Hoje é o dia de S. Martinho e, tal como diz o ditado, é dia de “ir à adega e provar o vinho”.
É também o dia dos tradicionais magustos em que se reúnem os amigos e, em volta de fogueiras onde vão sendo assadas as castanhas, vão também bebendo a água-pé.
É também natural nesta época beneficiarmos de umas tréguas em termos de condições atmosféricas e vivermos uns dias primaveris. Isto porque um tal de Martinho, legionário romano, ao ver um mendigo semi nu, na berma da estrada cheio de frio dado que o dia estava chuvoso e agreste, pegou na sua espada e, numa atitude de grande nobreza de alma, cortou a sua quente capa ao meio, dando uma das metades ao mendigo para se agasalhar.
Pois é, mas a tradição já não é o que era…
3 comentários:
É verdade que a tradição já não é o que era...
Mas também é verdade que quase só é notícia o mal e por isso nos esquecemos ou desconhecemos...que há muita gente prteocupada com os que estão mal e os tentam ajudar, dando às vezes até...do que lhes faz falta...
Os tempos infelizmente não deixam descanso a quem se preocupa com os seus semelhantes, pois em cada dia...são mais os que necessitam de ajuda..!!!
Em dia de S.Martinho pensemos nisso e lembremo-nos que hoje é pelos outrs, quem sabe se amanhã não bate a necessidade à nossa porta...?
Bom dia de S.Martinho para todos/as...!!!
Maximino
Como diz o nosso povo:
"Vai-se à Adega e prova-se o vinho"
"Dia de São Martinho, come-se as castanhas e bebe-se o vinho"
"Dia de São Martinho fura o teu pipinho"
"Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho"
"Dia de São Martinho, prova o teu vinho"
Imagine-se um outro tipo S. Martinho que vive no séc. XXI.
Um alto signatário de um cargo público seguia no seu automóvel conduzido pelo motorista. Ao reparar num mendigo na berma da estrada, ordenou para que o carro parasse. Ao fazer essa manobra brusca, o coitado apanha logo um banho lamacento provocado por poça de água que estava próxima. Ao abrir a porta com o carro em andamento acerta em cheio no costelado do desgraçado. Interrogou-o se usufruía do RSI, ao que o mendigo respondeu com voz trémula e regelada tenho…
Entra novamente no automóvel e segue viagem a toda a velocidade. Quando o silêncio é devolvido á paisagem que foi importunado e interrompido pelo barulho do potente motor e o chiar dos pneus… ouve-se o lamento do mendigo… tenho… tenho frio!
Pois é, no nosso século só existem santinhos com pés de barro!!!
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