domingo, 20 de setembro de 2009

Uma em três

Por cá todos cumpriram a Lei da Paridade que foi aprovada em 2006 e prevê uma representação mínima de 33,3 por cento de cada um dos sexos nas listas, que não podem ter mais que dois candidatos do mesmo sexo seguidos.
Este ano de eleições europeias, legislativas e autárquicas, a Lei da Paridade submeteu-se a um intenso teste de aplicabilidade na arena política nacional.
De que forma a entrada em vigor desta Lei está a contribuir efectivamente para atrair mais mulheres para a vida política? Qual o verdadeiro impacto desta Lei na promoção da paridade entre homens e mulheres? O que sentem as mulheres perante a Lei da Paridade? Trata-se de uma oportunidade para as mulheres manifestarem o seu talento político ou de um presente envenenado que se vira contra as próprias mulheres, fazendo supor que são escolhidas e convidadas para integrar as listas simplesmente por serem mulheres? A escolha das mulheres para integrar listas parte do crescente interesse das mesmas em se envolverem e comprometerem com a política e/ou de um poder de decisão político maioritariamente masculino, que se limita a cumprir a Lei? Será este ano eleitoral uma excelente oportunidade para provocar a necessária mudança de mentalidade da sociedade sobre o papel da mulher no mundo político, contribuindo para erigir uma verdadeira democracia paritária? Queremos acreditar que a Lei da Paridade é um instrumento legal fundamental no combate à sub-representação feminina no universo político, fomentando o aumento da participação activa das mulheres na vida política. Esperemos que a Lei da Paridade não se resuma apenas ao cumprimento de “estatística partidária” e implique uma transformação no olhar para a mulher como protagonista da decisão política, contribuindo assim para a construção de uma efectiva igualdade de género, essencial ao funcionamento equilibrado, justo e democrático da sociedade portuguesa.

7 comentários:

Anónimo disse...

Nestes primeiros anos só dessa forma, mesmo que imperfeita, é que as mulheres terão, na realidade, verdadeiro acesso à política. Esta é uma coutada do macho ibérico e este não quer ceder espaço pois sabe que, mais tarde ou mais cedo, terá de ceder o seu lugar.

Aliás, quem andou ou anda pela política sabe que só com quotas se vai lá. Serão precisas quotas para as mulheres, quotas para a maralha na casa dos vinte, outras para os trintões e uma outra, pasme-se, para os quarentões. São precisas quotas para arrumar com 2/3 dos cotas. Juntem ainda ao pacote a limitação de mandatos.

Em Portugal, infelizmente, renovação só à força.

Anónimo disse...

NOS VAMOS GANHAR !!!

VAMOS VOTAR PS !!!

Anónimo disse...

Não costumo concordar com discriminações positivas, porque não deixam de ser discriminações ... mas neste como noutros exemplos, podem ser as únicas formas de corrigir problemas e distorções no sistema. Pode ser que assim, os partidos se preocupem mais em criar condições mais favoráveis à participação de mulheres na política, e que a entrada de mulheres torne a política mais interessante... No início, talvez seja ou pareça tudo um pouco forçado ... mas com o passar dos anos, quem sabe ... as coisas efectivamente mudem para melhor ...

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=OlW6pvWBpoM&feature=related

Anónimo disse...

Eu quero é pessoas competentes. Não quero saber se são brancas, pretas, azuis ou cor de rosa. E interessa-me pouco saber se têm uma pilinha ou um pipi.

Anónimo disse...

Eu também quero pessoas competentes. É precisamente esse o problema.

Se apenas 10% dos deputados são mulheres e 50% da população é feminina, isto quer dizer que há menos mulheres competentes que homens? Eu não concordo com isso.

Há mais mulheres em licenciaturas do que homens, mas isto não se está a reflectir no sistema político.

O que é grave, e se nos primeiros anos parece "forçado" - mas seria forçado *junto* dos partidos políticos.

Em poucos anos deixaria de ser necessário.

Que partidos são este que têm discriminado as mulheres – e dizem-se democráticos.

Anónimo disse...

Dizem alguns: nós vamos ganhar e referem-se nesse caso ao PS. Pode ser que não tenham sorte nenhuma é que as pessoas têm memória e ainda não esqueceram o pouco que tiveram nos 22 anos de governo chuchalista. O povo vai escolher quem merece, ou seja: quem sabe fazer um Óbidos melhor.E por isso vai votar PSD. E não se iludam, já todos descobriram que a maior parte dos comentários ordinários que são colocados, têm como autores pessoas ligadas ao PS e CDS para queimar o PSD