segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Afinal, em que é que ficamos?

Em resposta à falta de actuação da Autoridade da Concorrência, o Automóvel Clube de Portugal (ACP) divulgou hoje um estudo onde se apontam diversas medidas para fomentar a concorrência no mercado dos combustíveis.
O referido estudo sugere “a separação das actividades da produção e importação, da armazenagem, do transporte e da distribuição, para aumentar a concorrência.” A Associação das Empresas Petrolíferas (APETRO) já veio criticar as medidas propostas pelo ACP, sublinhando não fazem sentido uma vez que não existe concertação, tal como o demonstrou a Autoridade da Concorrência.
Independentemente do estudo do ACP merecer ou não grande credibilidade, tal vem revelar o total descrédito em que caiu a Autoridade da Concorrência. Num assunto que tanto afecta os bolsos dos portugueses, a Autoridade não conseguiu encontrar quaisquer respostas. E, sobretudo, não convenceu. Se calhar era tempo do poder político começar a reflectir seriamente sobre o que fazer com uma Autoridade cada vez mais fragilizada e quase sem legitimidade aos olhos da opinião pública.

5 comentários:

Anónimo disse...

Antes de avançarmos com opiniões, talvez possamos antes pensar: será que o Governo tem mesmo algum desejo que os combustíveis baixem...???

O aumento de constante dos combustíveis, é a unica maneira que o Governo tem de poder continuar a "fazer das suas"...sem ter que aumentar outros impostos...!!!
E já se deve ter arrependido de ter baixado o IVA...sempre era mais um por cento, sempre que os aumentos chegassem...!!!

Maximino

Anónimo disse...

Não há mails, telefonemas, fax's ou qualquer outra forma de contacto entre gasolineiras para combinar preços. O que deverá estar a passar-se, à semelhança de negócios de outros ramos, é que quando uma gasolineira sobe o preço dos combustíveis as outras sobem também. Quando uma desce as outras são obrigadas também a baixar.
Para isto não é necessário combinar. Basta ver um noticiário que ficamos a saber como se movimenta a concorrência.
Como é que se consegue provar cartelização?

Anónimo disse...

Manuel Sebastião (aquele que comprou uma casa ao ministro Manuel Pinho, ao que dizem, sem contrato promessa nem escritura), elucidou hoje, no Parlamento que demora cerca de 1 mês para que os preços dos combustíveis reflictam as oscilações do preço do barril do petróleo.
O amigo de Pinho deve ter feito a média: é que quando se trata de subir o preço demora muito menos - mas quando já é para descer o período de tempo parece-me ser bem maior…

Anónimo disse...

Quando muitos portugueses se manifestaram desconfiados com as práticas das petrolíferas na fixação dos preços dos combustíveis o Governo encomendou um estudo à Autoridade da Concorrência. Com base neste estudo as petrolíferas foram ilibadas.

Agora que o ACP pede a intervenção de Bruxelas o presidente da AdC vem dizer que o estudo estava incompleto e que vai ser aprofundado. Ora, se o estudo estava completo porque razão foram divulgadas conclusões e porquê só meses depois a AdC decide completá-lo?

A AdC perdeu toda a sua credibilidade se é que algum português ainda confiava nesta instituição.

Anónimo disse...

As Petrolíferas andaram a subsidiar o Estado durante anos e anos.
Os Bancos andaram a ganhar dinheiro durante anos e anos, e a pagarem impostos de treta.
Agora que a crise está instalada, as Petrolíferas têm de continuar a subsidiar o Estado, para este subsidiar o que já subsidiava, MAIS os Bancos!!!!