quinta-feira, 3 de abril de 2008

O blá blá dos 14% ou 13%

O presidente da Câmara, Telmo Faria, deu o mote, ao destacar os “13% do orçamento que é gasto na cultura pelo município, longe do 0,4% nacional”. O autarca, que assumiu que “Óbidos vive economicamente e cada vez mais socialmente da cultura”, considerou-a “uma alavanca que dá riqueza e felicidade às pessoas”.
Telmo Faria anunciou depois a intenção de concretizar aquilo que designou “plano de metas para transformar Óbidos numa indústria criativa”, um projecto que começa nas escolas e integra redes de equipamentos, como uma sala de Teatro e Ópera, desenvolve incubadoras de artes, para lançar carreiras e fazer nascer projectos de jovens talentos na saída da faculdade, e cria “habitações criativas”, com preços preferenciais para artistas. (Aqui a noticia)
O blá blá dos 14% ou 13% corresponde a um investimento de três milhões de euros por ano na área cultural. Foi isso que o senhor Presidente disse numa recente entrevista à Gazeta das Caldas.
Será que alguém sabe indicar a percentagem de cada blá blá… fazer esse exercício contabilístico e apurarem-se todas as parcelas (culturais) até aos três milhões de euros?
Ou de uma maneira mais simples, dividindo os tais 13 ou 14% pelos eventos culturais, quanto custa:
Festival de Ópera;
Grandes Concertos da Semana Santa de Óbidos;
Maio Barroco – Temporada de Música Clássica;
Mercado Medieval;
Espectáculos de Dança;
Festival de Teatro;
Temporada de Cravo;
Festival Internacional de Chocolate;
Vila Natal (se faltou algum as minhas desculpas).
Seria interessante os munícipes conhecerem os números da tal “alavanca que dá riqueza e felicidade às pessoas”.

10 comentários:

Anónimo disse...

Esta coisa das percentagens não está nada clara.

Anónimo disse...

Afirmar que o Festival do Chocolate, e a Vila Natal são eventos culturais, só como anedota...!!!

Dizer que a percentagem do Orçamento, para a Cultura é de 13%, é uma maneira de 'esconder' os prejuizos gigantes, provocados pela Óbidos Patrimonium, então no inicio, os eventos não eram justificados, como criadores de receitas, para pagar as despesas com a Cultura, se o Presidente tivesse feito aquilo que prometeu, então a percentagem do Orçamento da CMO, para a Cultura, seria 0%, já que as receitas da Óbidos Patrimonium, deveriam cobrir as despesas...!!!

Anónimo disse...

Maio Barroco ou Maio clássico? Já agora que falam tanto em cultura que dê-em o nome certo às coisas, ou é Barroco ou é Clássico.
A temporada do cravo é outra anedota como aqui já foi dito, o tal cravo que não precisa de afinador.
Era interessante que as pessoas que organizam as coisas soubessem minimamente do que estão a falar.
Quanto á Vila Natal-já em preparação e ao Festival do chocolate será o costume. Leram o post do PS sobre os eventos? mas que importância isso pode ter o que importa é que se fale, que venha o povo, que se "cultive" o povo. Uma grande ALAVANCA para controlar o povo isso é que é.
Com papas e bolos se enganam os tolos, neste caso com festivais e festas se partem as testas.

Anónimo disse...

Boa!

Anónimo disse...

Na Gazeta das Caldas de 04/04/2008

Gostariamos de ver colocado um Post no alegadamente isento Óbidos Made In-2510

"...A vinda de um governante à região é sempre motivo de regozijo e Zé Povinho costuma saudar os eleitos que se dignam arribar às Caldas e ao Oeste. Mas o passeio relâmpago que o senhor secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, fez a Alcobaça e à Nazaré três dias depois da vinda do primeiro-ministro e do ministro das Obras Públicas a Leiria, causa-lhe as maiores apreensões pelo que a mesma representa de mal disfarçado eleitoralismo.
Ora se o ministro da tutela já tinha vindo anunciar a construção de estradas, por que razão teria de vir o seu secretário de Estado três dias depois anunciar mais do mesmo?
Ainda por cima não passou despercebido todo o show off que lhe estava associado. Para começar o porquê de duas apresentações separadas por 12 quilómetros para dizer exactamente a mesma coisa. Ou melhor, numa lia-se “Aproximar Nazaré” e na outra lia-se “Aproximar Alcobaça”. E depois os cenários do écrans de plasma e as meninas fardadas das agências de comunicação e eventos a dar um ar cosmopolita à coisa. Será que é necessário que o contribuinte pague estes espectáculos só para ouvir falar das concessões? Será que os anúncios de promessas já merecem tanta festa rija como se fossem uma inauguração?

Zé Povinho lamenta essas luzes todas e faz ainda a seguinte reflexão: há anos que todos pedem a modernização da linha do Oeste, mas em três dias vêm o primeiro-ministro, o ministro das Obras Públicas e o secretário de Estado das Obras Públicas anunciar mais alcatrão e nem uma palavra sobre o investimento no caminho-de-ferro que serve os oestinos."

Anónimo disse...

Para o comentarista anterior digo que o Governo está agora a fazer um bocadinho do que a Cãmara de Óbidos vem fazendo: muita propaganda.
Será Telmo Faria um dos novos assessores de imagem do Governo?

Anónimo disse...

Em propaganda o Telmo é o maior!!!

Anónimo disse...

Falam, falam, falam mas eu não os vi fazerem ainda nada por Óbidos, nem antes nem depois do TF. Ora se fossem plantar couves...

Anónimo disse...

Lá fazer fazem, não podemos dizer que não têm feito nada, têm feito bastante, mas não é por Óbidos, não é para salvaguardar Óbidos. É a politica do sucesso, do ser visto, das novelas e das estrelas apagadas, do mau gosto ou da ausência do mesmo. E Óbidos que aguente!

Anónimo disse...

e blá bá e blá bá e blá bá!