sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A S. Pedro o que é de S. Pedro…

O Festival manter-se-á em Fevereiro e a aposta será agora em novas formas de trabalhar o chocolate e uma maior participação do chocolate artesanal.
“Este ano conseguimos andar perfeitamente bem em Óbidos, não houve reclamações nem acidentes”, metas que levam Ricardo Ribeiro, administrador da empresa municipal Óbidos Patrimonium, a fazer um balanço positivo da sexta edição do Festival de Chocolate, que decorreu entre os dias 14 e 26 de Fevereiro.
Apesar de se escusar a divulgar números, o responsável afirmou que o festival foi menos visitado que nas edições anteriores, o que “para nós é um objectivo conseguido”, dado que lhes permitiu uma maior segurança, conforto e desfrute do evento. Ricardo Ribeiro realça mesmo que querem acabar com a ideia de que os eventos em Óbidos estão associados a confusão.(Aqui para ler toda a notícia)
Um funcionário com responsabilidades acrescidas de administrador da empresa municipal Óbidos Patrimonium fala como se de um político se tratasse: conseguiu transformar a redução de visitantes pelas condições atmosféricas e pela pouca saúde financeira da grande maioria das carteiras de quem nos visita num aspecto positivo. Além disso, quer acabar com a ideia de confusão associada aos grandes eventos e proporcionar um festival mais organizado e bonito. Mas afinal não é bem assim, o mérito é todo do S. Pedro.
Pela maneira como este senhor fala, dá a entender que encontrou a solução já que conseguiu que finalmente se andasse tranquilamente e perfeitamente pela ruas e envolvente de Óbidos, sem reclamações nem acidentes… e como uns pinguinhos de chuva regeneram e criam ciclos na natureza, o mesmo efeito é notório nas mentes ocupadas em números. E lá vem a velha máxima “as pessoas não são números e muito menos cada visitante um bilhete”… esta chuvinha regeneradora irá proporcionar finalmente a qualidade…
Só agora esta preocupação no final da 6ª edição do Festival de Chocolate…. Mais vale tarde do que nunca. Não sei há quanto tempo este senhor é administrador, mas à mulher de César, diz o ditado, não basta ser séria. Deve também, inequivocamente, parecê-lo. Ou como dizem os chineses, não basta ser simpático, é preciso fazer o serviço. Esta empresa municipal que trabalha para a promoção de Óbidos, infelizmente, não conseguiu conciliar e compatibilizar multidões com qualidade… era um tarefa quase que impossível.
A grande tarefa na divulgação de Óbidos – quer concordemos ou não, da maneira como foi feita – está devidamente consolidada, provavelmente o toque de qualidade será o mais difícil…
Como no fabrico de um chocolate de qualidade, um chocolatier, que de uma maneira harmoniosa e proporcional conjuga os ingredientes, tem a preocupação de inovar na forma sem nunca descuidar a receita ancestral… o mesmo se deve aplicar à receita do sucesso.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Glamour Cultural

(para ler clique no recorte)

E repentinamente começam a aportar em Óbidos...

Como é sabido, o Festival de Chocolate move milhares de visitantes (anónimos), mas começa a notar-se também a presença de “famosos”, que têm necessidade de multidões como pão para a boca…

Não discutindo a questão pessoal (vida privada), é interessante e digno de revistas cor de rosa que os que vivem à custa de uma imagem, necessitem de vir a Óbidos, para relançar ou continuar a promover uma imagem que em termos culturais não passa disso mesmo - o culto da imagem.

Sabendo também que tal foi apenas um desfile de vestidos de chocolate, no recorte é bem notório o dissertar de certos “famosos” expostos como se de uma montra se tratasse - exposição de futilidades digna de um reality show…

… mas um simples habitante do Concelho não poderá questionar este Glamour, que não passa de uma tentativa frustrada de usurpação e colagem à “MARCA ÓBIDOS”?! O mais paradoxal é ser publicado na área CULTURAL!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Já EÇA dizia... afinal, talvez estejamos em 1871!

(de um outro comentário)
"As Farpas" de Eça de Queirós
«O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!»
in primeiro número de "As Farpas" 1871.

E você, o que pensa?... MEDITE!

(de um comentário)
Desafio lançado, desafio aceite.
Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO. Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns. Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

Sem comentários...

(para ler o pouco da notícia, clique em cima do vestido de chocolate)
Encerrou o VI Festival de Chocolate de Óbidos.
Para o ano hà mais... o balanço deste ano talvez se resuma a muita chuva... mas teremos que aguardar pelos números da organização.
O que se pode ler no site da CMO nos destaques de imprensa (enquanto não é actualizado):
A conhecida apresentadora de televisão Merche Romero vai desfilar com o modelo vencedor da Passagem de Modelos em Chocolate desta edição do Festival Internacional de Chocolate, que terá lugar dia 22 de Fevereiro, pelas 21 horas. Merche Romero vai abrilhantar o desfile usando o vestido vencedor, numa noite que se espera cheia de glamour.
Também poderá dar uma vista de olhos pelas tesouradas de Carlos Castro que salienta
VICKY FERNANDES atarefadíssima com o tradicional Festival de Chocolate em Óbidos. Amanhã uma correria com o concurso de moda. Na escolha do melhor modelo. Espero bem que não surja algum guloso e derreta o vestido com tanta gulodice.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Chover no molhado

A Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) divulgou um relatório que denuncia um mal-estar na sociedade portuguesa, a degradação da confiança e o descrédito no sistema político que podem conduzir a “uma crise social de contornos difíceis de prever".
As críticas feitas reflectem uma realidade que não é conjuntural nem resulta da actuação de um único governo ou unicamente dos políticos.
A SEDES faz um diagnóstico que deixa antever uma sociedade de braços caídos, deprimida, desmotivada, sem esperança, descrente sobre a melhoria do País e sobre a possibilidade de alcançar uma vida melhor.
Portugal está, realmente, a sofrer uma crise de valores, alimentada em muito pela submissão dos comportamentos sociais à lei, numa total negação da ética. Ética que é matéria que é ignorada por muita gente e que muita gente nem quer ouvir falar.
Apenas cito algumas considerações:
Ao nível político, tem-se acentuado a degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários, praticamente generalizada a todo o espectro político. (...)
É uma situação preocupante para quem acredita que a democracia representativa é o regime que melhor assegura o bem comum de sociedades desenvolvidas. O seu eventual fracasso, com o estreitamento do papel da mediação partidária, criará um vácuo propício ao acirrar das emoções mais primárias em detrimento da razão e à consequente emergência de derivas populistas, caciquistas, personalistas, etc. (...)
É por isso preocupante ver o afunilamento da qualidade dos partidos, seja pela dificuldade em atrair e reter os cidadãos mais qualificados, seja por critérios de selecção, cada vez mais favoráveis à gestão de interesses do que à promoção da qualidade cívica. E é também preocupante assistir à tentacular expansão da influência partidária – quer na ocupação do Estado, quer na articulação com interesses da economia privada – muito para além do que deve ser o seu espaço natural. (...)
Estas tendências são factores de empobrecimento do regime político e da qualidade da vida cívica. O que, em última instância, não deixará de se reflectir na qualidade de vida dos portugueses. (...)
Outro factor de degradação da qualidade da vida política é o resultado da combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma justiça ineficaz. E a sensação de que a justiça também funciona por vezes subordinada a agendas políticas. (...)
Com ou sem intencionalidade, essa combinação alimenta um estado de suspeição generalizada sobre a classe política, sem contudo conduzir a quaisquer condenações relevantes. É o pior dos mundos: sendo fácil e impune lançar suspeitas infundadas, muitas pessoas sérias e competentes afastam-se da política, empobrecendo-a; a banalização da suspeita e a incapacidade de condenar os culpados (e ilibar inocentes) favorece os mal-intencionados, diluídos na confusão. Resulta a desacreditação do sistema político e a adversa e perversa selecção dos seus agentes. (...)
Por seu lado, o Estado tem uma presença asfixiante sobre toda a sociedade, a ponto de não ser exagero considerar que é cada vez mais estreito o espaço deixado verdadeiramente livre para a iniciativa privada. Além disso, demite-se muitas vezes do seu dever de isenta regulação, para desenvolver duvidosas articulações com interesses privados, que deixam em muitos um perigoso rasto de desconfiança. (...)
Num ambiente de relativismo moral, é frequentemente promovida a confusão entre o que a lei não proíbe explicitamente e o que é eticamente aceitável, tentando tornar a lei no único regulador aceitável dos comportamentos sociais. Esquece-se, deliberadamente, que uma tal acepção enredaria a sociedade numa burocratizante teia legislativa e num palco de permanente litigância judicial, que acabaria por coarctar seriamente a sua funcionalidade. Não será, pois, por acaso que é precisamente na penumbra do que a lei não prevê explicitamente que proliferam comportamentos contrários ao interesse da sociedade e ao bem comum. E que é justamente nessa penumbra sem valores que medra a corrupção, um cancro que corrói a sociedade e que a justiça não alcança. (...)
A regeneração é necessária e tem de começar nos próprios partidos políticos, fulcro de um regime democrático representativo. Abrir-se à sociedade, promover princípios éticos de decência na vida política e na sociedade em geral, desenvolver processos de selecção que permitam atrair competências e afastar oportunismos, são parte essencial da necessária regeneração."
( O relatório está disponível em: http://www.sedes.pt/)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Muito bem... APOIADO

Telmo Faria tem preferência que um novo hospital seja construído no concelho das Caldas e não em Alfeizerão. “Quanto mais próximo das nossas populações, melhor”, concluiu.(ler aqui toda a notícia)
Nós também... sempre ficaria mais próximo!

Por cá já aderimos...

… será que por cá já houve alguém que aderiu a esta iniciativa? é que ontem também houve um apagão na iluminação pública da zona do Sr. da Pedra.

Para reflectir

Será este o cenário que apagará e irá submergir todos os vestígios da nossa existência?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

No Jornal das Caldas

(para ampliar clique no recorte)
Aproveitando todas as oportunidades para a promoção que deveria ter todo o nosso apoio...estamos a falar naturalmente do autarca das Caldas da Rainha, na sua cruzada pelo novo hospital.
Com pompa e circunstância... VI Festival Internacional de Chocolate.
Complementando o "post o Bombom de Óbidos", ficamos a saber um poupo mais sobre as novas apostas: a Bienal das Artes, que se cruza com a Bienal das Antiguidades; o Festival de Cinema (Internacional) e a Bienal da Prata que envolve a indústria da ourivesaria. Também estão a trabalhar para Óbidos ter uma sala de Teatro e Ópera. A Câmara investe três milhões de euros por ano na àrea cultural, o que equivale a 14% das suas receitas.

Vai ser bonito

A REN (Reserva Ecológica Nacional) e a RAN (Reserva Agrícola Nacional) foram dois conceitos criados na década de oitenta, pelo então ministro da Qualidade de Vida, Ribeiro Telles, para proteger da urbanização os terrenos de maior valor ecológico e agrícola, bem como aqueles onde seria perigoso construir.
O objectivo era, do ponto de vista da espécie humana, garantir que continuamos a ter o que beber (salvaguardando os cursos de água e afins), o que comer (preservando os terrenos mais férteis) e onde morar (evitando que a nossa casa seja evadida pelo mar ou por uma cheia, ou se desmorone montanha abaixo).
O problema começou quando se definiram as receitas dos municípios, ou seja, quando se decidiu de onde viria o dinheiro para gerir a Câmara Municipal. Simplificando, da construção vem dinheiro. Da REN e da RAN só vêm limitações (isto de uma forma imediatista).
Da mesma forma, acaba-se por impor uma espécie de jogo de azar aos proprietários de terrenos conforme a sua localização. Os que estavam fora da REN e da RAN eram valiosos e os que estão dentro ficam extremamente limitados nas suas opções e pouco poderão ganhar com isso. Obviamente que o jogo não é justo para estes últimos, que têm a missão de gerir o nosso património comum mais importante.
Resultado? Especulação imobiliária. Corrupção. Desigualdade social. E a RAN e da REN, em vez de serem consideradas áreas de valor, passaram a ser considerados obstáculos, alvos a abater. Qual a saída? Terá necessariamente que haver uma maior intervenção pública no mercado imobiliário. Terão que ser criados mecanismos para que os proprietários de terrenos de RAN ou REN, agora integrados na chamada Estrutura Ecológica Municipal, sejam devidamente compensados financeiramente por serem guardiães destes tesouros colectivos. E onde ir buscar dinheiro para estas compensações? Naturalmente à maior fonte de dinheiro fácil deste País: ao lucro de quem constrói.
Quanto à gestão das áreas da estrutura ecológica fundamental, há que aplicar a máxima “pensar globalmente, planear regionalmente e agir localmente”. Ou seja, é preciso ter uma visão nacional na identificação de prioridades e estratégias. A estrutura ecológica deve ser definida e delimitada ao nível regional. Finalmente a estrutura ecológica deverá ser gerida pelas Câmaras Municipais e pelos proprietários, por uma questão de proximidade.
Essencial será sempre a ampla possibilidade de participação do público em todos estes níveis de decisão.
Passar a gestão da RAN e REN para as autarquias!? Deve-se considerar essa hipótese, mas nunca antes de resolver o problema de base, ou seja, transformar mecanismos de obstrução de riqueza, em mecanismos geradores de receitas. Senão, e como obstáculos, estas áreas iriam simplesmente desaparecer do mapa. Ou seja, as receitas das autarquias não podem estar dependentes do volume de construção. Urbanização e Conservação têm que ter pesos semelhantes como fonte de receitas (e já agora nos investimentos). E só depois de mudar isto, é que se poderia passar a gestão destas áreas para as mãos das Câmaras. Contudo, gestão não é sinónimo de delimitação, do poder de desafectação ou de autorizar construções, que no fundo é o que está na proposta que recentemente irá se implementada. Gerir é promover práticas de agricultura sustentável, os usos múltiplos da floresta, garantir a boa qualidade das águas...
Mas quer queiramos quer não, a delimitação da REN vai mesmo ser efectuada e aprovada a nível municipal pelas próprias câmaras podendo-se excluir as áreas de construção já licenciada ou autorizada (mesmo que tal tenha ido contra a lei por estar em zona actualmente de REN), podendo ficar de fora da REN as áreas “destinadas à satisfação das carências existentes em termos de habitação, actividades económicas, equipamentos e infra-estruturas”.
Tal significa obviamente uma aplicação completamente discricionária e ampla em cada um dos municípios, não permitindo assim proteger os valores e promover a redução dos riscos associados ao regime da REN. Apesar deste último princípio já estar de certa forma contemplado na actual legislação, o facto de a aprovação ser efectuada pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) tem limitado as intenções expansionistas em termos de construção das autarquias, o que agora é ultrapassado.O regime excepcional revela numa das alíneas um dos verdadeiros objectivos do diploma – a realização de acções de relevante interesse público (onde claramente se incluem os PIN – Projectos Potencial Interesse Nacional) pode ser feita em REN, apesar de se afirmar que tal só é possível efectuar se não houver alternativa fora da REN (a justificação de que não há alternativa quando efectivamente existe tem sido utilizada frequentemente em áreas de Rede Natura, pelo que certamente tal será também o caso da REN). No: Naturlink
Donde se conclui, que a classificação do que está afecto à REN passa para competência e responsabilidade das Câmaras Municipais.
Sabendo nós como as coisas se passam por aí, a pressão imobiliária e o compadrio que se passa em muitos municípios deste país, será fácil de imaginar o aumento de construção que vai surgir por aí.
Dizem que as CCDR podem não aprovar que certas áreas sejam retiradas na REN, mas a nova lei também diz que, se não o fizerem num curto prazo que lhes é dado, a autorização é automática.
Também todos nos recordamos das autorizações especiais que foram dadas em nome do Projectos Interesse Nacional, ou famosos PINs e que depois se vieram a descobrir entrarem na área dos interesses.Essas assinaturas ainda os podiam incriminar, agora nem vai haver um responsável, basta não dizer não para se estar a dizer sim.
Em nome da simplificação processual ou delegação de competências, assistimos cada vez mais à responsabilidade da irresponsabilidade… em leis fáceis de contornar e que até têm mecanismos que convidam ao laxismo para aprovação tácita.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Os nossos eleitos

A concretização da reforma do Parlamento está a ser feita a conta-gotas e muitas das medidas aprovadas no capítulo da transparência e da participação dos cidadãos ainda estão longe de ser uma realidade. A emblemática disponibilização, no sítio da Assembleia da República (AR), das faltas dos deputados e respectiva declaração de interesses é disso exemplo.
O programa de reforma do Parlamento já está pronto e prevê, entre outras novidades, uma recomendação para os deputados passarem a colocar os seus registos de interesses financeiros na Internet. Esta recomendação visa a "transparência" e facilitar a consulta pelos cidadãos dos interesses dos deputados, muitas vezes dependente da autorização do próprio, mediante um requerimento.
Aquando das campanhas eleitorais, já é hábito o “Zé Povinho” ser enganado pela classe política com promessas nunca cumpridas. Aquando das comemorações do 25 de Abril, a mesma classe política, com pele de cordeiro, recorda com saudade o que foi e para que foi o 25 de Abril, mas as cadeiras vazias sintonizava a ausência de deputados mais interessados à manutenção do “tacho”.
A maior parte dos deputados tem as folhas de declarações de registo de interesses quase em branco. Para além desse facto, poderá consultar as actividades do deputado, o registo de interesses, as presenças em reuniões plenárias, alguns disponibilizam e-mail, biografia e é bom recordar-se dos seus rostos porque quase todos têm fotografia desactualizada.
Se tiver curiosidade, consulte o que está disponível em Assembleia da Republica. pt relativamente aos deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Leiria:
(para consultar clique em cima do nome)
Eleitos pelo PSD
Eleitos pelo PS
Eleita pelo CDS-PP

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Será que é desta que vai…

.. ser a semana decisiva de intensas reuniões com governo.
Os autarcas do Oeste vão começar as reuniões, com cinco secretários de estado do governo de José Sócrates, a partir de quarta-feira, depois de esta semana receberem o documento base, da parte da equipa do coordenador Augusto Mateus, a apresentar aos membros do governo que deverão encontrar-se com o ministro Mário Lino, na próxima sexta-feira, na sede da Associação de Municípios - AMO, nas Caldas da Rainha, no âmbito da minimização dos efeitos negativos da localização do novo aeroporto.
Quanto à polémica da localização do novo hospital em Alcobaça ou Caldas da Rainha José Manuel Custódio sublinhou que a AMO “não tem grande preocupação na localização o que não quer é por birra perder um hospital”. (para ler toda a notícia).
Se por causa de uma birra se pode perder um hospital, com duas birras o que é que se poderá ganhar?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O Bombom de Óbidos - Made In

(para aumentar clique na imagem)
Segundo o CM ( Correio da Manhã) - não confundir CM com Câmara Municipal – Óbidos espera 200 mil e uma (Merche Romero) pessoas para o festival mais doce do País.
Novidades: para além do cachecol, irão ser feitas duas unidades, a Fábrica de Chocolate–Museu e a Fábrica na localidade de A-da-Gorda, não esquecendo a forte aposta nas Artes Plásticas (o que é que para aí virá?)

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Eburobrittium

Eburobrittium – Cidade adormecida que tarda em acordar.
Segundo Plínio-o-Velho, escritor romano do século I, Eburobrittium era uma cidade romana que existia entre Leiria (Collipo) e Lisboa (Olisipo). No entanto, a localização era desconhecida.
A cidade terá sido construída no tempo de Augusto, no final do século I a.C., e sobreviveu até à segunda metade do século V d.C... Alguns dos espaços foram posteriormente reocupados, como se verifica pela existência de dois edifícios medievais.
História Aberta - Eburobrittium - Cidade romana (clique) poderá saber muito mais.
Um acesso à auto-estrada 15 na zona de Óbidos está em vias de ser desviado para permitir salvaguardar esta cidade romana e cuja importância é equiparada a Conímbriga. Beleza Moreira fez então a sua primeira intervenção de emergência a pedido do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), envolvendo escavações e recolheu um espólio a que deu uma datação desde o século I ao século V, confirmando a existência desta cidade.
Presume-se que a cidade tenha sido extinta no século V, na mesma altura em que Conímbriga desaparecia.
O especialista coordenou os trabalhos de campo, com estudantes do ensino secundário e de arqueologia a fazerem escavações e investigações dos achados, que devem prosseguir, uma vez que apenas uma pequena parte da cidade está posta a descoberto.
A cidade romana de “Eburobrittium” está inserida numa quinta particular, pertencente à Associação Nacional de Farmácias, estando as intervenções a ser desenvolvidas em consonância com esta entidade e com a autarquia local, Os custos das escavações têm sido suportados pela Câmara Municipal e pelo IPPAR. Desde que a Associação Nacional das Farmácias adquiriu o local, também esta instituição tem apoiado financeiramente.
A cronologia desses trabalhos:
Sendo a Arqueologia a ciência que estuda o passado do Homem através dos seus vestígios materiais, quer do ponto de vista de estruturas quer do espólio, acreditamos que seja necessário tempo até que, finalmente, as visitas a esta cidade adormecida façam parte dos roteiros turísticos.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Debatendo Óbidos

Eventos de Óbidos e sua regulação
Extraído de um comentário:
Ontem estivemos reunidos, como grupo de amigos, obidenses apoiantes do Telmo e outros que não gostam do estilo telmista. Na cavaqueira, acompanhada de boa ginga, ficou por esclarecer como é que a Câmara devia limitar as multidões de fim de semana no festival do chocolate e na vila Natal.O responsável deste blogue aceita abrir um debate sobre isto?”
Porque o tema é pertinente e tem merecido, pontualmente, a atenção deste espaço, proponho a todos quantos por aqui passam que reflictam sobre este assunto e deixem sugestões.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

PDM

O Plano Director Municipal (PDM) é um instrumento de planeamento/ordenamento territorial de natureza regulamentar, cuja elaboração é obrigatória e da responsabilidade do Município.
O PDM estabelece as regras para utilização, ocupação e transformação do uso do solo em todo o território do concelho.
Há muito que se falava da revisão do PDM. Esta suspensão/revisão do PDM diminui os índices e propõe novas centralidades, o que parece reunir consenso geral, inclusive da oposição. Este é o resultado uma equipa de trabalho multidisciplinar que culmina num plano que poderá evitar a “al(l)garvenização” do nosso concelho.
Por este facto, Zé Povinho regozija-se e … nós também com a Câmara Municipal (Executivo e Oposição).
  • Apenas um pequeno reparo, peca por ser tão tardia...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

"…tem coisas menos apreciáveis" – conversa de treta

Permitam-me chamar a isto uma conversa de treta...
Se foi galardoado, foi porque a Associação de Jornalistas Portugueses de Turismo assim o entendeu e distinguiu-o. O Sr. Feliciano Barreiras Duarte escreveu num jornal da região este artigo “Poder e sociedade”, mas depois de exaltar as qualidades de Telmo Faria reconhecidas por todos, finaliza como nas revistas cor-de-rosa falando da vida pessoal. É interessante notar que, no final, parece querer apontar as “coisas menos apreciáveis” mas o que fica são apenas felicitações antecipadas. (ler aqui todo o artigo)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Festival de Chocolate - Sorria está a ser filmado!

(para aumentar clique nas imagens)

A Óbidos Patrimonium EM enviou por correio estas fotocópias. Ou não foram atempadamente expedidas ou houve qualquer atraso na distribuição, o facto é que quando recebi a carta, o programa do Festival já estava disponível no site da CMO. O papel da comunicação não era reciclado, as fotocópias até apresentavam uns riscos (talvez falta de manutenção)…coisa estranha para quem tem tanta preocupação com o ambiente.

Se a publicação das mesmas o poderá informar, aconselho a não deixarem de dar uma “dentadinha” no site e deliciarem-se (Aqui toda a informação).

No final das informações e puxando o grão de cacau até ao final poderá ler: O programa poderá sofrer alteração por motivos alheios à organização. (estão mesmo à espera de enchente – provavelmente mais uns cortes nos acessos da A8…).

Por questões de segurança, o evento Festival de Chocolate de Óbidos é vigiado por um circuito interno de vídeo (Dec.-Lei 231/98 de 22 de Julho) – portanto sorria…

Evento ao ar livre, aconselha-se o uso de agasalhos. (paciência e mais paciência - sem tirar o casaco - se estiver nas filas)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A moda não pegou - VIVA os 3%

A Lei das Finanças Locais, em vigor desde Janeiro de 2007, conferiu pela primeira vez aos municípios a possibilidade de arrecadarem cinco por cento do IRS gerado nos respectivos concelhos, podendo prescindir da totalidade ou de uma parte em favor dos munícipes por deliberação própria, uma decisão que tem de ser comunicada até ao final de cada ano à Direcção-Geral dos Impostos.
Em 2009, quando os contribuintes portugueses receberem das Finanças a nota de liquidação do IRS de 2008, os residentes em pouco mais de um décimo dos municípios do país vão ter mais motivos para sorrir do que os outros.
Do total de 308 municípios que existem actualmente em Portugal, 13 por cento fizeram, deste modo, uso da possibilidade introduzida pela nova Lei das Finanças Locais de reduzir a carga fiscal suportada pela população, abdicando de uma parte da sua receita.
As câmaras que mais adoptaram esta política são de pequena dimensão, o que explica o facto de, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística para 2006, aos 13 por cento de municípios com redução do IRS corresponder apenas cerca de oito por cento da população activa do país.
No topo surgem nove câmaras que abdicaram na totalidade de arrecadar os 5%: Alcoutim, Castro Marim, Crato, Gavião, Manteigas, Oleiros, Ponte de Lima, Ponte de Sor e Terras de Bouro.
Nós estamos no lote dos municípios que vão conceder aos munícipes um benefício de 3%: Óbidos, Almeida, Fundão, Murça, Penedono e Vila Flor.
Convém não esquecer que 2009 será ano de eleições autárquicas, podendo esta medida conferir alguma popularidade aos autarcas.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

PDM / Eventos

«Face à procura muito elevada [para a construção de empreendimentos turísticos] percebemos que se aprovássemos tudo íamos dar cabo disto», disse o presidente da autarquia, Telmo Faria. (Ler a notícia aqui)
O “tudo” a que o presidente da Câmara se referia eram as 39 mil camas previstas no PDM que agora, nessa área, ficará suspenso - a grande maioria delas localizavam-se na orla costeira do concelho. Uma atitude inédita ao nível das autarquias e inteligente. Percebeu-se que a valorização dos territórios não é compatível com a massificação da sua ocupação. Não se cria riqueza de uma maneira sustentável só porque se constrói em grande quantidade. Bem pelo contrário, é a factura a pagar pela perda de qualidade dos espaços com grande densidade de construção, a pressão sobre os recursos e a insuficiência de infra-estruturas. É de louvar esta posição assumida e de realçar esta percepção num tempo e num País pouco cuidado com o ordenamento do seu território.
Que esta coerência faça luz e seja extrapolada para o outro tipo de massificação existente em Óbidos… os eventos.
Chegaram à conclusão que a redução pode ser benéfica no caso do PDM “face à procura muito elevada, percebemos que íamos dar cabo disto” esta frase também tem todo o sentido e é aplicável à massificação que se está a dar de Óbidos com tantos eventos que captam somente turismo de massas e não é demais repetir – Óbidos actualmente ainda não tem infra-estruturas para tal número de visitantes.
Pensemos no seguinte: uma política de Turismo deve ser coerente e trabalhada em todas as valências, por forma a que um conjunto unificado trabalhe com e em prol da comunidade hospedeira e visitante. Ao rever o PDM, em função de um turismo de Qualidade e não de Quantidade, o mesmo deveria acontecer em relação a todas as medidas do plano de turismo local. Uma imagem não é mais do que o resultado de todas as medidas implementadas para o seu fomento, o que acontece à imagem Óbidos quando a incongruência é constante?

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Procissão da Ordem Terceira

Este evento religioso não só atrai devotos como também muitos turistas.
Destaco pela negativa que o site da CMO não disponibilize informação sobre nem divulgue com a ênfase com que promove outros eventos. Este sim ,com um carácter mais tradicional.

Discussão Pública - Enxoval do recém-nascido

A Câmara de Óbidos quer ver aumentada a taxa de natalidade no concelho, onde actualmente o número anual de óbitos é superior ao de nascimentos. Um dos incentivos será a oferta de um enxoval de “boas vindas”, no valor de 500 euros a todos os bebés cujos pais sejam residentes no concelho de Óbidos (a maioria dos bebés deste concelho nasce no Centro Hospitalar das Caldas da Rainha.
Estimativas recentes sobre a evolução mundial apontam para a redução da população portuguesa em cerca de dois milhões ao longo dos próximos três séculos. Há quem considere o aumento da população de um país como sinal de prosperidade. Se a população de um país não aumenta, é porque o país não gera expectativas. A cultura do país perde influência, a "Nação" definha. Por isso, há quem reclame que o Estado/Autarquias deveria conceder mais apoio financeiro a quem tem filhos. Naturalmente que os políticos/autarcas estão atentos...
Todos os incentivos são de elogiar, mas 500€ não será um incentivo "forreta"?
Como o aviso menciona: As observações tidas por conveniente deverão ser formuladas por escrito, dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Óbidos - Largo de S. Pedro - 2510-086 Óbidos ou entregues directamente na Secção Central desta Câmara Municipal, durante o período de expediente.
Agora ainda se pode manifestar, depois será tarde. Exerçamos os nossos deveres/direitos cívicos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Petição para modernização e alargamento da Linha do Oeste

Uma petição para a modernização e alargamento da Linha do Oeste está a circular na Internet, numa iniciativa da Lourambi – associação ambiental da Lourinhã. O objectivo é recolher assinaturas a enviar à Associação de Municípios do Oeste, de modo a que a que esta entidade faça pressão junto das instâncias competentes “por uma mobilidade sustentável no Oeste”. O link para a assinatura electrónica é http://www.petitiononline.com/OesteMob. De acordo com o documento, como o Governo se mostra disposto a negociar com as autarquias do Oeste contrapartidas pela “perda” do aeroporto na Ota, o que supostamente se irá traduzir em apoios para a construção de outras infra-estruturas na região, pretende-se que haja “participação dos cidadãos” nas decisões sobre transportes e acessibilidades, “factores decisivos para assegurar a coesão territorial, a mobilidade de pessoas e mercadorias e o desenvolvimento regional”.Contudo, para a Lourambi, “é muito raro ouvir-se falar da Linha-Férrea Regional do Oeste”, pelo que “queremos com esta iniciativa lembrar as câmaras municipais da Região Oeste que a Linha-Férrea do Oeste é uma velha reivindicação dos cidadãos”. “Acreditamos que uma via ferroviária moderna e bem integrada nos planos de ordenamento do território pode impulsionar o desenvolvimento da nossa região e o único projecto estratégico que pode efectivamente promover uma mobilidade mais sustentável no Oeste”, sustenta.Na petição são exigidas “contrapartidas pela “perda” da Ota, que sejam canalizadas para a realização dos estudos prévios necessários, e para os investimentos que assegurem que a Linha do Oeste - actualmente num estado lastimável que não corresponde, de forma nenhuma, nem aos standards de segurança, nem às necessidades da Região – se transforme, num horizonte temporal relativamente curto, numa via de comunicação moderna, segura, eficiente, cómoda e amiga do ambiente”.

Sumário:

Óbidos, infelizmente, é sempre notícia.
Já é considerado o maior evento de chocolate do País.
O autocarro Energybus vai estar em Óbidos, em frente ao Posto de Turismo, de 7 a 10 de Março. Trata-se de um autocarro temático em torno da utilização racional da electricidade, que vai percorrer o país de Norte a sul até final de 2008.
O evento conta com o apoio da Câmara Municipal de Óbidos.
Actualmente, grande parte da "ginjinha" de Óbidos ou de Alcobaça é feita com frutos importados. “Muito do licor que se vende nos bares de Óbidos e no país não é o licor de ginja de Óbidos ou Alcobaça é o licor de ginjas que vêm da República Checa e da Polónia, que são os dois grandes produtores europeus”, apontou este responsável, adiantando que “este estudo começa já a demonstrar que a ginja desses países não têm as características de acidez e açucares que o fruto produzido nesta terra tem”. Para o dirigente é necessário incentivar novos produtores de ginja na área da Indicação Geográfica Protegida (IGP), que abrange os concelhos de Alcobaça, Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Cadaval e Porto de Mós, focando a importância e as mais valias que esta fileira poderá representar para a região. Agora com o fim do Projecto Agro 940, está confiante que há condições para novas plantações surgirem.
O projecto 940 “Melhoria da qualidade da Ginja de Óbidos e Alcobaça” teve início em Junho de 2006 e terminou em Dezembro de 2007 e nasceu por vontade da autarquia de Óbidos e da Associação de Produtores Maçã de Alcobaça.
Na “guerra” entre Alcobaça e Caldas da Rainha pela localização do novo hospital, a Câmara das Caldas, para além das várias hipóteses de terrenos já anunciadas, aposta agora na disponibilização do terreno da Matel, em São Cristóvão, na fronteira com o concelho de Óbidos, pensando na localização tendo em conta o eixo da A8, A15 e IP6.
(Para ler as notícias clique em cima dos cabeçalhos)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Eles voltam... com certeza

Não tarda nada que este tipo de publicidade esteja de volta. É sempre assim... veículos devidamente decorados enchem os olhos de quem nos visita. Estrategicamente estacionados (parados durante todo o período da realização dos eventos), teimosamente rivalizam com todos aqueles placards (recicláveis) que publicitam o festival de chocolate. Espero que os mesmo acompanhem a retirada dos carrinhos publicitários e não fiquem esquecidos atá ao próximo evento... é que nós já estamos habituamos a ver durante o verão paineis a delimitarem o estacionamento para encaminharem os visitantes para a passadeira...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Esquecimento ou desleixe?

De fácil resolução: ISTO, ISTO, ISTO e ISTO, será esquecimento ou desleixe?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Sondagem - resultado

A sondagem terminou.
Os números falam por si, são categóricos e inequívocos.
Os participantes manifestaram uma intenção clara e esmagadora, relativamente à posição assumida publicamente pelo presidente Telmo Faria relativamente ao ministro Mário Lino aquando da reunião na sede da Associação dos Municipios do Oeste.
Os resultados são os seguintes:
NÃO – 104
SIM – 6
SEM OPINIÃO – 1
TOTAL – 111
A todos os que participaram o meu sincero e reconhecido OBRIGADO.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Compensação ou milagre?

A região Oeste ficou sem o aeroporto da Ota mas pode sair beneficiada com o aeroporto internacional de Fátima, vocacionado para receber peregrinos em romagem ao santuário, em voos charter ou low-cost. Os autarcas do Oeste e da região de Leiria querem contrapartidas do Governo pelo chumbo da Ota e o aeroporto em Fátima pode funcionar como infra-estrutura essencial para dinamizar muitas autarquias. O Governo, sabe o SEMANÁRIO, também está receptivo à ideia, podendo apoiá-la financeiramente, caso tenha viabilidade técnica e ambiental. Para além do turismo religioso, o aeroporto poderia também servir para fins de turismo indiferenciado e mesmo para efeitos de emergência médica para toda a região centro. (PARA LER A NOTÍCIA)

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Algo está mal!

No espaço de duas semanas, a mesma pessoa manifestou-se.
Algo está mal!
A ser verdade o teor da desta carta, é muito grave o que se está a passar, decorrido mais de um ano. Ou o nosso conterrâneo incompatibilizou-se com os programas sociais ou eles, como são tantos, acabam por não serem aplicados no terreno.
No entanto, manifesto a minha solidariedade, porque muitos vivemos momentos difíceis, com casas inundadas. Na altura comunicamos às pessoas que estavam no terreno, concretamente a um vereador e a um elemento da protecção civil e, como grandes conhecedores deste tipo de ocorrências, apenas argumentaram que era impossível a cheia estar nesse local, quanto mais as casas estarem em risco de inundação.
Esta situação passou-se já depois de ultrapassado o ponto crítico junto à ponte, depois das 20h… ninguém apareceu no local para avaliar a situação… apenas os bombeiros para acudir (um grande bem haja).
Sabemos que em situação de catástrofe todos os meios são disponibilizados e nem sempre chegam para tantas solicitações. Todos verificamos e apercebemo-nos que houve falta de articulação e coordenação. E até hoje, nunca se apurou a responsabilidade… uns empurram para os outros.
Pelo menos, resta-nos a consolação que se tenham inventariado as falhas no sistema e feito as necessárias correcções.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Óbidos - Património Mundial

De comentário em comentário..
Josepha disse:
Óbidos ficou de fora na lista indicativa elaborada pelo Iccomos, dos sítios que poderiam apresentar candidatura a Património Mundial. No entanto o estado português poderá sempre apresenta-la.
A recuperação dos anos 40 dos Monumentos Nacionais, a intervenção na Cerca do Castelo, mais recentemente, as casas da Rua D.João de Ornelas e os novos projectos desta autarquia, impediram que Óbidos fosse um dos sítios que constaram nessa lista indicativa.
No caso de Marvão, para além da maior parte das intervenções no interior da Vila serem muito más, já desde os anos 40, a candidatura foi tão mal feita que nem sequer chegou a ser lida na Unesco.Imagine-se que começava com este lindo parágrafo-"Marvão, só tem comparação no mundo com o monte Saint Michel" . Depois disto, já não vale a pena ler mais. O título de Património Mundial é atribuído aos sítios que pelas suas características monumentais e autenticidade cultural, são únicos e necessitem de enorme protecção.Ora Óbidos é único no coração de cada um de nós, mas de autentico, genuíno infelizmente, não terá o suficiente para tal título.
Custará uma fortuna elaborar a candidatura e duvido que no estado em que está, alguma vez a consiga. Mas também não é assim tão importante parece, se fosse não acontecia o que tem vindo a acontecer.
Anónima disse:
Não sou perita no assunto, mas permita-me comentar alguns aspectos referidos pela Josepha. A ICCOMOS é uma ONG que possui um papel consultivo e auxilia o World Heritage center a avaliar as candidaturas a Património Mundial. Pode referir exemplos de locais para se candidatarem, mas quando o faz, por norma é porque existe risco ou pelo achado ser de "outstanding interest".
A Unesco não aceita nenhuma "Temptative" que não seja submetida por um State Party, que no nosso caso é a Comissão nacional da UNESCO em Portugal, que julgo estar ligada a uma das nossas faculdades de arquitectura.
Ora, não existe nem nunca existiu nenhuma tentativa de submissão de Óbidos a património mundial segundo o site da UNESCO, como podemos ver aqui:
Logo das duas três, ou não há submissão, ou a comissão da UNESCO em Portugal não submeteu o processo, ou então o site está desactualizado(muito pouco provável).
Do que eu vi os processos (no mesmo site), estes são extensíssimos e são extremamente técnicos e detalhados.
Já vi alguns processos dos que ganharam, e imprecisões técnicas como as referidas pela josepha, existem em muitos deles. E estas são depois avaliadas pela ICCOMOS no seu parecer de avaliação. Ora não é por haver uma ou muitas imprecisões que indeferiram as "temptatives". Por outro lado algumas das submisões já foram chumbadas em anos anteriores, e depois foram resubmetidas e "remodeladas" com alterações e foram aceites. Estamos a falar de avaliações muito precisas e extremamente fundamentadas. No site referem mesmo que a avaliação do processo pode ir de 5 a 10 anos. Mas em primeiro lugar é necessário haver uma submissão. No que diz respeito às alterações, alguns dos nomeados possuem alterações ao património original desde que validem a candidatura e os critérios reclamados.
Como curiosidade, recomendaria a Josepha a ler os processos de Corcu e de Évora. Por outro espreitaria as tentativas indeferidas de Espanha e França. Concordo com alguns dos post que referem que de facto a candidatura foi uma bandeira eleitoral, pois pode ter arrancado com boas intenções, e houve depois algum cuidado em se querer criar algum "Think Tank", mas a boa intenção logo se desvaneceu como promessa. Criaram-se empresas e eventos para a promover, mas os eventos finaram e as empresas foram enquarteladas por mão de obra, diria, pouco classificada para o efeito (basta olharmos o processo do Douro vinhateiro, para ver do que estou a falar). Pior, aproveitaram os trâmites rigorosos que se exige num processo destes e expandiram para além daquilo que é aclamado. Neste momento, a julgar, todo o concelho é candidato a património mundial. Alguém sabe por acaso em que consiste o património que se quer levar à candidatura, e a "buffer area" correspondente? Alguém sabe os critérios a candidatar? Enfim, há muito a esclarecer.
Mas refiro, sou uma mera leiga.
Obrigado pelos contributos e esclarecimentos.

Porque não?

Depois da Ota ter levantado voo, cresce o desejo de aterrar em Fátima ou em Monte Real.
A região começa a movimentar-se...
A região tem de ter uma infra-estrutura aeroportuária para servir como alternativa. E esta é uma questão que “deve estar sempre em cima da mesa”, defende Feliciano Barreiras Duarte, apontando a sua importância para as empresas, como para o turismo. Por isso, quer a BA5 quer Fátima deveriam ser equacionadas. No primeiro caso, recorda, dois governos do PSD avançaram com essa hipótese que, contudo, nunca saiu do papel. Quanto a Fátima, “é mais do que razoável ser equacionada como uma forte possibilidade”.
Para os voos turísticos, a foto nem estará tão desajustada quanto isso. Talvez seja a melhor solução, podendo movimentar-se ao longo da costa...