O negócio do novo aeroporto internacional de Lisboa é o maior projecto de construção civil e obras públicas lançado em Portugal desde que há memória, seja em complexidade técnica seja em valor de investimento previsto. É também uma das obras de maior envergadura nos próximos anos, em todo o continente europeu. Daí que seja normal o facto de o interesse em participar na construção, financiamento e exploração desta grande infra-estrutura não se limitar às principais empresas nacionais, mas se estender a grupos económicos que vão desde o Reino Unido até à Austrália, passando pelo Brasil.
Quem perde...
MSF e grupo Oceânico
A construtora e o grupo imobiliário e turístico estão a desenvolver um ‘resort’ em Óbidos, o Royal Óbidos – um projecto PIN, com um investimento de 160 milhões de euros, que inclui um campo de golfe, hotel e aldeamentos turísticos de quatro e cinco estrelas.
Bom Sucesso
O empreendimento Bom Sucesso, também em Óbidos, promovido pela Acordo, é um dos mais emblemáticos projectos da região Oeste. Cada duas residências são desenhadas por arquitectos de renome como Siza Viera ou Souto de Moura. O investimento é de 200 milhões de euros.
Região Oeste
Estão previstos 15 mil milhões de euros de investimento em ‘resorts’ no Oeste que estavam a contar com os turistas que iam aterrar a apenas 30 kms. Além disso, a possibilidade de um aeroporto na Ota tem levado inúmeras empresas a instalar-se em parques de escritórios na zona.
Parques indústriais
Estão previstos cinco novos parques indústriais na região do Vale do Tejo. Um investimento de 556 milhões de euros da parte da Imocom, do grupo Lena e da Nersant (Associação Empresarial de Santarém). Henrique Neto disse ao Diário Económico que sem aeroporto na Ota a rentabilidade dos parques iria descer.
Fonte: Diário Económico
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2 comentários:
É necessário relembrar que estes investidores (Oceâncico, Acordo, Beltico, etc.) afirmaram publicamente, que os seus investimentos na região, não estavam dependentes da localização do Aeroporto...
O que a mim me preocupa, de facto, é pensar que quer fosse a Ota quer seja Alcochete, as verdadeiras razões, os verdadeiros interesses, não estão à vista...e provavelmente têm pouco a ver com os interesses do País.
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