sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Semana do Zé Povinho (pela negativa)

Zé Povinho até tinha uma certa admiração pelo secretário de Estado do Ambiente, o biólogo Humberto Rosa, pelas atitudes que tinha tomado em defesa dos princípios ecológicos, sendo conhecido por utilizar veículos oficiais híbridos e se deslocar frequentemente para o Ministério utilizando o comboio.
Também percebe as dificuldades e hesitações que pode colocar em mediar as questiúnculas e diatribes continuadas entre os autarcas que presidem aos destinos dos concelhos que rodeiam a Lagoa de Óbidos.
Mas a função de um governante, qualquer que seja a sua área de responsabilidade, é a de enfrentar os problemas e tomar as decisões mais acertadas sobre os conflitos de interesse que se levantam, como agora está a acontecer sobre os dragados da Lagoa de Óbidos.
Eximir-se às responsabilidades em responder atempadamente aos problemas levantados não é boa solução, sabendo que ficam em causa interesses mais gerais da população que se serve daquele ecossistema lagunar e que apenas quer soluções mais ajustadas e que defendam os equilíbrios ambientais.
Não pode pois o Dr. Humberto Rosa eximir-se aos problemas e deixar a Lagoa de Óbidos entregue às rivalidades autóctones, sabendo que uma vez mais se estão a perder as oportunidades para existirem soluções sustentáveis e equilibradas.
A Lagoa merece em definitivo uma atenção decisiva do poder central e não mais adiamentos resultantes dos jogos de sombras locais.

Mas os maiores responsáveis são os Presidentes da Câmara de Óbidos e Caldas da Rainha. Há muito que deveriam ter definido uma estratégia comum e falarem a uma só voz.

E aproveitando parte da crítica (Zé Povinho) enveredaram por questões mesquinhas, braços de ferro, não conseguiram ultrapassar questiúnculas do passado e diatribes a avulso. Estes autóctones em vez de se unirem – a união faz a força – entregam-se a guerras de manjeronas. Questões políticas resolvem-se em sede própria e partidária. Quase que perderam a noção do ridículo em que caíram na opinião pública e dos seus eleitores.

A Lagoa merece em definitivo uma atenção decisiva do poder por quem preside a estes dois municípios e não mais adiamentos resultantes dos jogos de sombras locais.

Foram eleitos maioritariamente, por isso mesmo, Obidenses e Caldenses mereciam mais… não custa nada encontrar um ponto de equilíbrio entre as tensões – esse não é o seu direito, mas sim o seu dever. EXIJA-SE-LHES ISSO!

4 comentários:

Anónimo disse...

É uma vergonha o Telmo só agora falar no estudo de impacto ambiental de Julho. Se os jornais não noticiassem, o Telmo continuava calado. Agora é que fala para atrasar o concurso das obras na lagoa.

Anónimo disse...

QUANDO A " LAGOA DE OBIDOS " DESAPARECER DO MAPA ," A CULPA NÃO VAI MORRER SOLTEIRA "

O POVO É SERENO ..........

Anónimo disse...

Hello. And Bye.

Anónimo disse...

Ouvi ontem na RLO que os presidentes das Câmaras de Caldas e Óbidos podem ser chamados ao Governo Civil por causa dos dragados da lagoa.