domingo, 25 de maio de 2008

E você, vai aderir?

Aproveitando a excelente Tshirt d´Adesenhar, seguindo o recado do Jumento e a proposta da Barbearia do Senhor Luis, passo a transcrever a proposta blogoesférica de boicote ás grandes empresas petrolíferas:
"Mais uma vez, e depois de tudo o que se tem dito, a GALP decidiu aumentar mais uma vez os preços dos combustíveis num jogo incrível de arrogância para com os consumidores e de pressão sobre o Estado (todos nós) para abdicar de parte dos seus rendimentos a favor dos interesses da GALP.
Como o Jumento diz há que centrar, por tempo indefinido, o boicote a cada um dos grandes pois só assim se conseguirá dar resposta à prepotência.
Um boicote total à GALP poderá fazer a GALP perceber que estamos fartos da armadilha que nos está a montar. Se o Governo não consegue fazer frente a esta gente é a vez dos consumidores agirem em defesa dos seus interesses.
O desafio fica feito e há que multiplicar a ideia ...!
Enquanto a GALP não baixar os preços responderemos radicalmente e, já a partir de hoje, passemos a bomba da GALP. Certamente haverá perto outro fornecedor que, mesmo que esteja a praticar política semelhante, fica igualmente avisado que a seguir lhe será aplicada medida igual."
Postos com combustível mais barato. (Aqui para saber mais)
E você, vai aderir?

11 comentários:

Anónimo disse...

Com a maior rede de retalho, num total de 1.025 estações de serviço, a Galp tem sido o alvo nos últimos dias de um apelo, via SMS e e-mail, ao boicote. Tudo devido aos aumentos sucessivos dos preços dos combustíveis. Só no caso da Galp o boicote a todas as estações representa uma quebra de vendas de 13 milhões de euros/dia, noticia o Semanário Económico.

Anónimo disse...

A comissão executiva da GalpEnergia tem sete elementos , incluindo o seu presidente, Ferreira de Oliveira. Os administradores que fazem parte daquele órgão (responsável máximo pelo dia-a-dia da petrolífera) ganharam no ano passado 3,3 milhões de euros em salários (remuneração fixa mais uma componente variável).


Isto significa que em média cada executivo levou para casa mais de 480 mil euros, o que dá, 1315 euros por dia, uma quantia que permite atestar qualquer depósito sem a mínima dificuldade, mesmo com o litro de gasolina nos preços galopantes.

- A propósito de Galp, existe um desaguisado entre administradores, que provocou o 'engano' na subida dos preços.

Anónimo disse...

Revendedores lançam apelo a Cavaco Silva

A Galp subiu este fim-de-semana, pela 18ª vez, o preço dos combustíveis. A Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC) admite fazer um abaixo-assinado a pedir a intervenção do Presidente da República na escalada dos preços. A BP não segue, para já, a subida.


"Se o Presidente já está sensibilizado para o problema e ouviu o secretário-geral da OPEP dizer que o negócio está maluco, que não há falta de petróleo e que não se justificam preços destes – fruto da desvalorização do dólar e da especulação –, temos de pedir a alguém com estatuto moral reconhecido pelos portugueses que ponha cobro a isto", diz Augusto Cymbron, presidente da ANAREC. "Em vez de as pessoas promoverem um boicote às petrolíferas [BP, Galp e Repsol], que vai apenas prejudicar os revendedores, devem pedir a intervenção do Presidente da República", afirma Cymbron, adiantando que poderá ser a própria ANAREC a "abrir na internet o abaixo-assinado".
Para a ANAREC, Cavaco Silva pode pedir "bom senso" a quem tem responsabilidades, entre os quais "o ministro das Finanças, o ministro da Economia e o presidente da Galp", Ferreira de Oliveira.
"Estarmos a falar de 130 e 135 dólares por barril é pura especulação, é enganar os contribuintes e temos de dizer basta", adianta.
Recorde-se que o Governo pediu um estudo à Autoridade da Concorrência para verificar se existe cartelização no sector. As conclusões serão enviadas ao Parlamento no final do mês.

ENGANO DA GALP CONFIRMA-SE
Na última semana, um e-mail interno confirmava a subida do preço dos combustíveis da Galp. No dia seguinte, apesar de a informação ter sido encaminhada a alguns revendedores, a empresa veio prontamente desmentir o aumento, justificando o erro como uma "falha de comunicação".
Este fim-de-semana, a Galp acabou por aplicar na prática aquilo a que, 48 horas antes, apelidou de "engano" e concretizou a 18º subida no preço dos combustíveis: o litro da gasolina 95 custa agora 1,49 euros e o da 98, 1,63. O gasóleo, com um aumento de 3 cêntimos, chega aos 1,41 euros.
À LUPA
SUBIDA MANTÉM-SE
A maioria dos analistas contactados pela Bloomberg acredita que o preço do barril de petróleo vai continuar a subir até ao final do mês.
APELO AO BOICOTE
O e-mail e os SMS têm sido a forma de protesto escolhida pelos consumidores contra a subida de preços. A mensagem é simples: o apelo para que ninguém abasteça na Galp, BP e Repsol.
BARRIL BATE MÁXIMOS
Na última semana, o preço do barril de petróleo ultrapassou a barreira dos 135 dólares em Nova Iorque e os 134 dólares em Londres.
FECHO DE POSTOS
O presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, já admitiu a possibilidade virem a ocorrer fechos de postos de abastecimento se se mantiverem as subidas de preços.

Hoje no “Correio da Manhâ”

Anónimo disse...

Bem, a minha especialidade não é certamente na área dos combustíveis.
Mas expliquem-me lá, para ver se eu entendo esse "enorme prejuizo" se acaso deixarmos de abastecer nas bombas da Gapl...
Para já, acrescento que desde que a gasolina é vendida no Leclerq e no Inter Marché, nunca mais abasteci na Galp ou noutra marca qualquer...

Mas a minha dúvida deriva do seguinte...:
Segundo creio, a empresa abastecedora dos postos que referi...é a Galp, por isso, mesmo que ninguém se abasteça nos postos Galp, a empresa continuará a vender a maior parte da gasolina que se gastar em Portugal nos outros postos "independentes"...
Daí que o prejuizo resultante, seja apenas o proveniente da margem de lucro que é dada aos concessionários...
Estarei a ver mal o problema...???

Para mim, nesta situação e pondo de parte a hipótese de o Governo poder intervir no preço das gasolineiras e parece que não pode, a única hipótese seria mesmo a de baixar a taxa do imposto...

O Governo fez um Orçamento de receitas no que respeita aos impostos sobre os combustíveis, baseado na taxa actual o que daria uma provisão de receita X...com o aumento dos combustíveis e uma vez que o imposto não é fixo, apenas a taxa o é...o Governo passou a arrecadar imposto muito acima da previsão e sendo assim, passou a dispôr de uma margem de manobra, que lhe permitiria certamente aliviar a taxa e dar uma ajuda fundamental na economia dos cidadãos...baixando a taxa de maneira a continuar a arrecadar o imposto que Orçamentou ...
Mas isso o Governo não faz... e não faz, porque não lhe devem interessar mesmo nada...os problemas que estão a sufocar a maior parte dos cidadãos...

O que o Governo deve estar...é a esfregar as mãos de contente a cada aumento, pois isso vais fazer engordar as suas receitas...e o povo, que se amanhe...!!!

E já agora quase podíamos fazer um jogo, para tentar adivinhar...que cargos irão ocupar na Galp e noutras Empresas Públicas...os actuais governantes...quando sairem do Governo!...

Não deverei estar muito enganado, ao supor que vão fazer companhia aos que os antecederam...!!

Maximino

Anónimo disse...

Já agora desculpem-me, mas transcrevi do Semanário o Sol online esta informação do Sr. Ministro da Economia Manuel Pinho


"...Quanto ao peso da fiscalidade, Manuel Pinho considera que em Portugal os impostos sobre os combustíveis “estão em linha” com a média europeia e que apenas Espanha tem das cargas fiscais mais baixas..."

Já agora apetecia-me perguntar ao Sr. Ministro, se os ordenados da generalidade dos portugueses, também "estão em linha" com os dos cidadãos desses países, que lhe servem de bitola...

Será que não basta já...de quererem fazer de nós uns tótós...???

Maximino

Anónimo disse...

Sr. Maximino eu também abasteço nos postos dos Hipers. Mas segundo o Semanário Económico a Galp tem a maior rede de retalho, num total de 1.025 estações de serviço. Segundo o mesmo artigo no caso da Galp o boicote a todas as estações representa uma quebra de vendas de 13 milhões de euros/dia, provavelmente será o prejuízo na margem de comercialização mas fundamentalmente os custos fixo de manutenção desses postos de revenda.

Anónimo disse...

Ao invés do que demagogicamente sugere o senhor Primeiro-Ministro, controlar a escalada de preços dos combustíveis não é favorecer os ricos, em detrimento dos que não têm automóvel. Os engenheiros sabem, e o senhor Primeiro-Ministro que é engenheiro também sabe, que os ricos sempre terão dinheiro para pagar combustível por mais oneroso que seja o seu custo. Quem não tem, e cada vez menos terá, são aqueles milhões de portugueses que sentem dificuldade em chegar ao fim do mês com as contas pagas e a barriga confortada. Esses, sem demagogia, são as principais vítimas dos preços exibidos na bomba mais próxima...

Anónimo disse...

Critica no mínimo caricata, tendo em conta que sendo Sócrates o braço direito de Guterres e tendo sempre feito parte dos seus sucessivos governos, nunca manifestou qualquer discordância relativamente à politica energética do seu padrinho politico.
O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu esta segunda-feira que o Governo não cederá «à tentação de facilitismo» que levou ao congelamento dos preços dos combustíveis no passado.

«Esse não é o caminho correcto», frisou José Sócrates, no final do Encontro Compromisso com a Inovação, que decorreu hoje em Lisboa.

«Este não é o momento para ceder nem à demagogia nem à facilidade. Um governo responsável não o pode fazer, deve sim ajudar quem mais precisa e foi o que fizemos», sublinhou o primeiro-ministro.

«O efeito do congelamento dos preços dos combustíveis foi muito negativo quer nas contas públicas quer nos sinais erróneos que se deram aos agentes económicos», concluiu José Sócrates.

Anónimo disse...

Mas alguém tem dúvidas que as gasolineiras, cimenteiras, energéticas, banca etc... funcionam em cartel? Basta apenas olhar para os lucros fabulosos que todos estes sectores de actividade obtêm e depois comparar bem com a seguinte citação de um gurú da economia " Em concorrência aberta a margem de lucro é igual a zero " Expliquem-me por favor onde é que está a concorrência. Se mesmo assim não acreditarem façam o seguinte raciocínio: Nós o zé povo todos em conjunto não metemos combustível nos nossos carros durante uma semana, com o dinheiro que não gastamos criamos um fundo de milhões de euros, com esse fundo, fretamos navios tanques, vamos ao mercado internacional de refinados, e compramos gasolinas e gasóleos, pagamos os ISPS, distribuímos os produtos através da rede de distribuidores independentes. Seguramente que através desta acção, e pagando todos os impostos fazendo tudo direitinho, resultaria que o preço final para o consumidor que somos todos nós, seria uma agradável surpresa. A única pergunta que se coloca é: que imposições legais é que nos seriam impostas para que tal acção não fosse possível. Seguramente que só a ADC é que não sabe que não há concorrência.

Anónimo disse...

É claro que o Governo não deve intervir artificialmente no preço dos combustíveis, que horror! Essa é uma competência exclusiva dos especuladores internacionais e nacionais.

pvnam disse...

Projecto de Interesse Nacional

---» Toda a gente sabe que existe muito 'boa gente' que se infiltra nos governos... com o objectivo de realizar negociatas para amigos.
---» Os infiltrados são difíceis de controlar... no entanto... a sociedade civil pode (e deve) controlar as negociatas!

---» De facto, o conceito «Projecto de Interesse Nacional» não pode servir apenas para que amigos... tenham acesso a áreas protegidas (vulgo reservas naturais)!
---» Isto é, COMBATER A ROUBALHEIRA deve ser considerado um Projecto de Interesse Nacional!




UM EXEMPLO: o preço da gasolina

Em 2002 um barril de petróleo custava 70 dólares , o que equivalia, grosso modo, a 77 Euros; hoje ele custa (cerca de) 120 dólares - o que equivale, sensivelmente, a 77 Euros!
No entanto, se compararmos o preço da gasolina em 2002... com o preço da gasolina de hoje...

---» O combate contra os especuladores deve ser feito, não através de acções conjunturais (um exemplo: a manifestação corporativa dos pescadores...), mas sim, através de acções estruturais; um exemplo: a sociedade civil não pode permitir que os bens de primeira necessidade fiquem à mercê de especuladores... consequentemente... as refinarias devem ser NACIONALIZADAS!
---» De facto, em oposição aos lucros escandalosos dos especuladores, com uma gestão pública adequada, será possível que as refinarias dêem LUCRO (sim lucro!)... mesmo que... exista uma redução substancial no preço da gasolina!
{ nota: para produtos de primeira necessidade -> o conceito de combater a ROUBALHEIRA... com lucro... não se deve restringir ao preço da gasolina }


P.S.
Eu já disse isto 'n' vezes: os montes de idiotas úteis que andam por aí, que abram os olhos duma vez por todas: o CAOS... proporciona oportunidades que os Capitalistas Selvagens adoram aproveitar...