sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Toca a aproveitar antes que acabe…

Finda a Legislatura, os deputados da Assembleia da República que deixam de o ser, vão receber um subsídio de integração no montante de um vencimento/mês por cada semestre de funções. Não está em causa as pessoas citadas, porque é a lei que o determina, mas não se entende esta lei. Porque motivo os senhores deputados hão-de usufruir de um vencimento como políticos, que nunca conseguiriam usufruir se desempenhassem as profissões para o qual estão habilitados? De qualquer forma, valha-nos isto: o tal “subsídio de reintegração”, mordomia que mais nenhum trabalhador usufruiu, foi extinto por Sócrates em 2005, funcionando contudo um regime de transição que cessa agora. Da extensa lista publicada no “Correio da Manhã”, 18 ex-deputados pediram a subvenção vitalícia e 50 ex-deputados que solicitaram subsidio de integração. Destes sobressaem os nomes de duas Governadores Civis - pediram este apoio financeiro para a reintegração na vida civil após terem cessado funções de deputadas, em meados de Outubro, mas depois foram nomeadas governadoras civis, cujo cargo assumiram no final de Novembro e também um ex-deputado muito activo em Óbidos.

7 comentários:

Anónimo disse...

Não é moralmente nem politicamente aceitável a acumulação de pensões por parte de políticos, nem subsídios de integração.

Anónimo disse...

Eu não tenho nada contra quem recebe uma pensão mesmo elevada se tiver descontado para ela, como se exige a qualuer trabalhador comum.
No caso dos políticos, todos sabemos que são usufrutuários de leis cozinhadas por eles mesmos, que levou a que compusessem as leis a seu favor.
É indecente o tempo exigido a "um normal" para ter direito à aposentação e a "um iluminado"...
No caso dos políticos para que existisse justiça, deveriam descontar durante o tempo em que exercem activamente a política e se saissem da mesma, sem ter ainda os anos de serviço que se exigem aos outros ciddaãos, retornariam ao seu trabalho anterior (ou arranjavam novo...) onde continuariam a descontar...(alguns até poderiam ter direito a estágios de aprendizagem de uma profissão qualquer...por nunca terem frequentado o mercado de trabalho e nada mais saber fazer...nem politica..)

Quando atingissem a idade da reforma (com o mesmo tempo dos outrs...) passariam a essa situação, auferindo a média da reforma em função dos descontos praticados nas diversas situações...
Esta parece-me, seria uma maneira justa de não haver neste País...filhos e enteados...!!!

Mas ...quem os convencerá de que são feitos da mesma massa do comum dos cidadãos e não deverão por isso ter regalias que nalguns casos são perfeitamente indecorosas...?

Maximino

Anónimo disse...

Como é que os nossos idosos que trabalham uma vida inteira, tem uma reforma miserável, e estes senhores, com 12 anos de serviço (já bem remunerados!), se permitem receber uma reforma milionária para o resto da vida? Quando não a acumulam com os salários e pensões que recebem de outros cargos exercidos, como acontece na maioria dos casos!

Como é que este país há-de avançar, se são os próprios dirigentes que o arrastam para trás?

Anónimo disse...

Este tempo é de uma geração de políticos viciados em chão polido, resorts e autogovernança. Políticos que não percebem a diferença enorme entre congelar um vencimento de 3000 euros e congelar um vencimento de 500 euros!…
E com eles no poder, vamos continuar a fazer marcha-atrás. Eles vão pisar os direitos adquiridos e vão acelerar o retrocesso no respeito pela dignidade da pessoa humana.
Para eles, vão continuar a existir reformas com majoração da contagem do tempo de serviço; para os outros, vamos continuar a caminho da reposição da velha estória dos nossos bisavós: trabalhar sem limite de horário e trabalhar até morrer.

Anónimo disse...

Aliás esta história das reformas escandalosas é uma questão que indigna e revolta muita gente, com toda a razão. É uma questão inexplicável, condenável, que já devia ter acabado, a que se deve por fim urgentemente, fixando um limite máximo, PARA TODOS, em função do valor mínimo das reformas.
Mas não são os beneficiários das reformas que são culpados (mesmo que tenham colaborado com as regras de que beneficiam, nenhum deles poderia tê-lo feito sozinho); quem é culpado é o Governo e o Parlamento que continuam a ignorar a questão e a assobiar para o lado, enquanto o erário público se esvai sendo extorquido de todo esse dinheiro usado para "recompensar" o mau desempenho destas pessoas que ajudaram a afundar o país. Em vista da situação desastrosa que o País vive, não há ninguém que possa invocar merecer reformas escandalosas que estão a comprometer ainda mais o futuro das actuais novas gerações, já tão penalizadas pela desastrosa actuação de toda essa gente...

Anónimo disse...

Quanto será que aparece alguém com coragem suficiente para acabar definitivamente com as enormes mordomias e privilégios dos deputados e com as pensões em duplicado e triplicado que muitos ex-deputados recebem? E quando põem fim às pensões milionárias de administradores bancários e gestores públicos, só para falar destes? É vergonhoso explorar quem tem salários baixos e pensões de miséria; é quase impossível viver com um mínimo de dignidade, quando o Estado dá o mau exemplo de um grande gastador. Os carros de luxo e de alta cilindrada é um dos muitos exemplos de um Estado gastador que só pensa em si próprio.
Os portugueses só agora acordaram para estas coisas? Para estes exemplos de ordenados e reformas escandalosas que os políticos beneficiam? É preciso cortar a direito nestes tachos.

Anónimo disse...

Então o Sr. Presidente da AM de Óbidos, também precisa de apoio financeiro para a reintegração na vida civil?!