritura da nova entidade deverá ter lugar durante a próxima semana, com a Câmara Municipal de Óbidos, na figura do seu presidente a assumir a presidência da direcção.

O objectivo da agência é a contratualização de metas significativas de redução de dióxido de carbono (CO2) por parte de todas as autarquias participantes. Além de Óbidos, integram a agência Oeste Sustentável os municípios de Alcobaça, Lourinhã, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Nazaré, Peniche, Torres Vedras e Sobral de Monte Agraço. Entre as empresas participantes encontram-se a Águas do Oeste, EDP e outras PME da região.

Para já, sabe-se que o plano de acção – que está a ser discutido entre os participantes – enquadra-se na fixação de metas de redução de emissões «muito ambiciosas». O trabalho rumo à sustentabilidade terá como principal eixo a energia, mas «não será o único».

Toca a aproveitar antes que acabe…

Finda a Legislatura, os deputados da Assembleia da República que deixam de o ser, vão receber um subsídio de integração no montante de um vencimento/mês por cada semestre de funções. Não está em causa as pessoas citadas, porque é a lei que o determina, mas não se entende esta lei. Porque motivo os senhores deputados hão-de usufruir de um vencimento como políticos, que nunca conseguiriam usufruir se desempenhassem as profissões para o qual estão habilitados? De qualquer forma, valha-nos isto: o tal “subsídio de reintegração”, mordomia que mais nenhum trabalhador usufruiu, foi extinto por Sócrates em 2005, funcionando contudo um regime de transição que cessa agora. Da extensa lista publicada no “Correio da Manhã”, 18 ex-deputados pediram a subvenção vitalícia e 50 ex-deputados que solicitaram subsidio de integração. Destes sobressaem os nomes de duas Governadores Civis - pediram este apoio financeiro para a reintegração na vida civil após terem cessado funções de deputadas, em meados de Outubro, mas depois foram nomeadas governadoras civis, cujo cargo assumiram no final de Novembro e também um ex-deputado muito activo em Óbidos.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Números curiosos… ou não

Segundo o Jornal de Leiria, ficamos a saber o número de funcionários de algumas câmaras e empresas municipais:

Câmara de Leiria: 797 (efectivos)

SMAS Leiria: 200

Leirisport: 101

Câmara Ourém: 520

VerOurém: 95

AmbiOurém: 59

SRU Fátima: 23

Câmara de Pombal: 426

PMU Gest: 60

Câmara de Óbidos: 353

Óbidos Patrimonium: 65

Óbidos Requalifica: 8

Câmara de Caldas da Rainha:

334 (mais 77 nos Serviços Municipalizados)

Câmara da Marinha Grande:

309 no quadro, mais 6 a contrato

TUMG: 7

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A8 – um mês de obras

A circulação esteve cortada ao final do dia de terça-feira, mas foi retomada esta manhã de forma condicionada nos dois sentidos, em duas das três vias da faixa de rodagem, no sentido sul-norte.

A empresa Auto-Estradas do Atlântico, já tinha detectado o problema que estava a tentar resolver com estacas, mas, as chuvas dos últimos dias agravaram o problema, optando por consolidar o talude numa profundidade de oito metros e extensão de cinquenta.

A empresa vai começar a abrir uma ligação de emergência a seguir ao nó de Alfeizerão, de modo a evitar maiores transtornos aos automobilistas.

Lagoa de Óbidos de fora

A Lagoa de Óbidos ficou de fora da lista dos 77 pré-finalistas nomeados às 7 Maravilhas Naturais de Portugal.

A listagem foi apresentada no dia 7 de Fevereiro e resultou do trabalho de avaliação do painel de 77 especialistas convidados pela New 7 Wonders Portugal. De entre os nomeados surgirá uma lista de 21 finalistas, que serão apresentados para votação pública em 7 de Março, processo que decorrerá até 7 de Setembro

Os problemas ambientais na Lagoa poderão ter pesado na decisão dos especialistas, consideram os promotores da candidatura.

É caso para dizer: aperto de mão no dia 1; exclusão no dia 7.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Imaginem !!!

Imaginem que todos os gestores públicos das empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em 10%.
Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons, as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação. Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento. Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado. Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda fica-vam, todos, muito acima dos cinco mil euros por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas. Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins. Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas. Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos. Imaginem que país seremos se não o fizermos. Contributo de um leitor

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Procura-se candidato a Presidente da República

Procura-se político jovem, com ideias novas e coragem para promover as mudanças necessárias à modernização do país, um político que rompa com os preconceitos ideológicos do século XIX, alguém que não que não pertença à nobreza reinante nos nossos partidos, alguém em quem o país veja um Presidente da República.

Portugal precisa de gente nova, de sangue novo, de alguém que não ande por aí a dizer que o desenvolvimento se faz com estradinhas embelezadas com magníficos eucaliptos ou que acha que o progresso passa pela síntese dos romantismos desiludidos incapazes de perceber que as ideologia desenvolvidas na revolução industrial não serão capazes nem de equacionar os problemas do século XXI e muito menos de lhes dar respostas adequadas.

Portugal precisa de políticos que governem a pensar nas gerações futuras, de preferência com idade para cá estarem quando os resultados sejam visíveis, de políticos com coragem para desprezar as sondagens eleitorais e capazes de adoptar as políticas certas mesmo sabendo que correm o risco de perder as eleições, de políticos humildes que não se sintam superiores aos seus cidadãos, que se candidatem para servir e não porque considerem que um cargo como o de Presidente da República é um prémio de carreira ou um direito adquirido por décadas a viver do mecenato político da democracia.

Portugal precisa de políticos capazes de, em nome das futuras gerações, romperem com os estatutos de privilégio dos poderes, de políticos com coragem de acabar com a imensidão de estatutos oportunistas criados nos últimos trinta anos por uma geração que à sombra da democracia se encheu de mordomias à custa dos mais pobres.

As candidaturas de Manuel Alegre e Cavaco Silva, dois septuagenários que estão convencidos de que o país lhes deve muito, não trazem nada de novo, em nada contribuem para resolver os problemas do país, antes pelo contrário, como se tem visto Cavaco e Alegre não passam de mais dois problemas. Portugal não tem de escolher entre um velho conservador que se vê como o protector dos bons costumes ou um outro que acha que é o marquês da esquerda e vê nas utopias do princípio do século XX a solução para os problemas de hoje.

O país não precisa de discursos bacocos a apelar à união da esquerda ou de cartazes a imitar os discursos de Kennedy, carece sim de políticos capazes de romper com a imensa malha da interdependência de favores e com nobrezas partidárias que substituíram os condes e marqueses da monarquia. O país precisa de um Presidente com visão para o futuro e não de candidatos que não passam de emanações do passado.

Portugal precisa de um Presidente da República que acredite em Portugal e em todos os portugueses, que respeite a diversidade de valores e não veja parte deles como “os que estão do outro lado da barricada”, que perceba que um país é muito mais do que os seus próprios preconceitos. Portugal não pode olhar para o futuro com líderes que não conseguem deixar de viver no passado.

No Jumento

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pasteis de Belém recessos

São mais as reformas que os unem do que as ideias que os separam.

Ao que parece, ambos serão candidatos às eleições presidenciais.

As reformas de que o país precisa não são estas. São de outro tipo. Uma das mais prementes seria justamente acabar de imediato com a acumulação de reformas milionárias com salários. Tudo à custa do Estado, num país onde há milhares de pensões de sobrevivência e onde os salários são de miséria.

É até imoral. Mas parece que nesta matéria, nem políticos de direita nem esquerda têm vontade de acabar com esta imoralidade. (Ler mais aqui).

GNR detona explosivos numa pedreira em Óbidos

Cerca de 50 quilos de explosivos prontos a detonar, encontrados na casa que alegadamente serviria de esconderijo da ETA em Casal da Avarela, concelho de Óbidos, foram destruídos sexta-feira à noite numa pedreira nas proximidades da casa. (Aqui para ler)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ao sabor das marés…

Primeiro, não combinaram a candidatura. Depois, aparecem em conjunto. Em seguida, dissolvem o problema. Logo, depuraram o dividido. No fim, tudo se junta e resulta. Isto é, a união entre os autarcas de Caldas e Óbidos relativamente à Lagoa - o milagre das rosas neste jardim das delícias, onde até houve conferência conjunta neste desencontro de união.

A Lagoa tem estes fascínios - como as marés – ora mais próxima, ora mais afastada.

Ao ritmo das marés e das luas, juntam-se os dois na mesma “bateira” e logo um arvora a comandante da campanha e o outro ganha instantaneamente artes e cédula de timoneiro. E, ainda com o barco em terra, saltam alguns salpicos de críticas de vagas mais revoltas:

Telmo Faria, presidente da Câmara de Óbidos, declarava que “nós queríamos fazer uma candidatura conjunta, mas ficámos a saber que Caldas já tinha apresentado uma candidatura. Ficámos estupefactos, mas não deixámos de dizer à Câmara das Caldas que não fazia sentido avançar sozinha”.

“A Lagoa não é nem de Óbidos nem das Caldas e a candidatura foi prematura e pode ser corrigida”, afirmava Telmo Faria, que lamentou que a autarquia caldense “tenha dado o primeiro passo” isoladamente, considerando que “a atitude devia ser outra”.

No entender do edil, Óbidos, por ter ganho já uma competição com o castelo – Maravilha de Portugal – “é um apoio de peso”. “Os portugueses gostam de Óbidos e estarmos envolvidos só ajuda o processo da eleição”, manifestou.

Já Fernando Costa comentou que “cada Município tinha a sua listagem de candidaturas”, responsabilizando a Câmara de Óbidos por ter efectuado um contacto tardio para a candidatura conjunta. E lembrou até o episódio de há quatro anos, quando era vereador Jorge Mangorrinha e “quisemos fazer uma candidatura conjunta de Caldas e Óbidos a Património das Águas e a Câmara de Óbidos rejeitou”.

O autarca caldense disse que “nada impedia que cada Câmara apresentasse a sua candidatura”, mas depois declarou que “já comunicámos que Óbidos entre na nossa candidatura”.

Fernando Costa aproveitou para rejeitar as críticas da imprensa: “Querem culpar-nos por não termos convidado a Câmara de Óbidos, como se a Câmara de Óbidos não tivesse tido obrigação de apresentar a candidatura. Quase que penalizam a Câmara das Caldas por ter apresentado a candidatura e não ter chamado Óbidos, enquanto Óbidos se esqueceu da candidatura ou por ter gasto muito dinheiro na candidatura do castelo e nos festivais de chocolate, mas parece que é o menino bonito que foi maltratado pela Câmara das Caldas”.

Apesar da polémica, Fernando Costa acabou por declarar que “queremos que a Lagoa de Óbidos vença e não queremos divisões nessa matéria”.

E no final apertaram as mãos, num sinal de união... mas, e como se diz, depois da tempestade vem a bonança, e não me admirava nada que venhamos a ver estes dois a embarcar no mesmo barco e rumarem a todo o vapor com destino a São Bento…

5.000 sacos de areia

Cinco mil sacos de areia vão a partir de sexta-feira começar a ser colocados na praia da Foz do Arelho para proteger o emissário submarino (tubo que transporta esgotos tratados para alto mar), revelou o Instituto da Água.

“Houve um avanço do mar para a margem norte [praia da Foz do Arelho] e por uma questão de salvaguarda, as Águas do Oeste vão colocar sacos de areia para evitar que a água se aproxime mais do emissário submarino” disse hoje à agência Lusa o presidente do Instituto da Água (INAG), Orlando Borges.

O problema tem vindo a ser monitorizado pelo INAG que autorizou a “intervenção de precaução” que passará pela colocação de “cinco mil sacos de areia” por parte da empresa Águas do Oeste, que gere o sistema de água e saneamento da região onde se inclui o exutor submarino.

O número de sacos de areia dependerá “da evolução” da situação que está a ser acompanhada pelo INAG e pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

Além desta intervenção de contenção, o INAG vai iniciar em Abril as dragagens para fixação da aberta (canal que mantém a ligação entre a Lagoa de Óbidos e o mar).

“O LNEC está a ultimar uma nota técnica que nos permite avançar com a fixação de uma aberta controlada na parte central da Lagoa” explicou Orlando Borges.

A intervenção decorrerá entre Abril e Maio e compreenderá a dragagem de 60 a 70 mil metros cúbicos de areia, o que, segundo o presidente do INAG “permitirá uma melhoria da prática balnear e diminuirá a pressão sobre a margem norte”.

Orlando Borges assegurou ainda que “as dragagens de fundo vão ser iniciadas no final de 2010”, prevendo-se a retirada de meio milhão de metros cúbicos de areia da Lagoa.

As grandes dragagens que estavam previstas para o final de 2011 serão assim antecipadas um ano, depois de a Ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, ter assumido esse compromisso com os autarcas, em Janeiro durante o Governo Presente realizado no distrito de Leiria.

“Não vamos esperar pelo resultado da sustentação da necessidade de construção do muro guia, que encomendámos ao LNEC, para iniciar as dragagens” disse Orlando Borges.

A necessidade de construção de um muro guia na Lagoa de Óbidos foi posta em causa pela Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) do projecto das Dragagens e Defesa da Margem Sul da Lagoa de Óbidos.

O INAG solicitou ao LNEC um estudo que fundamente a necessidade da construção, o que levou os autarcas das Caldas da Rainha e Óbidos a admitirem temer que tal atrasasse o início das dragagens.

“Mas estamos a cumprir tudo aquilo que acordámos fazer no âmbito da Comissão de Acompanhamento da Lagoa e a basear a nossa intervenção em relatórios de natureza técnica”, assegurou Orlando Borges.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Campos de golfe – dos 8 aos 80

Entre ampliações e novos campos, o golfe no Oeste não pára de crescer, atraindo investimentos complementares na hotelaria, turismo residencial e outras componentes.

No concelho de Torres Vedras, o Campo de Golfe do Vimeiro, com nove buracos, e agora propriedade de uma empresa suíça, tem um projecto de ampliação para 18 buracos, e é conhecida a ideia do Vimeiro se transformar numa escola para iniciados na prática do golfe. Também neste concelho vai nascer um campo de golfe municipal que irá introduzir na região a aprendizagem de golfe.

Também em Torres Vedras, o Campo Real vai entrar numa nova fase com a construção de mais 9 buracos de golfe, moradias de topo e um pequeno hotel boutique da ordem dos 70 quartos.

Com estudo prévio aprovado há um projecto de 120 hectares na Praia Azul, o Cisandro Village, do qual deveria vir a fazer parte uma unidade hoteleira do Grupo Intercontinental, com cerca de 280 quartos, segundo uma “carta de conforto” que os promotores tinham já daquela cadeia hoteleira internacional. No entanto, no momento, este é um projecto que está parado por questões que têm a ver com o financiamento, ou falta dele.

Já aprovado pela Câmara de Torres Vedras está um pedido de informação prévio relativo ao projecto da Quinta da Charneca, situado no interior do município, já no caminho para Alenquer. Trata-se de um projecto de capitais portugueses a desenvolver numa área de 70 hectares, integrando um campo de golfe de 18 buracos, um hotel e turismo residencial, num total de cerca de duas mil camas. Este projecto vai no entanto ser alvo de um novo master plan uma vez que os seus proprietários adquiriram uma outra quinta, adjacente, de 80 hectares, o que elevará a área total onde o projecto deverá ser desenvolvido, para 150 hectares.

Em Óbidos há também novidades. Para além do Royal Óbidos, que está já em desenvolvimento, o Grupo Béltico, proprietário do resort Praia D’El Rey, vai desenvolver outro empreendimento, o Falésia d’El Rey. São 200 hectares de terreno, cerca de duas mil camas e um hotel de cinco estrelas, além de outros serviços. Quando este empreendimento entrar em funcionamento, Óbidos passará a contar com um total de quatro resorts de golfe e um resort equestre, integrando cinco hotéis de cinco estrelas.

Para Alcobaça estão em análise dois projectos, um de grandes dimensões na Pedra do Ouro, próximo de São Pedro de Moel, integrando dois campos de golfe de 18 buracos, uns milhares de casas vocacionadas para turismo residencial, e dois hotéis. Outro dos projectos, na Várzea, entre Alcobaça e São Martinho do Porto, inclui campo e golfe de 18 buracos, aldeamento e hotel.

Também para a Nazaré, município que agora passou a integrar a Turismo do Oeste, há um projecto para um resort de golfe, ao mesmo tempo que o projecto municipal Nazaré XXI, também com campo de golfe, aldeamento e hotel. Na Serra do Bouro, Caldas da Rainha, está em desenvolvimento um projecto, de capital inglês que inclui golfe de 18 buracos e aldeamento.

Em Rio Maior, os proprietários do Golden Eagle submeteram para apreciação da Câmara um projecto para as proximidades da praia da Areia Branca, que terá formato idêntico aos anteriores, ou seja, golfe de 18 buracos, aldeamento e hotel.

No Bombarral há também um projecto para golfe de 18 buracos, aldeamento e hotel, o mesmo acontecendo em Alenquer, com a Quinta da Abrigada que incluirá um campo de golfe Par 72, 18 buracos, hotel de cinco estrelas, aldeamentos turísticos de luxo, health club, campos de ténis, piscinas, restaurantes, bares...

Um formato comum a quase todos os resorts de golfe na região, existentes ou em projecto.

Nem vale a pena quantificá-los, mas ultrapassam largamente a dúzia.

A população do Oeste, segundo o INE, em 2008 era de 363930 habitantes. Com os campos de golfe, estamos a quadruplicar o consumo de água, ou seja o equivalente a uma população estimada em mais de 1,2 milhões de habitantes.

Haverá sustentabilidade ambiental, nomeadamente água? 14 empreendimentos de golfe são economicamente sustentáveis ou é para acontecer o que sucedeu em Marvão?