quarta-feira, 30 de junho de 2010

AVANÇA O MEDO E RECUA A EDUCAÇÃO

Em abono da verdade tenho que admitir que a educação cívica tem uma capacidade limitada. Comporta-se como um cobertor pequeno. Se por um lado parece que se ganhou numa maior atenção em não deitar lixo no chão, (apesar de muitos não respeitarem esta orientação cívica de comportamento, nomeadamente os forasteiros, que parece que na nossa terra tiram a barriga de misérias no que aufere a esta repressão) em compensação, desagradável, vemos que a aglomeração das populações eliminaram o contacto entre conhecidos e desconhecidos, que ainda se mantém entre nós nas aldeias mais recônditas, onde a saudação a um desconhecido jamais é negada, antes pelo contrário, aparece de modo espontâneo.

Tentando contemporizar também admito que se alguém, no meio de uma rua pejada de gente, ou num dos muitos supermercados, se decidisse cumprimentar a todos aqueles que lhe passassem por perto, ficaria com um retrato de doente mental. Mas, há sempre um más, menos no Brasil que seria um mais. Considero que nem oito nem oitenta.

A minha filha mora, desde que casou, na Suíça germânica. Por opção decidiram não residir no bulício da cidade, pois para usufruir dos benefícios que esta lhes podia dar tinham à disposição bons meios de transporte colectivo, daí que mantêm-se perto de Zurique, mas numa terra de origem rural e que, infelizmente, nos últimos anos caiu nos objectivos da especulação imobiliária e está aumentando de citadinos. Mesmo assim existem residentes quotidianos, aqueles que não adoptam a técnica da lançadeira para ir e voltar do trabalho, com os quais me cruzo na rua nos dias que por lá estou de visita. O facto de não falar a língua deles não lhes retira a educação ancestral de SEMPRE me cumprimentarem com o seu BOM DIA, que senti-me na obrigação de aprender para retribuir.

Não sou capaz de descrever a satisfação que receber este cumprimento me dá. É muito gratificante, pois mostra que retomamos a nossa identidade de ser humano, que não somos um cão ou um gato, bichos que precisamente tenho por hábito dirigir-lhes uma palavra quando me cruzo com eles, no intuito de mostrar que não tenho agressividade e espero a sua reciprocidade (a minha mulher opina que isso de dizer qualquer coisa a um animal é coisa de velho tonto. Deve ter razão. Mas eu mantenho-me na minha, como São Francisco)

Neste momento estou escrevendo na minha casa de Óbidos, com a porta aberta numa espécie de galeria, onde entram, ou não, alguns dos passantes, a maioria deles desconhecidos que raramente regressarão. Pois é mais fácil ser cumprimentado por estas pessoas do que pelas gentes que se dirigem à Câmara, sejam funcionários (que não sei se funcionam muito ou pouco, nem me interessa), ou por gentes que se dirijam aos departamentos onde necessitam ser atendidos.

Dos primeiros haverá muito poucos que não nos conheçam, nem que seja de nos verem, outros não engraçam connosco. Compreende-se, pois nunca somos bem vistos por todos, nem nós nem ninguém. Mas o comportamento geral é muito mais simples de avaliar. Sabendo que, devido a uma jogada demasiado habilidosa, temos um litígio judicial com a edilidade, e receando não sei bem o quê, pessoas que anteriormente não só nos cumprimentavam e até paravam para ter umas palavras de circunstância, passaram a se cruzar como se fossemos uma parede.

Ou seja, para estes o medo é de tal ordem de grandeza que se sobrepôs à singela educação, ou, como se diz em vernáculo, confundem o cu com as calças.

Bem hajam e passem bem.

Virella

UM FÓSFORO

É uma daquelas conquistas da humanidade que mais se usam e à qual, precisamente por se ter tornado banal, quase que não recebe o mérito devido. Se a possibilidade de conseguir o fogo através de uma simples faísca provocada pelo homem é conhecida desde a pré-história, e hoje esta técnica está praticamente esquecida e abandonada desde que se recorreu à faísca piezoeléctrica nos isqueiros. Só a encontramos nos raros isqueiros de pedra.

Este fósforo aparentemente pouco importante, serve-me de introdução precisamente pela sua cabeça. É nesta extremidade que reside o segredo, a sua capacidade de prestar um serviço tão procurado. E hoje é um daqueles dias em que convêm ter a nossa cabeça fresca, livre de nuvens absurdas, pronta para pensamentos e decisões com real importância.

Se está mais do que estudado, analisado, criticado e aplaudido o papel que o desporto de competição aufere no sentir das populações, precisamente por estas depositarem num reduzido grupo de representantes as nossas ânsias e esperanças de destacar, não só pela tão cacarejada vitória mas sim, quanto a mim, aquilo que de facto se lhe atribui mais mérito, que é o de conseguir um lugar de destaque na classificação geral, o deixar de estar na cauda para, enquanto durar, estar no topo.

É um orgulho e uma desilusão, um sentimento de triunfo ou de derrota por transferência, que só a comunicação social, através da exploração dos sentimentos mais imediatos da população, explora a seu benefício. Friamente qualquer um de nós, depois de terminar a gritaria, o estrondoso zurrar das cornetas e o agitar das bandeiras, sabe que estamos exactamente no mesmo lugar, nem pior nem melhor.

Procurar méritos que nos agradem pela cabeça de um treinador, um jogador determinado (num caso concreto parece que as adeptas sonham com uma segunda cabeça, como a multiplicidade da hidra), tem que se tomar com calma. O mais importante, precisamente nesta altura, é melhorar a nossa auto-estima noutros factores e aproveitar esta mudança de foco para contribuir, com o nosso esforço, em sair do marasmo, no qual um sentimento, infundado, de derrota ainda contribuiria para nos afundar.

Virella

segunda-feira, 28 de junho de 2010

É ASSIM A VIDA

Para a maioria das pessoas é mais fácil, e até gratificante, assinalar os erros em vez de aplaudirem os bons feitos. É pena, mas as pessoas são muito ingratas. Por sorte existem algumas almas, bem formadas, que de vez em quando, raramente a nosso pesar, libertam a sua voz para pedir justiça.

Um dos alvos preferidos para os maledicentes é a Câmara Municipal. Por gosto desta malta tem que a colocar permanentemente na berlinda, que como se sabe é o lugar ao pé do cocheiro, onde se apanha sol, poeira, chuva ou frio consoante o estado do tempo. Não é grande sitio onde estar.

Claro está que os tais ruins comentadores alegam, para se justificar, que para fazer as coisas bem e não prejudicarem uns a favor de outros, é que foram escolhidos, e inclusive recebem emolumentos e benesses várias. Opinam, ainda, que parece que fazer as coisas correctamente deve ser-lhes muito tedioso, digamos mesmo que contra natura, e como há uma longa lista de parentes e filiados a quem satisfazer, para garantir o seu apoio no dia previsto pelo calendário eleitoral, não restam muitas opções na orientação do seu proceder. Quando se distraem, ou não há outra solução, então sai uma coisa boa, sem exemplo!

O que causa admiração é que sendo centenas os beneficiados directamente, seja nos serviços "centrais" ou na extensa lista de organismos e empresas paralelas e filiais, isso enquanto se espera a tal "fundição", mais as suas respectivas famílias, não apareçam estes escritos a todo momento e em todas as janelas possíveis. Sim, todos sabemos que confiam com o meu amigo pessoal, o diácono Maximino, que está de serviço permanente para sair a terreiro tal como o São Jorge lutando com a Coca em Monção. Mas é um abuso por parte dos outros fieis o deixar todo o peso desta responsabilidade nos ombros do, repito, meu amigo. Por favor, tenham dó do homem, dêem-lhe uma certa folga. Armem-se e vão à liça, e a ser possível com o seu próprio nome, pois vocês não tem por que temer represálias. Ou será que já pensam no futuro? É que o futuro nunca deixa de chegar, seja cedo ou seja tarde.

Passem bem. Todos, gregos e troianos.

Virella

sábado, 26 de junho de 2010

O estado da Bandeira

Sempre que passamos, ela lá está indiferente aos dias da semana, feriados e à onda do “fervor futebolístico” vivido pelos Portugueses, levando o “espírito patriótico” ao rubro…

A Bandeira Nacional é um Símbolo Nacional determinado no nº 1 do artigo 11º da Constituição da República “símbolo da soberania da República, da independência, da unidade e integridade de Portugal é a adoptada pela República instaurada pela Revolução de 5 de Outubro de 1910”.

Parece oportuno neste momento abordar um tema, por excelência, de Protocolo – A Bandeira Nacional.(Aqui para saber)

A respectiva utilização está legislada pelo Decreto-Lei nº 150/87, de 30 de Março.

Convém lembrar que a Bandeira Nacional, enquanto emblema da Pátria, deve ser mantida em excelente estado de conservação, pelo que deverá ser substituída sempre que se encontre, por exemplo, a desfazer-se ou desbotada.

sábado, 19 de junho de 2010

Sem comentário…

(para ampliar, clique no recorte)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Parabéns Gaeirense

O Gaeirense irá disputar na próxima época a CNB1, após ter conseguido a proeza de alcançar um brilhante 2º lugar na fase zona sul da CNB2.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Câmara quer criar a primeira Fundação Municipal do país

A Câmara de Óbidos prevê extinguir, até ao final do ano, as duas empresas municipais e criar, em sua substituição, a primeira fundação municipal do país, ligada às indústrias criativas.

“Estamos a fazer uma análise para perceber se ainda é útil manter as empresas municipais mas pretendemos avançar com um modelo de remodelação que passa pela criação de uma fundação municipal que agrupe todo o estímulo à criatividade”, disse o presidente da autarquia, Telmo Faria (PSD).

A fundação, que deverá chamar-se “Óbidos Criativa” substituirá as duas empresas municipais existentes no concelho: a Óbidos Patrimonium e a Óbidos Requalifica.

A primeira, criada em 2004, é vocacionada para a produção de eventos de carácter turístico e cultural a gestão de equipamentos sociais e desportivos.

A segunda, voltada para a requalificação urbana da vila, desenvolvimento de projetos ligados às energias alternativas e gestão do parque empresarial, foi fundada em 2006.

Com um orçamento de três milhões de euros, a Óbidos Patrimonium conta com uma comparticipação anual de 700 mil euros do município “para as áreas que entendemos que não devem ser colocadas na óptica do utilizador pagador”, explica Telmo Faria.

Mas, acrescenta o presidente, “a empresa tem uma boa capacidade de realização, organizando cerca de 260 espectáculos por ano “e centrando nos patrocínios, venda de terrados e receitas de bilheteira as suas fontes de financiamento”.

“Ambas são excelentes exemplos de gestão e capacidade de realização” sustenta, assegurando que “nenhuma é deficitária”.

A legislação que a partir de 2007 “veio obrigar as empresas municipais a determinados procedimentos que as transformam em autênticas câmaras” levou o autarca a considerar a substituição das empresas por uma fundação.

No caso da Óbidos Requalifica, parte dos objectivos da empresa ficaram esvaziados “à luz das exigências do QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional” que, para efeitos de candidaturas a financiamentos, levou a autarquia criar a OBITEC, uma entidade específica para a gestão do Parque Tecnológico.

“O Governo não descansou enquanto não burocratizou estes veículos”, lamenta o autarca que quer agora optar pela criação de uma fundação “para gerir tudo aquilo que o município quer desenvolver em termos de inovação e criatividade”.

“Do ponto de vista organizacional, a fundação municipal parece-nos o modelo perfeito”, considera Telmo Faria que está actualmente a estudar “como é que tudo isto se poderá desenvolver do ponto de vista dos apoios”.

A criação da fundação “está a ser discutida com a tutela e tem colhido opinião favorável da parte do Governo” sublinha o autarca que acredita poder avançar, “até ao final do ano, com esta que será “a primeira fundação municipal ligada à empresas criativas do país”.

Os 60 funcionários da Óbidos Patrimonium e quatro da Requalifica transitarão para a futura fundação.

terça-feira, 15 de junho de 2010

A crónica…

… do assessor autárquico!!!!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Colabore: “poderá de deixar de fazer fazer obra…”

A Junta de Freguesia de Santa Maria, em Óbidos, chegou a acordo com um antigo funcionário em pagar-lhe uma quantia que ronda os 15 mil euros em três anos, depois deste ter movido uma acção no Tribunal de Trabalho.

O presidente da Junta afirmou que “poderá de deixar de fazer obra para garantir o cumprimento do acordo”.

Parece que existe a intenção de criar o “Banco Alimentar para não deixar de fazer Obra”. Inspirado no sucesso da campanha do Banco Alimentar, o presidente da Junta irá lançar uma campanha idêntica que ajude no financiamento “para não deixar de fazer obra”. Irá fazer peditório nas duas grandes superfícies do concelho. Poderá contribuir voluntariamente com qualquer tipo de material (até se aceita areia para gato, mesmo perfumada), nem que seja uma cerveja mini para quando o operário tiver sede (os condutores não estão incluídos). Parece que também irá entrar em negociação com o Canal Panda para tentar que o Bob o construtor faça um orçamento mais barato nas obras sujeitas a concurso público (devido à má experiência do concurso público, só irá aceitar o Bob como candidato).

Caso esta campanha não alcance o êxito pretendido, outras mediadas poderão ser empreendidas: portajar todas as estradas municipais da freguesia durante os próximos três anos, partindo do principio do utilizador pagador – ou em alternativa a A8 na recta do Parque Tecnológico.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ser português...

Ser português é não respeitar quem o respeita, é ter inveja do seu vizinho e ser curioso mas ter preguiça em aprender. É dar um murro na mesa quando quer ser ouvido e ser bom mas não ser reconhecido, ou então ser reconhecido e deixa de ser português. Ser mal atendido num serviço, ficar lixado da vida, mas não reclamar por escrito ‘porque não se quer aborrecer’.Falar mal do Governo eleito e esquecer-se que votou nele.

Ser português é levar o arroz de frango ou feijoada para a praia As praias e as falésias estão para Portugal como os Alpes para a Suíça; em matéria de férias, são o ponto mais alto da Europa. Despir as camisas traficadas da Lacoste ou da Tommy para fritar ao sol, se o tempo não permitir tem como alternativa o fato de treino no shopping.

Delicia-se com caracóis - uma verdadeira homenagem ao espírito criativo dos portugueses - e conseguir com esta matéria prima criar um dos melhores petiscos de todo o mundo.

O marisco favorito dos portugueses a provar que a simplicidade é uma arte: um copo de cerveja geladinha, de espuma densa e cheia de gás e um pratinho de tremoços. Não enche o estômago, mas conforta a alma e até dá para mandar piropos a desconhecidas.

Ser português é ninguém saber nada do nosso país, excepto os Brasileiros e os Espanhóis que gozam dele, é levar a vida mais relaxada da Europa mesmo sendo os últimos de quase todas as estatísticas. É exímio: enquanto os alemães fazem gráficos, os ingleses horários, os suíços projectos, nós “desenrascamos” um sistema, em cima do joelho, e a coisa funciona.

Ser português é axaxinar o Portuguex ao eskrever. É ir à aldeia todos os fins-de-semana visitar os pais ou avós, é deitar tarde e ver diariamente cinco telenovelas brasileiras. É já ter “ido à bruxa” e ter os filhos baptizados e de catecismo na mão mas nunca por os pés na igreja.

Ser português é ter bigode e ser baixinho, é ter três telemóveis e organizar jogos de futebol solteiros e casados. É ir à bola ao domingo, comprar ‘prá geral’ e saltar ‘prá central’.

Ser português é pedir um empréstimo para gastar uma pipa de euros num topo de gama, mas não comprar o kit mãos-livres, porque ‘é caro’. Conduzir sempre pela faixa da esquerda da auto-estrada (a da direita é para os camiões). Quase sempre faz-se acompanhar por mãe ou avó que se veste de luto. O raio do puto continua a viver em casa e já passa dos 30. A santinha foi substituída pelo cd no retrovisor.

Nunca se esquece do cartão de crédito para ir pró Algarve em Agosto, aonde inevitavelmente irá encontrar um vizinho no restaurante.

Ser português é apreciar ginginha ou licor beirão São, juntamente com o medronho, a forma mais rápida, saborosa e nacionalista de etilizar as mentes. Com moderação, o efeito vasodilatador previne acidentes cardiovasculares e aumenta a esperança de vida. Em dosagens duplas, anestesiam eficazmente as dores, afogam as mágoas mais resistentes, liquefazem as tristezas e, se não pagarem as dívidas, pelo menos fá-las esquecer por algumas horas. Outros álcoois têm exactamente o mesmo efeito, mas estes são só nossos.

Ser português é saber o que é uma guitarra verdadeiro ex-libris da música portuguesa. É o toque da alma lusa. Prova final da capacidade de um guitarrista; “Quem não tem unhas não toca guitarra”. Fado é destino, sorte - má sorte tantas vezes. Mas é o produto português mais conhecido no Mundo. É a mão que bate no peito luso, até doerem os ouvidos.

Em tempo de crise opta por fazer pequenos passeios em passeios feitos de calçada á portuguesa. A manutenção é cara e muitas vezes negligenciada. A sua beleza é inegável, o chão que pisamos é dos mais belos do mundo. A relação com ela é tão forte que até se canta no fado; “chorar as pedras da calçada”…

Enfim, ser tuga é o sonho de qualquer um, excepto o nosso!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sem papas na língua…

«Só são precisas empresas municipais para fugir ao cumprimento da lei, para dar emprego aos boys partidários ou porque a câmara é incompetente para gerir os assuntos municipais», disse à Lusa o autarca (PSD), cuja câmara não tem qualquer empresa.

Há 25 anos a liderar o concelho com 50 mil habitantes e um orçamento de 50 milhões de euros, o autarca é contra a criação de empresas municipais por entender que «só são boas para depauperar o erário municipal».

«Nas Caldas a câmara é competente e nunca precisámos de uma empresa municipal (...) não precisamos de fugir à lei e não temos a preocupação de criar empregos a gestores que por muito que façam nunca justificam o ordenado que recebem», explicou.

A posição do presidente surge após o Governo ter anunciado a criação de uma comissão que ficará encarregue de estudar, até ao final do ano, a reforma do sector empresarial das autarquias, num trabalho que será coordenado com a Associação Nacional de Municípios.

«O grande problema das empresas municipais começa pelos vencimentos, bónus e autonomia dos conselhos de administração, que podem gastar quanto lhes apetece porque no final as câmaras é que pagam», sustentou.

«Acho muito bem que acabem porque se as câmaras não são capazes de gerir os seus interesses sem empresas municipais então os presidentes de câmara que vão à vida», acrescentou o autarca, sublinhando que «se a câmara das Caldas tivesse empresas municipais já estava falida».

Fernando Costa assegurou que Caldas da Rainha não faz ainda parte do lote de uma em cada dez câmaras do país que, segundo o secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, estão «financeiramente insolventes», admitindo contudo nunca ter sentido «tantas dificuldades financeiras como agora».

«Cortámos no correio, na água, nas máquinas fotocopiadoras, na energia eléctrica e em todo o serviço que é consumo há um forte cuidado para que se gaste o mínimo possível», disse.

«As câmaras endividaram-se de mais, e os presidentes que endividaram as câmaras a torto e direito, alguns para fazer fogo-de-vista. Deviam ser responsabilizados pelo Estado a que deixaram chegar as finanças das autarquias», referiu.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Será que se irá manter?

A região Oeste é atravessada pela A8, beneficiando de isenção de portagem nos lanços Bombarral-Óbidos (12,3 quilómetros) e Óbidos-Zona Industrial de Caldas da Rainha (8,6 quilómetros), para além do tráfego local no troço Zona Industrial de Caldas da Rainha-Tornada (3,6 quilómetros). A isenção no pagamento na A8 entre o Bombarral e Torres Vedras havia sido reclamada por uma comissão de luta contra as portagens, que conseguiu que durante três anos não fossem cobradas taxas enquanto não houvesse uma estrada alternativa em boas condições, processo que culminou com a mediação do Provedor de Justiça, Menéres Pimentel, e do Presidente da República, Jorge Sampaio, que nessa altura deu razão aos contestatários. Depois das beneficiações na EN8, via opcional para os automobilistas, as portagens foram introduzidas entre Bombarral e Torres Vedras, ficando de fora o troço entre o Bombarral e Tornada, para além de quatro quilómetros na A15/IP6 entre o Arnóia (Óbidos) e a EN115.

A medida, já prevista no PEC, vai abranger as auto-estradas A17, A28, A29, A41 e A42 a partir de 1 de Julho. No entanto, será que existe o receio que também possamos ser afectados e, por isso, começam a agitar-se antigas bandeiras

Antigos elementos da Comissão Contra as Portagens, que há doze anos conseguiu a isenção de pagamento no troço Caldas-Óbidos-Bombarral, recusam admitir que o mesmo venha a ser portajado e admitem reacender a contestação. (Aqui e aqui para saber mais)

domingo, 6 de junho de 2010

Já se sabe a localização do Hospital Oeste-Norte

Rua Diário de Notícias, 2500-176 Caldas da Rainha

O Presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste, Carlos Lourenço, anunciou ter sido informado pela Ministra da Saúde, Ana Jorge, que será ampliado e remodelado o Hospital Distrital das Caldas da Rainha, em vez da construção de um novo hospital para servir a região. A construção do novo hospital era uma das duas dezenas de medidas previstas no plano de compensações para o Oeste na área da saúde e os autarcas aguardavam o anúncio da localização escolhida para a construção do novo Hospital Oeste-Norte, que era disputado por Caldas e Alcobaça.(Correio da Manhã – 06/06/2010)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Quanto custou cada voto (dos 10 aos 60€)

Fonte

A propósito do post “quanto custa cada voto” (campanha autárquica Óbidos 2009) e depois de publicados os orçamentos, facilmente se conclui:

CDU - 21.500,00€ : 359 votos = 59,88€/voto

PS - 56.643,00€ : 1714 votos = 33,04€/voto

PSD – 95.850,00€ : 4243 votos = 22,59€/voto

CDS – 1.064,00€ : 109 votos = 9,76€/voto

* considera-se o melhor resultado para a Câmara Municipal, Assembleia Municipal ou Assembleia de Freguesia.

Em termos de receitas, a subvenção estatal foi determinante.

Contribuição dos partidos políticos, apenas a CDU – 200,00€

Donativos e angariação de fundos – o PSD não teve; o CDS – 53,20€; CDU – 300,00€ e PS – 2.500,00€.

Quanto a despesas, faça você mesmo a comparação…

Será desta?

Os 12 autarcas do Oeste têm agendada para hoje, 4 de Junho, pelas 17h00, uma reunião com a ministra da Saúde, Ana Jorge, em Lisboa, na qual será discutido o dossier do novo Hospital Oeste Norte, devendo o governo pronunciar-se sobre a sua localização e concretização, tanto mais que os municípios que assim o entenderam já fizeram chegar o seu ponto de vista relativamente ao local onde deve ser construído. Ana Jorge esteve nas Caldas a 6 de Abril e deixou em aberto a possibilidade de se construir o novo hospital Oeste Norte na Lavandeira Norte (na Tornada, junto ao nó da A8) ou, em alternativa, a ampliação do Hospital das Caldas.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nas minhas Empresas Municipais nem senhas de presença.

Uma em cada dez câmaras municipais está tecnicamente falida. Quem o diz é o secretário de Estado da Administração Local. Isto significa que, pelo menos, 30 dos 308 municípios do País estão em situação de insolvência. (Aqui para ler)

O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Fernando Ruas, afirma que não sabe se há autarquias falidas no país, até porque não sabe bem em que altura se pode considerar que uma autarquia está falida. Ruas reage desta forma às declarações do secretário de Estado da Administração Local de que há nesta altura mais de 30 Câmaras Municipais na falência.

terça-feira, 1 de junho de 2010

No próximo domingo não vá à praia… e se for, vá só da parte da manhã

Acompanhe os seus filhos ou netos, passando momentos divertidos aprendendo e conhecendo pequenos/grandes cientistas.

A 1.ª Mostra de Ciência e Educação decorre no próximo domingo, dia 6 de Junho, entre as 14h00 e as 19h00, no Complexo Escolar dos Arcos em Óbidos.

Além de um laboratório de “ciência divertida” dirigida aos mais novos, haverá actividades dirigidas ao público adulto, nomeadamente demonstração de novas formas de energia (energia solar aplicada aos brinquedos; energia conseguida por propulsão – com um concurso de foguetes movidos a ar e a água, e energia cinética).

Serão exibidos também vídeos documentários que abordam problemas ligados à educação e no final haverá uma palestra sobre os temas focados.

O espaço onde se realiza o evento será animado com insufláveis, karts, palhaços com balões moldáveis e face painting.

Os dinamizadores do evento pretendem que seja uma tarde de festa, vivida em família, aberta a toda a comunidade, onde se discuta a educação e se repense a ideia da ciência.

A 1ª Mostra de Ciência e Educação é dinamizada pelos alunos do 12º Ano, da Escola Secundária Josefa de Óbidos, como apresentação pública dos trabalhos de área de projecto. O evento conta com a colaboração dos restantes alunos do ensino secundário.

A animação infantil está a cargo da turma do 10º Ano do Curso Profissional de Turismo.

A iniciativa conta com o apoio do município de Óbidos e da Associação Espeleológica de Óbidos.