segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cultura participativa

A "cultura cívica ou política" dos cidadãos, um dos pilares da gestão dos assuntos públicos, define-se como "o conjunto de crenças, sentimentos e valores que ligam os indivíduos ao sistema político". Os cidadãos podem conhecer perfeitamente os poderes públicos ou podem desconhecê-los por completo ou até receá-los. Ora, este processo, esta relação, tem três categorias: há uma "cultura paroquial" quando os cidadãos desconhecem o funcionamento da política e não sabem como são tomadas as decisões; a "cultura de sujeição" verifica-se quando os administrados sabem e compreendem o funcionamento da organização do Estado ou das Autarquias, mas não se envolvem; e a terceira categoria é a "cultura participativa", quando os cidadãos têm consciência do sistema, do seu funcionamento e se envolvem, política e civicamente, quando intervêm nos partidos políticos, nas organizações sociais, nas assembleias públicas (Câmaras e Assembleias) por exemplo.
Em consequência destes tipos de categorias, um Executivo municipal será tanto mais eficaz e com soluções mais adequadas às expectativas - e, portanto, mais respeitado enquanto instituição democrática -, quanto mais questionado, solicitado, participado pelos cidadãos. E pode dizer-se que cidadãos de cultura paroquial ou de sujeição propiciam um poder mais conservador. Mas cidadãos de cultura participativa questionam as decisões tomadas, intervêm a montante das mesmas, manifestam a sua discordância, organizam-se em protestos ou em grupos de pressão e conseguem ganhos de causa. Escusado será dizer qual é a categoria que mais interessa a uma comunidade progressista.

2 comentários:

Anónimo disse...

É preciso deixar claro que a política não é uma profissão, nem tão pouco serve para representar o interesse de poucos. A política é um serviço que deve ser prestado por aqueles que, por mérito próprio, têm algo a acrescentar à sociedade e que sabem dignamente sair quando esta premissa deixa de existir.

Anónimo disse...

Na verdade era assim que devia ser a Poítica...
Mas infelizmente e cada vez mais, o que temos é políticos profissionais, na maior parte das vezes a pensar apenas nos seus umbigos e nas suas contas bancárias...!!!

Vão longe os tempos em que os cidadãos na sua maioria se dedicavam à causa pública e a ela se entregavam....para servir...
Verdade seja que também nesse tempo, os políticos eram recrutados na sociedade civil e desta...eram os mais capazes que se dedicavam ao bem comum...
Agora...são recrutados nas jotas e entram na política como profissionais da mesma, tomando em suas mãos os interesses do povo...sem no mínimo terem passado pelo mercado de trabalho...
Deixámos de ter profissionais das mis diversas actividades dedicados à política...
E passámos a ter profissionais da política a determinar o futuro dos cidadãos...e do País...

Talvez por isso...ninguém se entenda...

Maximino

Maximino