domingo, 10 de fevereiro de 2008

PDM / Eventos

«Face à procura muito elevada [para a construção de empreendimentos turísticos] percebemos que se aprovássemos tudo íamos dar cabo disto», disse o presidente da autarquia, Telmo Faria. (Ler a notícia aqui)
O “tudo” a que o presidente da Câmara se referia eram as 39 mil camas previstas no PDM que agora, nessa área, ficará suspenso - a grande maioria delas localizavam-se na orla costeira do concelho. Uma atitude inédita ao nível das autarquias e inteligente. Percebeu-se que a valorização dos territórios não é compatível com a massificação da sua ocupação. Não se cria riqueza de uma maneira sustentável só porque se constrói em grande quantidade. Bem pelo contrário, é a factura a pagar pela perda de qualidade dos espaços com grande densidade de construção, a pressão sobre os recursos e a insuficiência de infra-estruturas. É de louvar esta posição assumida e de realçar esta percepção num tempo e num País pouco cuidado com o ordenamento do seu território.
Que esta coerência faça luz e seja extrapolada para o outro tipo de massificação existente em Óbidos… os eventos.
Chegaram à conclusão que a redução pode ser benéfica no caso do PDM “face à procura muito elevada, percebemos que íamos dar cabo disto” esta frase também tem todo o sentido e é aplicável à massificação que se está a dar de Óbidos com tantos eventos que captam somente turismo de massas e não é demais repetir – Óbidos actualmente ainda não tem infra-estruturas para tal número de visitantes.
Pensemos no seguinte: uma política de Turismo deve ser coerente e trabalhada em todas as valências, por forma a que um conjunto unificado trabalhe com e em prol da comunidade hospedeira e visitante. Ao rever o PDM, em função de um turismo de Qualidade e não de Quantidade, o mesmo deveria acontecer em relação a todas as medidas do plano de turismo local. Uma imagem não é mais do que o resultado de todas as medidas implementadas para o seu fomento, o que acontece à imagem Óbidos quando a incongruência é constante?

9 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem que assim perceberam e por favor continuem nessa mesma linha de entendimento.Já que chegaram aqui, apliquem a mesma visão ao património às pessoas e em especial aos mega, super trega eventos.

Anónimo disse...

Seria de todo importante que o mesmo principio fosse adoptado aos eventos, reduzir em termo temporais e quantidade

Anónimo disse...

Parque verde municipal maior que Monsanto... pensar em grande. Passar do 8 para o 80.

Anónimo disse...

E eis, que ao fim de sete anos... finalmente percebeu. Está nitidamente a arranjar argumentos para a próxima campanha eleitoral... tudo não passa de uma manobra de bastidor.

Anónimo disse...

Afinal depois de tudo, ser correcto deve dar mais prestigio e visibilidade - cabecinha que não pára!
Não é boa que aí vem!
Estou tão escaldado que até os gaspachos assopro!

Anónimo disse...

olha o passarão, veremos como vão ser os planos de premenor do PDM
Construções Lena Óbidos Requalifica a camara vendeu os terrenos a Óbidos Requalifica vende as casas a Lena constroi nós pagamos e o bairro social ardeu.
Que dirá disto o Zé Aurélio que o pensou e o Valério que vendeu todo o terreno do Aqueduto ao Val Escuro por 800 contos salvo o que obrigaram a vender ao Igrejas
e os lucros revertem a favor de quem????
Tudo boa gente que se meteu nisto para defender o erário publico.
Acreditem mesmo que a camara diga que tem muito dinheiro que se pavoneiem com a boa gestão estamos a ser levados.

Anónimo disse...

Ontem no "Prós e Contra" foi tudo mais ou menos explicado a questão do urbanismo. Revisões de PDM, planos de pormenor, pareceres que se encomendam para justificar decisões politicas... por fim reti aquela frase " a ocasião gera o ladrão, mas parece que agora é o ladrão que gera a ocasião"

Anónimo disse...

O Ex-Vice-Presidente da câmara do Porto, Paulo Morais,finalmente chamou o Bois pelos nomes. Demonstrou como se fazia o compadrio e de como os interesses imobiliários geram lucros de milhões e de como esse negócio só se compara, em volume de dinheiro, ao do trafego de droga. Mas, não se ficou por aí e apontou o dedo aos advogados dos poderosos que fazem as leis, aos deputados que as aprovam e a todo o sistema que delas vive, com os seus esquemas escondidos e as suas portas das traseiras por onde podem sempre fugir se a justiça se aproximar. Vivemos nós num País governados por estes politicos de carreira...Crie-se uma ASAE para investigar todas as câmaras!

Anónimo disse...

Ontem estivemos reunidos, como grupo de amigos, obidenses apoiantes do Temlo e outros que não gostam do estilo telmista. Na cavaqueira, acompanhada de boa ginga, ficou por esclarecer como é que a Câmara devia limitar as multidões de fim de semana no festival do chocolate e na vila Natal.
O responsável deste blogue aceita abrir um debate sobre isto?