domingo, 13 de janeiro de 2008

"Pedra Filosofal"

Ainda a propósito do aeroporto, no rescaldo desta acalorada discussão, em torno da localização, não se compreende certas atitudes dos autarcas. Foram eleitos para defenderem os direitos e interesses das populações, mas andavam numa roda viva e manifestaram que estavam mais preocupados com os resultados – receitas camarárias que seriam chorudas comissões pelo serviço prestado pelo desempenho da estratégia de grandes grupos… e não analisaram nem ponderaram as consequências do impacto ambiental e social.
Como não era uma incineradora, mas como se tratava de uma aeroporto, nunca tomaram posições nem nunca colocaram condições ou fizeram exigências para minimizar o impacto de tal infra-estrutura nos seus concelhos. Bem pelo contrário, andavam radiantes e maravilhados como se tivessem descoberto a “pedra filosofal”. Naturalmente pensavam que as populações seguiriam os seus passos, bastava ver no pequeno ecrã, idosos - sem dúvida verdadeiros gestores de parcas e miseráveis reformas - manifestando-se alegremente e o contentamento de terem o aeroporto atrás do quintal e os aviões a passarem pelos seus telhados. O passe de magia, o truque perfeito era pressuposto que a estratégia de desenvolvimento passava pela demagogia em omitir os prejuízos e que tudo invariavelmente seriam benefícios.
É indiscutível que seria um grande investimento proporcionador e gerador de actividade económica: no imediato criava emprego, aliciava empresas, captava e fixaria pessoas e iria provocar grande expansão urbana.
A mina de ouro estaria aí tão perto para os autarcas, sedentos e ávidos de receitas, seria um grande negócio até com uma dimensão maior que a do aeroporto.
Mas tudo isto se esfumou… ficaram desiludidos e perplexos!
A população residente talvez não sentisse esses benefícios, bem pelo contrário, teria mesmo que suportar um aumento significativo do custo de vida - consequente da especulação imobiliária e em termos ambientais provavelmente uma diminuição de qualidade de vida.
Passado tudo isto, volto a repetir que os nossos autarcas nunca manifestaram qualquer entrave às consequências ambientais que resultariam deste mega projecto, só tiveram a preocupação de pensar apenas nos seus próprios benefícios e dividendos.
E agora voltam a falar em nome da população; começam a fazer o trabalho de casa para as próximas eleições autárquicas e a disfarçar a derrota política.
E agora as contrapartidas, as compensações e as expectativas da população… teremos que aguardar pela reunião da próxima terça-feira para sabermos dos mundos e fundos que provavelmente aí virão… Aguarde-se até lá.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei do desempenho do nosso vizimho das Caldas... o meu televisor é pequeno é que não consegui ver o nosso... apenas me apercebi de um par de vereadores...

Anónimo disse...

olá eu sou o antónio e queroumaprenda grande de natal?