sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O estado do SÍTIO

Não confundir estado do Sítio com Estado de sítio que é declarado quando se verifiquem ou estejam iminentes actos de força ou insurreição que ponham em causa a soberania, a independência, a integridade territorial ou a ordem constitucional democrática e não possam ser eliminados pelos meios normais previstos na Constituição e na lei.

Como é perceptível, estas “manobras” decorrem nas proximidades do Arelho. Como só dois dos candidatos à Câmara residem ou têm moradia nessa localidade, poder-se-á depreender esta manobra como dissuasora de qualquer desaguisado…

Esta “invasão” poderá ser uma atitude intimidadora e de força por parte das Caldas da Rainha, por causa dos dragados da lagoa…

Pode também ser interpretada com alguns milicianos em manifesto apoio a um “jovem miliciano de Abril”…

Alguma medida preventiva com receio que a campanha autárquica descambe…

O trauma das Invasões Francesas…

Poderá também ser a Selecção de todos nós, em treino específico, obedecendo à ordem do seu comandante "Espero que possamos fazer mais golos para esta corrida à África do Sul. A ordem é para atacar", disse Carlos Queiroz.

Tudo isto é ficção, naturalmente as pessoas já estão habituadas a estas invasões…

Mesmo que fosse real, nada, mas mesmo nada, poderia alterar o seguinte:

O dever de todos os cidadãos comparecerem no acto eleitoral é um dever cívico, mas, acima de tudo, é importante que nos lembremos de que estamos perante uma das conquistas mais valiosas da democracia – a liberdade de eleger e de ser eleito.

O acto de votar é gerador da liberdade. Que se constrói solidificando as bases da vivência sem opressão. Sem a participação, sem escolhas, caldeia-se uma opressão mascarada, branda, que vai minando a liberdade.

Quando se apela ao voto e os cidadãos, acomodados, proferem comentários como «querem é tacho», «vão trabalhar malandros», «comigo não contam» e outras tantas frases, assistimos ao desmoronar da democracia e do poder efectivo que os eleitores possuem de escolher quem muito bem entendem. É por todo este alheamento, pelo aumento da abstenção, que os políticos se instalaram e não se deu a renovação a classe política.

É preciso acabar, de uma vez por todas, com essa margem da abstenção, essa mancha negra na democracia. Os partidos fecharam-se, mas a política não começa nem acaba nas forças partidárias. O acto de votar é, também, um acto de fazer política.

2 comentários:

Anónimo disse...

Isto não é ficção, infelizmente á a realidade.
Como é possível a poucos instantes do encerramento da campanha, a candidatura Óbidos José Machado, apresentar-se como alternativa com o programa eleitoral - NOT FOUND.

Anónimo disse...

As autarquias vivem de sonhos, sonhos perigosos sem dúvida, alimentam-se de demagogia e especializaram-se na hipoteca do nosso futuro colectivo. Em cada concelho, para ser concelho, um auditório "multiusos", um pavilhão desportivo, um campo para os futebóis domingueiros, uma piscina pública, mais biblioteca, mais um gabinete de "história local" - outra fantasia - um "museu local", jornadas gastronómicas, promoção de "turismo local", promoção dos "poetas locais" duplicando em versão embotada, pequenina e provinciana aquilo que vai acontecendo na detestada Lisboa. É tudo miniatural. Não há concelho que não tenha o seu site, mais o seu webmaster, mais os "agentes culturais de animação", mais a sua "política social". O que sobreleva de tudo isto, resume-se a um só flagelo: dar emprego ao maior número possível de pessoas, afivelar clientes, espalhar a rede de envolvidos, comprometer tudo e todos.




Se, em vez das autarquias, tivessemos um corpo especializado de servidores do Estado, gestores de carreira, avaliados e punidos, fiscalizados e reportando, muita da pouco vergonha que vai fazendo os Valentins, as Felgueiras, os Avelinos, os Curtos, os Monterrosos e demais potestades jamais aconteceria. O mundo do Apito Dourado é o mundo autárquico. Os números apurados pela Transparência Internacional indiciam o resvalar do país para o barranco da corrupção endémica. Ponha-se o caro leitor na viatura, percorra os concelhos, atente na destruição dos bosques, na vandalização de edifícios históricos, no irrefreável avanço das "urbanizações", dos "campos de golfe", nas estradas que não levam a sítio algum e daí retire razões para votar, ou não votar