sexta-feira, 11 de julho de 2008

Ridação do istado da nação!...

O istado da nação
O meu tio Zé foi lá jantar a casa e resulveu imbirrar co meu pai por causa do istado da nassão. O meu tiu diz que num pode ber o Sócrates nim pintado e diz muito mal do istado da nação. Até disse que a minha tia Sandra foi açaltada no autumóvel e a minha tia não fez nada, só se agarrou ao Bruninho, qué meu primo. Lebaram-lhe o dinheiro da gasulina e o meu tiu tebe que bir a pé, por isso staba muito zangado co Sócrates. O meu pai gosta muito do Sócrates, mas a minha mãe tem medo dele, pois diz ao meu mano pequenino que tem que comer, se não o Sócrates vem lá e leba os dois. O meu tiu é jardineiro e diz que não lhe pagam. No outro dia, tebe que desinterrar as plantas dum jardim, purque num lhe pagaram. A minha tia bende hortalissa e fruta na prassa e diz que num tem freguezas. No outro dia até foi passear cu Bruninho pó Centro Cumercial, pois num apracia ninguém pa comprar. O meu pai diz qa culpa é do stranjeiro e qu Sócrates num pode fazer mais e diz qaté iquilibrou o Orssamento. O meu tio disse uma asneira grande e disse que o Orssamento é do Estado, que bibe bem, e que o dele num dá para nada, por isso bibe mal e também porque os Menistros num fazem nada e stão sempre na telebisão. O meu tiu dis que quem trabalha num tem tempo dapracer na telebisão. O Presidente da Repúvlica num aparece na telebison, porque stá sempre a trabalhar, é o que diz o meu tiu. A minha mãe dá razão ao meu tiu e a minha tia só quer falar do açalto do carro. O meu pai diz que as coisas stão a milhorar e até disse que eu passei no 9º ano com 18 balores a purtoguês e dezanobe a matimática. Aí o meu tiu perguntou-me a taboada dos dois e eu nem sabia o que era a taboada, mas tinha máquina de calcolar. Aí a minha mãe entrou a falar pra desbiar a cunbersa e falou que num consegue a consulta pró Bruninho que chora da dor do oubido e já num se cala quando lhe dis que o Sócrates vem lá. O meu pai diz que tem 40 anos e nunca foi ao médico quando era piqueno e diz que passa. Só o chateia é o Bruninho passar a noite a churar, a minha mãe a lebantar-se e num o deixarem durmir. Depois falaram do Chico da Calçada que anda sempre a robar carros e açaltar ouribesarias prá droga, mas nunca é prezo. E quando comiçaram a falar do fotebol, o meu tiu disse que o Sócrates é do Benfica e quer o Porto fora da Liga dos Campiões. Pur aí se podia ber o estado da nassão…uma iquipa que ficou a binte pontos do Porto ficar antes do Porto…Aí começou uma grande discussão e a minha mãe mandou-me prá cama. E aprobeitei pra fazer esta redação sobre o istado da nassão, que num me paresse lá muito vom!...

7 comentários:

Anónimo disse...

Pois...e possivelmente, passou no exame de português...!!!

Maximino

Anónimo disse...

...un vom esempelo do istado da nassão!!! até paçou con com 18 balores a purtoguês e dezanobe a matimática... BIBA O FASSITISMU!!!!

Anónimo disse...

Sinceramente, não vi ser debatido " O Estado da Nação". Assumo as minhas dificuldades e fraquezas, mas esperava que o Primeiro-Ministro e os deputados debatessem o actual momento do País, com as dificuldades internas e o contexto internacional, que não é só do petróleo.
O Primeiro-Ministro fala do "estado social" e do "serviço público" com um aparente à vontade (esconde um certo nervosismo), parecendo que o País está nadando em dinheiro.
Não ouvi uma palavra sobre o desemprego; não houve qualquer referência sobre as pequenas e médias empresas e muito menos o anúncio de medidas para apoiar e desenvolver a nossa economia.
Ouvi a anúncio de medidas necessárias para determinados sectores da sociedade, que implicam o Governo prescindir de receitas, por um lado e, por outro, ter que suportar mais encargos.
Como vai o Governo obter os necessários meios financeiros? Não foram explicitados, a não ser que a taxa "Robin dos Bosques" seja suficiente para fazer face às medidas anunciadas.
Por outro lado, a oposição entrou no jogo tradicional. Pergunta cá, pergunta lá.
Ontem no debate do "Estado da Nação" a segunda parte dos trabalhos com as intervenções dos grupos parlamentares foram mais objectivos, ficou-se muita aquém do esperado.
O Primeiro-Ministro foi claro ao afirmar que há "que dar mais a quem precisa mais neste momento". De acordo.
Ficam as perguntas:
Se a economia não se desenvolve e o desemprego aumenta, como é que vai ser?
À custa do "Estado social"? Onde é que o "Estado social" vai conseguir os necessários meios financeiros?
Com o "serviço público"? Onde é que o "serviço público" consegue o financiamento para as suas responsabilidades?
O Primeiro-Ministro quando fala, parece que só ele tem a solução para os problemas da sociedade portuguesa. A arrogância, e o sorriso malandro que utiliza nos debates, não lhe permite perceber que esta nova "aldeia global" é, cada vez maior que o bairro onde ele mora.
Enquanto não o perceber, os portugueses, no seu dia a dia, serão confrontados com mais e diferentes dificuldades e ficarão mais longe dos padrões dos outros Estados membros da União Europeia.

Anónimo disse...

Crise...1200 inscrições para comprar o novo telemóvel, o iPhone, só nas primeiras 24 h de pré-inscrição. 32 000 pedidos de compra. Custo de €500, o mais alto da Europa. Um delírio para os jovens, todos encantados com o novo gadjet da Apple. Quem se lembra ainda dos velhos telemóveis, aqui no nosso querido Portugal em crise?

Anónimo disse...

Talvez que muitos desses compradores do iPhone, façam parte desses grupos que pululam pelo País que fazem dos assaltos o seu trabalho diário...
Outros certamente, terão formas mais sofisticadas de obter o dinheiro necessário...há muitas formas de entrar no alheio...!!!
Mas há uma coisa que no entanto, comprova ser Portugal um dos mais abastados países da Europa...só assim se compreende ser cá que ele é vendido mais caro...!!!

Maximino

Anónimo disse...

Debater o estado da Nação? Para quê? Qualquer pessoa que tenha que se levantar de manhã para ir trabalhar, ouça as notícias, abra a caixa do correio e veja as contas para pagar, almoce fora todos os dias, ponha gasolina no carro, tenha filhos a estudar, recorra ao sistema de saúde, vá fazer compras ao hipermercado ao fim-de-semana, veja os preços de tudo sempre a subir e o ordenado a ficar cada vez mais para trás, e precise de desenvolver dotes de contorcionismo contabilístico chegado o fim do mês, sabe, infinitamente melhor do que qualquer deputado, ministro, membro da nomenklatura ou que o "menino de ouro", qual é o estado da Nação.

Anónimo disse...

Vão ser investidos na região 197 milhões de euros com o argumento de «compensar as populações pela mudança de localização do aeroporto da Ota para o campo de tiro de Alcochete». Vai ser alterado o panorama de acessibilidades da região.

Trata-se de um região que já tem a linha de ferro do Norte e do Oeste, irá ter o TGV para o Porto, tem as auto-estradas A1, A8 e A10 e o IC21, e agora, além de vários troços de ligação, vai também ter o IC11.

Vai correr-se o risco de uma tão densa quadrícula tipo urbano de avenidas e ruas largas, chamadas auto-estradas e itinerários complementares, irem prejudicar os muitos campos de golfe já construídos e a construir na região!!!

Pelo contrário, ninguém pensa nas acessibilidades de Vila Nova de Paiva para Tabuaço e Carrazeda de Ansiães, ou de Meda para Lamego, de Castelo de Paiva para S. Pedro do Sul, de Vale de Cambra para Lamego, de Oliveira do Hospital para Castelo Branco, de Penamacor para a Covilhã, etc. Nenhum governante pensa a sério no interior, ignora-o totalmente.

À Ota nada tiraram a não ser uma esperança que não se concretizou e que veio a comprovar-se que não passava de uma ilusão sem fundamento bem explicado. Mas o facto de tudo ter ficado na mesma, não justifica tão grande necessidade de novas acessibilidades. Um falso argumento. Tal profusão de comunicações seria menos ilógica se ali fosse construído o aeroporto.

Faz recordar o jovem pai que naquele fim-de-semana fica com o filho ainda criança e o leva a almoçar ao restaurante. O miúdo está mal-educado devido ao mimo dado pela mãe e pelo pai que lhe satisfazem todos os caprichos a fim de ele não fazer birra. Há entre eles uma chantagem mútua. Recusa a sopa e exige chocolate, senão faz birra, e o pai, para evitar tal aborrecimento, manda-o ir ao balcão escolher o chocolate que lhe agrada. Entre eles não há diálogo útil, não há capacidade de conversar sobre as vantagens da sopa e ensinar a criança a raciocinar de forma lógica e sensata. Desta forma não se educa uma criança e apenas se cria um monstro ou um potencial criminoso.

Esta «compensação» à Região Oeste é um fenómeno semelhante ao referido neste exemplo, é a «política do chocolate». Para evitar manifestações, como as dos camionistas, professores, etc., e a consequente perda de votos, dá-se o chocolate.

O que é muito sintomático é que o próprio Governo já não se apercebe do ridículo da argumentação e usa-a com uma naturalidade impressionante, preocupante, e nem dá conta que agrava a diferenciação entre o litoral já demasiado favorecido e o interior cada vez mais abandonado.