quarta-feira, 11 de junho de 2008

E S G O T A D O

Ouvi num canal televisivo que o país está sob sequestro. É um problema de autoridade do estado. A falta de gasolina nos aeroportos (apenas para o abastecimento de voos de outras companhias e com o recurso ao aeroporto Sá Carneiro que tem ligação directa à Petrogal). Na notícia seguinte, o Governo assegura os combustíveis para as funções vitais (segurança, defesa, bens essenciais). Bens essenciais? Os bens essenciais estão perfeitamente garantidos e, até ver, não há ruptura de stocks.
Ouço também que os bombeiros pedem a reserva nos postos para permitir o abastecimento de combustível às viaturas utilizadas em serviços de emergência. Será possível que não exista um plano de contingência para situações como a que vivemos?!
Por cá, os obidenses estiveram com os olhos e ouvidos na Suíça mas também com os olhos nas bombas da gasolina… e a folhinha branca não deixava dúvida: ESGOTADO.
A Galp Energia aumentou às 00 horas desta terça-feira o preço da sua gasolina sem chumbo 95 em 1 cêntimo por litro, avançou fonte oficial da petrolífera à Agência Financeira. No que toca ao gasóleo e ainda à gasolina sem chumbo 98, os preços ficaram intactos por hoje. Recorde-se que a última vez que a Galp tinha mexido no preço da gasolina foi na semana passada em que, pelo contrário, tinha baixado o preço em precisamente 1 cêntimo.

13 comentários:

Anónimo disse...

O cerco é uma táctica de ataque ancestral mas há uns séculos aguentava-se muitos meses porque cada burgo tinha grande autonomia. Agora, nesta nossa sociedade tão desenvolvida, as dependências são quase ao minuto, a logística planeia para uma cadência veloz, a armazenagem custa muito dinheiro, e pronto, em poucas horas instala-se o caos e a emergência. A comunicação social ajuda, espalhando o pânico e fazendo com que as pessoas corram a abastecer-se como se houvesse uma epidemia. O que impressiona muito é realmente esta imagem de vulnerabilidade, que não é só cá, como se vê, mas que dá uma força desmesurada a quem tenta impor as suas condições.

Anónimo disse...

Fragilidades sim, em especial na "massa cinzenta".

Porque se calhar era melhor, já terem pensado (e consumado !) a diversificação das formas de energia e do transporte de mercadorias.

Anónimo disse...

Pelas reportagens televisivas e pelo ruído na rua (carros a buzinar e a circular, para baixo e para cima), concluo que os portugueses estiveram com os olhos e os ouvidos na Suíça e, provavelmente, durante os 90 minutos do jogo, não olharam para as bombas de gasolina e para as prateleiras dos super mercados.
Pela alegria que vejo e sinto, dos portugueses, o povo está feliz com a vitória de Portugal sobre os Checos e não se preocupa com a possibilidade de mais uma ou duas bombas, amanhã, não terem combustível para abastecer as viaturas.
O povo está feliz. Ainda bem que a selecção nacional de futebol consegue proporcionar estes momentos de alegria e bem estar.

Anónimo disse...

Veja as coisas pelo lado positivo, o exercício faz bem à saúde e ajuda a proteger o ambiente.

Os ecologistas devem estar radiantes!

Anónimo disse...

Numa altura em que começam a verificar-se situações de ruptura no abastecimento de combustíveis e alimentos, não é aceitável qualquer recuo face a grupo profissional que não hesita em ultrapassar as margens da lei para fazer o País refém e ficar assim em posição de força para chantagear o Governo.
O Governo tem o dever de manter a ordem pública e de impedir os distúrbios provocados pelos piquetes, que danificam a propriedade alheia ao apedrejar camiões que decidem circular.

Anónimo disse...

O que ficou desta paralização foi uma coisa que pode no futuro trazer-nos muitos "amargos de boca..."
Provou-se que uma só classe - a dos automobilistas - consegue paralizar completamente o País...
Mais um ou dois dias de paralização...e era o caos total...!!!

Maximino

Anónimo disse...

Depois dos camionistas reunidos na Batalha terem ponderado a criação de uma nova associação, o bom senso fez-se ouvir. O governo esteve bem, muito bem mesmo, não aceitando derivas de uma rigidez e até, autoritarismo do Estado. Estão aí tempos difíceis onde a coesão social tem de ser conquistada à custa de de muita capacidade de negociação.

Anónimo disse...

Bastaram uns simples espirros dos patrões dos camiões e dos armadores das pescas para os socretinos se acagaçarem todos! Olha se eram os donos da Banca, ou o merceeiro uncle Belmiro!
Caíam todos com grande estrondo, certamente!

Anónimo disse...

O País porecisa é de trabalhar.
Não necessita de greves dos patrões dos camions!

Anónimo disse...

Esta politica não pode ter um final feliz... porque no fundo o povo vai pagar todas estas beneses até ao ultimo centimo, a galp já começou a cobrar hoje a factura...(novo aumento), instalando-se cada vez mais neste país a logica de a lei não é para todos... quem protesta safa-se, quem tem algum poder dá a volta à situação... e quem se lixa é sempre o mexilhão...
Os governos existem para governar para um povo no seu todo, medidas avulsas e descriminações de grupos desagregam o já fragil espirito de união de uma nação que vem sendo esmagada pela incompetencia e malvadez dos politicos.

Anónimo disse...

Aos camionistas os apoios são mais vastos descontos nas portagens que a brisa obviamente vai diluir nos preços dos outros utilizadores, majoração das despesas de combustivel para efeitos de irc, se já quase nao pagavam irc vão deixar de pagar de todo...
Mas o mais grave é o IVA se o abrirem mão da cobrança do iva pela simpes emissao da factura, passando o mesmo a ser exigido só após boa cobrança... instala-se o caos total neste imposto, com uma redução brutal da receita porque os outros também vão quer e a má cobrança das facturas tem valores muito elevados. A constituição não proibe só o locck out, também diz que os cidadaos são iguais perante a lei.

Anónimo disse...

É só facturar...

Galp aumenta preço dos combustíveis

Mais um cêntimo para o gasóleo e gasolina sem chumbo 95 é o que custará o combustível nesta quinta-feira em que as bombas de gasolina já começaram a ser abastecidas, graças ao fim da greve dos camionistas

Anónimo disse...

Em todo o lado se ouve os políticos e os seus arautos dizerem que a crise energética está para ficar, que não tenhamos ilusões de que o preço do barril de petróleo, mesmo que baixe, nunca baixará para valores semelhantes aos anteriores, etc. E logo dizem que a solução estará noutras formas de energia, no poupar, em criar portagens para entrar nas grandes cidades, etc. Ora, a crise está para ficar, e esse qualquer outro tipo de solução(ões) levará anos até que possamos usufruir dele(s).
O mesmo é dizer: aguentem e vão pagando.