terça-feira, 30 de setembro de 2008

Dinossauros da politica

A política deveria ser por vocação, e não por profissão, acontece que a maioria dos nossos parlamentares são políticos por profissão deputados por categoria, o que desvirtua e chegamos ao ponto que estamos. Descontentamento, descrença.
Temos um parlamento onde se encontra deputados com mais de 10 ou 20 anos na sua cadeira confortável.Talvez por isso, e não só, temos tão maus deputados, pois encontram -se agarrados ao lugar e por vezes sentem-se superiores e afastados da realidade, quando não uns meros joguetes das cúpulas.
Há pessoas honestas e não querem entrar na politica , simplesmente pelo lamaçal existente e não é por uma Questão de dinheiro (isso apregoa o profissional) mas porque são pessoas com vontade própria e querem exercer essa função por gosto, com sentido de estado e de servir o próximo, com verticalidade e não subserviência partidária, ter voz e alma própria, e para muitas cúpulas não interessa, o importante é o servilismo mesmo que medíocre.
Veja-se o limite de mandado para o Presidente da Republica, existe, assim como para os presidentes de câmara, mas não existe limite para deputados e porquê?
Ora a habituação e viciação e tudo aquilo que os próprios disseram quando por exemplo no limite para as autarquias, (como é costume dizer-se, fazei o que eu digo, não fazei o que eu faço), e então estão agarrados ao lugar, e o que é valido para os outros não querem para eles.
Faça-se igualdade, que as leis e princípios seja igual para todos, (pois é depois lá se perdiam o tacho e as mordomias, a reforma que pode ser acumulada com outros privilégios é só para alguns, os senhores parlamentares.
O nosso sistema parlamentar tem de ser urgentemente alterado.
Os deputados do partido no governo não estão ali só para apoiar e dizer sim ao governo, a função deles é fiscalizar, alterar, corrigir, independentemente de ser ou não o seu partido.
Outra situação (lirismo) porque não se cria uma lei que obrigue os partidos a cumprir, o seu programa eleitoral e o seu programa de governação deveria estar em conformidade e ser executado, Competiria ao Presidente da Republica também democraticamente eleito ser o fiel zelador desse cumprimento.Quem promete cumpre.
Renove-se os quadros políticos, ouve-se falar muito, faz-se pouco.
Assim temos caquécticos, dinossauros, maus deputados, entram mudos saem calados, servem para fazer número do partido, sem pensamento próprio, sem ideias, e sem defender os seus eleitores, mas profissionais da política, mais deputados, assim não fiscalizam os governos, o que permite a estes fazerem pura e simplesmente o que entendem, mesmo que descurem os princípios ideológicos (será que ainda existem?) e o seu programa eleitoral.
Para que serve a politica e um parlamento onde muitas das vezes só se trata o supérfluo em discussões por vezes estéreis em vez de se tratar do fundamental. O bem do país e do cidadão.
A falta de verticalidade e honestidade de muitos políticos é uma nódoa negra na democracia, e só leva á descrença do cidadão em qualquer país civilizado.
Haver eleições não é sinonimo de democracia, como muitos apregoam, no tempo de Salazar, havia também eleições, Hitler, também foi eleito, na América Latina e em Africa, em que muitas nações as eleições são tão democráticas como no tempo do fascismo, ganha sempre os mesmos. O jogo está viciado.
E como numa boa ditadura ou onde domina a corrupção e vigarices com tentáculos de polvo o difícil é provar. A falta de democraticidade que existe, existe.
Contributo de um leitor.

3 comentários:

Anónimo disse...

O fiscalista Medina Carreira pôs o dedo na ferida ao referir que a democracia em Portgal é uma brincadeira, porque os governos passam metade dos mandatos a tentar dar a volta às promessas que fizeram nas campanhas e a outra metade a preparar as promessas da campanha seguinte, tudo sempre em função das eleições e da defesa dos seus próprios interesses e dos interesses dos amigos. Não há ilusão quanto a isso!

Anónimo disse...

A perpetuação no poder de dirigentes políticos é um clássico digno de ser estudado. E ela existe nos mais diversos patamares da política. Local, regional e nacional. E o mais curioso é que há muitos dos de segunda linha de quem não se fala e que lá andam há anos...

Anónimo disse...

O analfabeto político, é o primeiro a alinhar nas festas e comezainas gratuitas, povoa grande parte do território nacional, e, é o suporte dos políticos incompetentes e corruptos da nossa praça.