Há, por isso, a necessidade de alertar e sensibilizar os habitantes para, dentro do possível, terem as casas o mais seguras possível prevenindo situações destas cujos danos são quase sempre de grande dimensão.
A tipologia do edificado e seus materiais, a questão da acessibilidade de meios, ruas estreitas, de difícil acesso, e com muitos residentes idosos, é um perfil que aumenta a preocupação perante o risco de incêndio.
Não sei se existe um plano de intervenção, mas os caudais nas “bocas de incêndio” (utilizadas pelos bombeiros no ataque directo às chamas, no estabelecimento de linhas de água ou no reabastecimento dos depósitos das viaturas) serão seguramente uma preocupação por quem de direito tem essa incumbência e também uma grande preocupação para os residentes.
Atendendo à relevância do tema e ao facto de ser uma preocupação de todos quantos vivem Óbidos, aqui se faz eco do comunicado da Protecção civil, que se transcreve na íntegra, para que possamos reflectir sobre o assunto.
A Vila de Óbidos é indubitavelmente um dos ex-libris de Portugal,
por tudo o que foi e pelo que tem sido ao longo dos anos.
O magnífico património que possui deverá assim ser mantido, para
que possamos manter a Vila, uma das Maravilhas do nosso País.
Para isso, cada munícipe deve participar activamente, colaborando
e cooperando na redução dos riscos, nomeadamente de incêndios
urbanos.
Assim sendo, é pedido a todos, sem excepção, a participação e o
envolvimento nesta tarefa, que é de todos, e que será,
obviamente, para todos.As medidas abaixo expostas, de auto-protecção, a serem
adoptadas, acabam por se reflectir na prevenção de riscos
colectivos e na salvaguarda de pessoas e bens.
Recomendações:
• As instalações eléctricas, no que se refere à ignição e
propagação de incêndios, podem ser um elemento iniciador
importante, ao fornecerem a energia necessária para o início
ou alimento da combustão;
• A idade e os materiais usados na construção das habitações
no interior e envolvente da Vila de Óbidos assumem-se como
um risco acrescido em caso de incêndio
• A correcta escolha das características das instalações
eléctricas em função do risco de incêndio, em conjunto com a
adequada utilização dos dispositivos de protecção contra
sobrecargas e curto-circuitos, bem como a realização de
manutenção por profissionais qualificados, contribui
claramente para a redução desse risco;
• Nos quadros eléctricos devem ser utilizados aparelhos
diferenciais de média sensibilidade, para protecção das
sobrecargas e curto-circuitos, tal como os disjuntores em vez
dos desactualizados fusíveis;
• Manter as instalações eléctricas em bom estado, garantir
ausência de maus contactos, evitar a sobrecarga de circuitos
eléctricos, não ligando demasiados aparelhos na mesma
tomada e não utilizar equipamentos eléctricos ou
electrodomésticos deficientes, são medidas defendidas;
• Para alteração ou manutenção na instalação eléctrica deve-se
recorrer sempre a profissionais qualificados.
Cuidados a ter com a instalação eléctrica:
• Verifique se a instalação eléctrica está executada de acordo
com as normas vigentes;
• Evite sempre sobrecargas nos circuitos;
• Não ligue muitos aparelhos na mesma ficha;
• Quando tiver necessidade de ligar um aparelho a uma
extensão, certifique-se que a potência do aparelho não excede
a da extensão;
• Nunca passe fios eléctricos por debaixo de portas, alcatifas,
carpetes ou tapetes;
• Verifique se os vários componentes eléctricos estão em bom
estado – não existem fios descarnados, tomadas ou
interruptores partidos, etc.
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