O Conselho de Ministros divulgou hoje a lista dos 18 governadores nomeados pelo Governo, sob proposta do ministro da Administração Interna, Rui Pereira–dez são novos, enquanto os restantes mantêm-se naquelas funções. Há 13 homens e cinco mulheres.
Entre manutenções, regressos ou transferências de outros cargos públicos, esta é uma lista que praticamente não tem desconhecidos ou independentes da sociedade civil, como muitas vezes acontece com este cargos.
Três regressam a um cargo que já desempenharam, como é o caso de Fernando Moniz em Braga, Maria Serrasqueiro em Castelo Branco e Isilda Varges Gomes em Faro.
Quatro vêm da Assembleia da Republica onde foram deputados na última legislatura, sendo que em três casos, são candidatos derrotados nas últimas autárquicas. É o caso de Isabel Santos que perdeu contra Valentim Loureiro em Gondomar e agora é escolhida para Governadora Civil do Porto. Sónia Sanfona, que não conseguiu ser eleita presidente da Câmara de Alpiarça, mas vai agora ser Governadora de Santarém e Miguel Ginestal, candidato autárquico que perdeu para Fernando Ruas (julgo que pela segunda vez), ficou como Governador Civil de Viseu.
António Galamba, que vê premiado um longo percurso de militância no partido, chegando agora a Governador Civil de Lisboa.
Há ainda dois ex-autarcas - José Mota, que fica em Aveiro, e António Santinho Pacheco, que fica na Guarda - e um juiz Manuel Macaista Malheiros, que vai ser Governador Civil de Setúbal.
Coimbra, Beja, Évora, Castelo Branco, Leiria, Portalegre, Viana do Castelo e Vila Real mantêm os mesmos governadores civis.
A lista completa:
Aveiro – José Mota
Beja – Manuel Monge
Braga – Fernando Ribeiro Moniz
Bragança – Jorge Nogueiro Gomes
Castelo Branco – Maria Alzira Serrasqueiro
Coimbra – Henrique José Fernandes
Évora – Fernanda Carvalho Ramos
Faro – Isilda Varges Gomes
Guarda – António Santinho Pacheco
Leiria – José Paiva de Carvalho
Lisboa – António Galamba
Portalegre – Jaime da Conceição Estorninho
Porto – Isabel Coelho Santos
Santarém – Sónia Sanfona
Setúbal – Manuel Macaísta Malheiros
Viana do Castelo – José Pita Guerreiro
Vila Real – Alexandre Alves Chaves
Viseu - Miguel Ginestal
Em democracia devemos respeitar os cargos quando eleitos, agora… em alguns casos, o cargo de Governador civil serve para "orientar" os desempregados políticos… derrotados nas últimas autárquicas.
11 comentários:
Governadores Civis – Resquícios do Centralismo.
Convém sempre arranjar uns cargos políticos para os aficionados do regime, e como se intercalam com o tempo, há sempre uma fila para os ocupar, portanto tudo muito bem disciplinado para não haver muita ressonância. Alguém me sabe explicar para que são necessários Governadores Civis?
Trata-se de um emprego político a quem foi derrotado nas eleições, mas que, desta forma, foi repescado para um cargo com pouca dignidade. Na realidade, é um cargo que, além de esvaziado de atribuições, não tem qualquer aceitação por parte da população...
Talvez sejam estes os últimos e não se esquecem de fechar a porta e apagar a luz...
Acabar com os governadores-civis!?
E depois quem faz a homologação dos jogos, das rifas, das lotarias, dos concursos!?
Pronto...:
Mais uns tachitos arrumados...!!!
Infelizmente esta é a prática de todos os governos não importa a cor...mas a verdade é que aprenderam todos na mesma cartilha...!!!
Quando são oposição...: barafustam...!!
Quando são governo...: governam-se...!!!
E siga a dança das cadeiras...!!!
Maximino
Uns praticam politicas de verdade com duplas candidaturas, outros compensam os heróicos vencidos pelo sacrifício ao partido…
Outro caso transita para Secretário de Estado sendo o caso de Marcos Perestrello. Vejam ou revejam as suas prestações num programa da RTP, salvo erro, "Corredor do Poder", onde este senhor era em norma ridicularizado, pelo Nuno Melo e pelo Marco António. Vejam ou revejam, também, o debate deste senhor com o Isaltino Morais, aquando da campanha para a Câmara Municipal de Oeiras, onde Marcos Perestrello foi derrotado copiosamente pelo autarca corrupto.
Depois ainda temos os casos mais flagrantes: Durão Barroso e António Guterres.
Governo combate desemprego com novas oportunidades.
Uma promessa recorrente na política em Portugal foi a de acabar com os governos civis. Já foi prometido pelo PS, em 2001 quando perdeu e em 2004 quando ganhou. Foi também bandeira do PSD, na vitória de 2001 e na derrota de 2004. Em 2009, nem por isso…
Existe mais um candidato autarca, Jorge Gomes, candidato do PS à câmara municipal de Bragança, eleição que também perdeu.
Vá lá esta nomeação escapou do rol... Guilherme d'Oliveira Martins é muito reconfortante saber que irá cumprir mais um mandato como presidente do Tribunal de Contas
É sim senhor...!!!
Apraz-nos referir que o Dr. Oliveira Martins tem fugido àquilo a que normalmente estamos habituados...!!!
Honra lhe seja feita...!!!
Não sei se na prática valerá de muito, na medida em que já tenho lido, em referencia ao processo das Auto-Estradas...que eles vão manter o que está feito...ao que parece mal...!!!
Maximino
A promessa de extinguir os inúteis governos civis, eternamente por cumprir.
A promoção ao Governo Civil de candidatos que não serviram para presidir a câmaras, o que constitui um desrespeito ao eleitorado.
A noção de que todo o falhanço em política é recompensado, desde que se pertença ao partido 'certo' - isto é, ao partido do Governo.
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