sábado, 24 de novembro de 2007

Faz hoje um ano

Faz hoje um ano que fortes chuvadas causaram inundações provocando danos em habitações, agricultura e em infraestruturas.

Barragem do Arnóia não evitou inundações

Devido às inundações, os bombeiros de Óbidos tiveram de proceder a uma evacuação de uma senhora de 83 anos que vive junto à vila. Houve casas inundadas também no Olho Marinho e na Usseira. A Estrada Nacional 8, junto à vila de Óbidos esteve também cortada ao trânsito, devido à subida das águas do rio Arnóia. A mesma estrada ficou também cortada no Paúl, na entrada norte do Bombarral e na Várzea da Pedra (Cintrão). Também a estrada que liga Óbidos ao Arelho esteve submersa. O mau tempo destruiu a estrada que liga Óbidos à localidade da Gracieira, assim como a ligação entre A-da-Gorda e Pinhal. Durante algumas horas os acessos a Óbidos e ao Bombarral apenas foi possível através da auto-estrada. Segundo a Câmara de Óbidos, as comportas da barragem do Arnóia estiveram abertas, com o IDRHA a fazer descargas controladas, em concertação com a protecção civil municipal. O vereador José Machado, eleito pelo PS, enviou uma carta ao secretário de Estado do Ordenamento do Território e Cidades a pedir um inquérito sobre o que se passou em Óbidos. “Tudo isto é estranho considerando a construção da barragem do rio Arnóia. Uma das razões apontadas para tal solução, que custou milhões de euros, residia exactamente numa maior e melhor gestão do caudal do rio Arnóia que tradicionalmente inundava campos nas suas margens”, comenta na missiva o autarca. O vereador suspeita que “falhou a gestão da barragem, a articulação com a Protecção Civil, a limpeza do caudal do rio e dos ribeiros adjacentes” e por isso pede o apuramento das devidas responsabilidades. Ao final da tarde de segunda-feira o presidente do IDRHA, José Canha, enviou para as redacções dos jornais um esclarecimento em que explica que a afluência de água foi de tal modo intensa que entre as 6h00 e as 15h00 as cotas na albufeira subiram de 26,76 para 29,63 metros. “Graças ao armazenamento na albufeira foi possível conter a montante desta estrutura 1,71 milhões de m3 de água que teria escoado livremente sem a sua existência”, refere, adiantando que “os níveis de cheia a jusante foram menores do que aconteceria se o rio corresse livremente”. In gazeta das Caldas

ÓBIDOS SEM ESTRADAS
O galgamento do Rio Arnóia levou ao corte por várias horas da Estrada Nacional 8, na zona junto à Vila de Óbidos e a estrada que liga Óbidos ao Arelho ficou submersa, assim como a linha férrea do Oeste. A meio da manhã de sexta-feira, as comportas da Barragem do Arnóia foram parcialmente abertas (20 por cento) efectuando desde essa altura descargas controladas. Ainda àquela hora, segundo nota divulgada pela protecção civil de Óbidos, devido a inundações em habitações nesta zona, os bombeiros procederam à evacuação de uma idosa de 83 anos. O mau tempo destruiu ainda a estrada que liga Óbidos à localidade da Gracieira, assim como a ligação entre A-da-Gorda e Pinhal. Ao longo de várias horas, o acesso à vila de Óbidos apenas pôde ser feito através da A8. CMO on-line
Em Óbidos, os Bombeiros tiveram de proceder à evacuação de uma mulher com 83 anos, que viu a água entrar na sua residência. A EN8, na zona do rio Arnóia, e junto à vila medieval, esteve cortada ao trânsito devido à subida do rio. As comportas da Barragem do Arnóia tiveram de ser abertas. CMO on-line
Protecção Civil de Óbidos Devido às más condições atmosféricas e à subida das águas do rio Arnóia, a EN8, junto a Óbidos, está, neste momento cortada (17h00 - 24 Novembro 2006). Estão ainda cortadas outras estradas e caminhos municipais, nomeadamente a que liga A-da-Gorda ao Pinhal, Óbidos à Gracieira, Óbidos ao Arelho e Vau ao Arelho. Também a elevada quantidade de precipitação na última hora fez com que a barragem do Rio Arnóia esteja, actualmente, a debitar a 30 por cento, mais 10 por cento que há duas horas atrás. São descargas controladas seguidas pelo Serviço Municipal de Protecção Civil e pelo IDRHa – Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica.
Informação acerca da barragem do Arnóia (clique aqui)
Se esta situação se repetir, as consequências serão as mesmas ou as desarticulação de hà um ano serviu para a concertação de estratégias de todas as entidades envolvidas?

5 comentários:

Anónimo disse...

Em minha opinião, poderão sempre existir cheias no futuro e é até provável que isso possa vir a acontecer face às condições climatéricas que ao que parece tendem a ter alterações sensíveis, prevendo-se grandes quantidades de precipitação numas circunstancias e noutras grandes tempos de seca extrema...
Aqui e em relação à Barragem do Arnoia (que foi construída para rega e não para controlo de cheias, embora possa em parte também servir de reguladora das mesmas...)teremos certamente um problema que é o de saber quando se deve deixar encher aproveitando todas as poucas precipitações de modo a reter o maior caudal possível, ou em alternativa mantê-la sempre vazia, para poder suster ocasionalmente uma precipitação desmesurada de chuva...e evitar uma cheia.
A mim que não sou especialista (e poucos o seremos certamente...) parece-me que a única solução será manter sempre operacionais os cursos de água que lhe servem de "descarregador", neste caso, o Rio Arnoia...
Talvez em algumas zonas, aumentar e reforçar as margens e pouco mais...
Devendo haver o cuidado de conseguir "segurar" na Barragem o maior número de metros cúbicos de água possível, poder-se-á em tempo previsivel de muita chuva, abrir atempadamente o descarregador (parece-me que foi aí que se falhou o ano passado...)para evitar "picos de cheia" aumentando episodicamente, a capacidade de retenção da Barragem por esse possível processo de esvaziamento...
As pequenas inundações no começo da época das chuvas que tantas dores de cabeça e prejuizos causam normalmente alguns, nem sempre são faceis de conseguir...
Mesmo tendo as valetas e as sargetas limpas, não é dificil que a queda de folhas (e bastam as folhas de uma noite...)arrastadas para as mesmas sirvam de tampão e daí até aos problemas, vai uma pequena margem de manobra...
Entendo que poderão ser uteis para a Sociedade a que pertencemos, a permanente chamada de atenção dos responsáveis, para em primeira instancia evitar os problemas e quando não é de todo possível evitá-los, no mínimo minimizá-los...

E já agora os meus parabéns ao autor do Forum, pela informação postada...

Um bom dia para todos

Maximino

Anónimo disse...

As coisas não se passaram, como os comunicados oficiais, querem fazer parecer...

Aqui está um excelente exemplo de como os historiadores tem um trabalho extremamente dificil, uma coisa são os documentos oficiais, facturas, recibos, etc., outra coisa, foi o que realmente aconteceu...!!!

Anónimo disse...

Sem dúvida em CMO online a inundação resume-se a meia dúzia de linhas...

Anónimo disse...

quem ficou sem casa e practicamente sem nada, não recebeu apoio algum da parte do Município, nem a presença do Sr.Presidente no dia em que aconteceu.
Isto é imoral, para além de ser politicamente incorrecto...

Anónimo disse...

Sabem queridos conterrâneos, as cheias, as catástrofes, os acidentes na muralha, as cabeças e braços partidos na pista de gelo, os carros assaltados nos parques de estacionamento pagos e com vigilante, o mercado semanal de produtos que de biológicos nada têm, não dão boas fotografias, nem reportagens onde o presidente fique bem. No dia das cheias a televisão esteve lá, mas nem o presidente nem os vereadores do PSD apareceram. Não deu geito.