terça-feira, 10 de novembro de 2009

“O combate à corrupção passa por todos e cada um de nós”

No artigo de opinião, Germano Marques da Silva, escreveu no jornal i, intitulado “O combate à corrupção passa por todos e cada um de nós”, o combate à corrupção não é apenas uma função do legislador, das polícias e dos tribunais, é acima de tudo um dever cívico que deve interpelar cada cidadão.
No artigo, acrescenta que a corrupção É facto de alguns, mas é culpa de muitos, de todos os que por qualquer forma a consentem, porque tolerá-la é uma forma de a incentivar ou de manter o estado de podridão. É facto típico criminal, político também, cultural, por isso, e, quando generalizado, é doença social de cuja gravidade a percepção comunitária tende a variar em razão do ambiente público e moral de cada tempo e cada espaço. (…) Como facto individual, a corrupção é crime, reprime-se com a lei penal; como facto cultural, previne-se e cura-se pela educação cívica. (…) O combate e a prevenção da corrupção compete às autoridades também, mas é sobretudo dever de todos os que querem viver numa sociedade sã, numa sociedade de iguais, numa sociedade livre, numa sociedade democrática. (…) Comecemos, pois, por fazer com que o nosso pequeno espaço seja livre de qualquer tipo de corrupção porque, se muitos o fizerem, as autoridades democráticas, as polícias, o Ministério Público e os tribunais chegam para o resto”.
Porque não accionamos esse dever cívico?

12 comentários:

Anónimo disse...

Sucatas, BPP, BPN, BCP, Gebalis, Freeport, UnIversidade Moderna, Universidade Independente, Submarinos, Vale e Azevedo, Fátima Felgueiras, Isaltino, Valentim, Abílio Curto, Casa Pia, Carlos Melancia, Pedro Caldeira, Jacinto Leite Capelo Rego... ufa... é só gente honesta... Estarmos em 32º no ranking é quase um milagre.

Anónimo disse...

A luta contra a corrupção está no discurso de todos os políticos. Mas nas conversas de rua e café, os portugueses costumam dizer que a corrupção começa pelos políticos. E há outro dado curioso: sondagens recentes garantem que os portugueses consideram a grande corrupção um dos cancros do país, mas mostram-se tolerantes com a chamada “pequena corrupção”.

Anónimo disse...

«Custa-me ver que a classe política não quer julgar os crimes da corrupção, porque não lhes convém, é uma defesa corporativa. Não nos podemos fiar num certo tipo de pimpões que andam por aí...» entervista Medina Carreira

Anónimo disse...

Mas pior que a corrupção para a opinião publica é ficarem impunes os seus fautores. E tão mau como isso, é os poderes públicos não assumiram um discurso claro e transparente, em que condenem definitivamente os prevaricadores, e assumam a responsabilidade de mudar as leis e os tribunais que não são expeditos na resolução destes casos.
Começa-se a perceber claramente, que estes senhores que estão ligados a partidos, nestes casos, quase todos do Bloco Central de interesses, ou porque foram governantes, ou porque estão em posições privilegiadas do aparelhos do estado, desta partidocracia, se serviram dos partidos para os quais entraram, com o objectivo único e exclusivo de enriquecerem à custa do erário publico, e dos cidadãos.

Anónimo disse...

E Óbidos está fora disto???

Anónimo disse...

O PGR Pinto Monteiro consegue dar saudades de Souto Moura e Cunha Rodrigues. Pelo menos estavam calados.

Anónimo disse...

Naturalmente que Óbidos não passa ao lado. Todos conhecemos o caso de alguém que antes do tacho, tinha uma vida humilde. Lutava com as dificuldades do dia a dia como todos nós.
De repente e sem que se saiba que lhe tenha saído o Euromilhões ou herdado uma fortuna qualquer de um parente afastado…
Com isto não pretendo acusar ninguém, mas o facto que este aparente enriquecimento é no mínimo duvidoso! Mas por artes magicas, coisa que nem todos nós conseguimos, constrói uma casa apalaçada com tal facilidade como quem compra um apartamento num bairro social!
E agora que, decerto, já despertei a cólera duns e reavivei os rancores de outros, retiro-me. Tranquilamente e com essa duvida.

Anónimo disse...

Retira-se tanquilamente, mas faz mal...
A mim nem me despertou rancores nem reavivou cóleras, mas lembro-lhe que se tem certezas as deve levar ao conhecimento de quem investiga e julga...
É um acto de cobardia deixar assim no ar suspeitas...e retirar-se tranquilamente...por isso é que o País está como todos nos apercebemos...!!!

Maximino

Anónimo disse...

Ando com a sensação de que a única coisa estável, duradoura e verdadeiramente importante que estes mais de 30 anos de democracia geraram foi uma associação criminosa, imensa e ramificada, que atravessa os principais partidos políticos e que assenta no Estado em conluio com os privados. Passa pelos gabinetes dos governos, pelos demais órgãos de soberania, pelos órgãos desconcentrados da administração pública, pelas empresas públicas, pelas autarquias locais. Bastaria para que ficássemos consternados. Dir-se-á que não é um exclusivo português. Não, não é. O que é exclusivo português é a falta de pudor com que tudo se faz e, mais ainda, a impunidade que se lhe segue. E, também, a forma como todos vamos encolhendo os ombros a cada notícia sobre corrupção. Concluindo: Portugal é um país sem tomates

Anónimo disse...

Tem toda a razão, mas o problema é que todos os partidos parecem estar solidários nisto de não atacar a corrupção como deve ser atacada...!!!
Vão aqui e ali apertando um ou outro dos menores, mas depois entrar no meio do polvo...isso é mentira...!!!
A continuar assim, não vejo grande futuro para a nossa Democracia, não tarda...estamos piores do que a Itália com a Mafia e a Camorra...

Maximino

Anónimo disse...

A justiça, em Portugal, está pateticamente convertida numa ópera-bufa. Estes dois solistas andam, há dias, a jogar pingue-pongue com as certidões e as gravações das conversas de Sócrates com Vara. Já não os posso ver, nem ouvir. Parecem dois adolescentes a brincar ao passa-culpas. Noronha do Nascimento diz que está vinculado ao segredo de justiça e, por isso, não pode falar, chutando a responsabilidade para cima de Pinto Monteiro, o qual, pelos vistos, não estaria vinculado ao mesmo sacrossanto princípio. Pinto Monteiro, por seu turno, vai lembrando que a decisão final pertence a Noronha e que o Procurador-Geral, ou seja, ele próprio, no presente ínterim, não passa de um recoveiro de certidões e gravações.
Ele há subtilezas processuais que só mesmo os juristas entendem..

Anónimo disse...

in expresso 13-11-2009


"... "Não me apanham nesse jogo" Já sobre o teor dos seus diálogos telefónicos com Armando Vara, o primeiro-ministro defendeu tratarem-se de "conversas privadas". "Fazem parte da reserva da minha vida privada, tive essas conversas com um amigo. Estou à espera que alguém também diga se essas gravações são verdadeiras", disse.

José Sócrates procurou em seguida fazer uma distinção entre as posições assumidas na qualidade de primeiro-ministro e o teor de conversas informais que tem com amigos seus. "Uma coisa é naturalmente discutirmos, com amigos, como fiz, relativamente a notícias que são publicadas nos jornais e a conhecimentos informais; outra coisa é, como disse no Parlamento, como primeiro-ministro, o conhecimento oficial e o conhecimento prévio desse negócio (compra da TVI pela PT). Em relação a esse negócio, não tenho nada a acrescentar ou a retirar", declarou.

Perante a insistência dos jornalistas sobre o teor das suas conversas com o ex-ministro socialista Armando Vara relativamente à TVI, o líder do Executivo deixou uma advertência. "Não me apanham nesse jogo (de) comentar conversas que tive com amigos meus, que são do domínio privado. Não aceito essa ditadura de as quererem transformar em conversas públicas. Isso faz parte dos direitos individuais das pessoas", sustentou.
..."

Ora então vamos lá a ver se eu compreendo...:
O Sr primeiro minitro também tem vida privada, é um direito que lhe assiste...
Mas será admissível que ele possa conversar em privado com os amigos assuntos que diz não conhecer por via oficial e depois de perguntado acerca dessas assuntos na Assemb. da Republica dizer que os desconhecia...!!!
Quer dizer...: sabia...mas não sabia...???
Afinal onde acaba o privado e começa o publico...?

Ou isto...é é à vontade do freguês...?

Maximino